domingo, 1 de março de 2009

SE É BAYER, É BOM

Sempre que posso, vejo filmes nacionais. Acho importante saber o que está rolando por aqui. Também creio que um dos motivos mais recônditos seja uma sensaçãozinha de culpa por não me interessar muito, por exemplo, no que produz nossa televisão. Então, caso não visse cine brasuca, não teria contato algum com nossos atores e contadores de histórias.

Ontem finalmente vi Cinema, Aspirinas e Urubus (2005). Gostei bastante da odisséia daqueles retirantes e o alemão-retirante faz pensar, né?

Quase ao final do filme tem a cena do trem lotado de gente indo pra Amazônia trabalhar na extração da borracha pra mandar pros norte-americanos usarem na guerra. Ao ver a cena imediatamente lembrei-me dum outro vagão, no qual eu mesmo entrei.

No Museu do Holocausto, em Washington, há um vagão de trem original, daqueles que eram usados pra transportar os prisioneiros pros campos de concentração. Eu pelo menos, experimentei sensação bem estranha ao entrar nele. Quando vi no filme aquela gente toda amontoada nos vagões, indo trabalhar pro "progresso do Brasil", literalmente me senti dentro daquele vagão que agora repousa lá no museu em DC...

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