sábado, 28 de dezembro de 2013

AUSÊNCIA DE ANO NOVO

Comunico aos leitores que estarei em viagem de férias até aproximadamente meados de janeiro, estando as postagens suspensas durante esse período.
Desejo a todos um Feliz Ano Novo, repleto de esperança, paz e saúde. 
Até ano que vem!

ALBINO GOURMET 121

Aproveitando que há quem creia que romã e lentilha trazem sorte no Ano Novo, eis algumas receitas.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

BUREKA. VOCÊ JÁ COMEU?

A comida é uma rosca com recheios de vários tipos. O prato é muito conhecido na Bulgária.

ALBINSIMO EN PLANTAS

Albinismo en plantas

El albinismo es uno de los desórdenes genéticos más extendidos entre los humanos y también entre el reino animal y vegetal. La interrogante es saber cómo se manifiesta y por qué. Como en los animales, este fenómeno se caracteriza en las plantas por la ausencia de pigmentos. Sin embargo, en las plantas, esta ausencia es fatal ya que el pigmento que falta es la clorofila, y sin ella una planta albina carece de los medios para elaborar los nutrientes necesarios para su supervivencia y crecimiento. 
La aparición de los brotes albinos probablemente resulta de la combinación en la semilla de genes recesivos de la planta madre. En cambio, los retoños de las raíces se desarrollan a partir de la mutación en una sola célula o grupo de células, ya que el resto de la planta que nace a partir del tallo albino es normal.
Las plantas albinas se caracterizan por tener tallos y hojas de color blanco o rosado. Si la planta albina surge del tallo de una planta normal, puede haber rasgos transitorios en el punto de unión entre las dos.
Una planta albina ¿puede sobrevivir por mucho tiempo?
Los brotes albinos no suelen sobrevivir más de días o algunas semanas, sin embargo los brotes que surgen en las raíces pueden vivir algo más debido a que pueden absorber los nutrientes de la planta madre. A pesar de su corta vida, la aparición de los brotes albinos resulta muy útil para todos aquellos estudiosos de la genética forestal.
Los genes que causan la aparición del albinismo pueden ser utilizados como referentes a la hora de estudiar ritmos y patrones de dispersión de las semillas procedentes de los árboles que portan esos genes en particular.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

TELONA QUENTE 79


Filmes em línguas pouco difundidas restringem-se a públicos específicos. Resistência a ler legendas e distribuição modesta são 2 fatores interferentes na circulação.
Caso do thriller belga Loft (2008), falado em flamengo, que abrange umas 10 milhões de pessoas, se tanto. Sucesso no pequeno país europeu, o suspense passou batido a não ser pra superfãs do gênero, cinéfilos globalizados ou quem curte fugir do que “tomo mundo vê”.
5 amigos possuem chaves dum apartamento num moderno e chique prédio. Usam-no pras suas (muitas) atividades extraconjugais. Um dia, um dos homens descobre o cadáver duma mulher semi-algemada na cama e o martírio deles começa, pra nossa diversão.
Contada em flashbacks e ziguezagueando temporalmente a trama se intensifica com as revelações dos segredos e a intervenção das esposas e personagens secundárias. Sombrio, elegantemente filmado e montado, Loft garante a tensão necessária aos thrillers, embora há que reconhecer que boa parcela do nervosismo seja induzida pela música incidental.
Não deveria passar despercebido que Loft é um sermão disfarçado, de quase 2 horas, sobre como é importante respeitar o sexto e o nono mandamentos. Mas, a lição puritana entretém e merece ser conferida.
Hollywood lançará refilmagem, então, se você quiser se gabar de ter visto o original, aproveite. Existe versão legendada em inglês no You Tube, mas advirto: é péssima. Compensa procurar o filme na rede e buscar legenda (parece que existe em português).

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

FELIZ NATAL INCLUSIVO

Então é Natal, o quinto do blog, nem acredito!
Achei um vídeo com uma história de inclusão, camaradagem, solidariedade e superação, que enternecerá a todos neste Natal.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

TELINHA QUENTE 104

Roberto Rillo Bíscaro

Adolf Hitler passou os últimos meses da Segunda Guerra num abrigo subterrâneo em Berlim. O Füher foi pra baixo da terra pra já ficar mais perto do inferno, onde espero que esteja torrando. Sem planejar, vi 2 produções passadas durante o encerramento do doidivanas nazista em tempo de juntá-las numa postagem.
Procurando Anthony Hopkins no You Tube, achei The Bunker (1981), longo telefilme produzido e exibido pela norte-americana CBS.
Mesmo com a guerra perdida, puxa-sacos do desempoderado líder seguem com discursos de aniquilamento do inimigo. Na verdade, alguns do círculo mais íntimo de Hitler eram tão fanáticos – e teriam tanto a prestar contas - que se dispuseram a perecer com seu mentor.
A película tem forte sensação claustrofóbica por ser quase toda no interior do abrigo, mas também pelo tom deprê de “sonho acabou” que acomete quase todos. Hopkins transmite o amargor da derrota sentido pelo Füher tão bem quanto encena aqueles ataques histéricos nojentos vistos durante o berreiro que são seus famosos discursos.
Existe uma tentativa de mostrar o lado mais humano de Hitler, o que sempre agrada os amantes da “imparcialidade” narrativa. Hitler pode ter sido carinhoso com algumas pessoas, mas nada apaga a sua culpa no genocídio de milhões. Era asqueroso e Hopkins mimetiza isso, tornando-se idem. Que ator!
A iminência da chegada do exército russo desespera a todos, temerosos de caírem em mãos Vermelhas. Aí está elemento bem parcial de The Bunker: diversas falas revelam inquietude muito maior com relação aos soviéticos do que com os nazistas. Chega-se ao ponto de a sina duma das apoiadoras de Hitler ser descrita como mais “leve”, porque foi capturada pelos ingleses. No início dos 80’s, a Guerra Fria fervia e o telefilme é ianque. Mas, a imparcialidade tá garantida mostrando a humanidade de Hitler, viu gente? 
Sem legendas: 

Durante visita a São Petersburgo e Moscou, em julho, ouvi falar muito na Segunda Guerra Mundial, conhecida pelos russos como a Grande Guerra Patriótica. Por estar mais próxima da Alemanha do que os EUA e ter tido seu território invadido, a União Soviética sofreu bem mais com o conflito. Como estamos na órbita estadunidense, tendemos a conhecer sua versão heroica e desconsiderar o esforço soviético, propositalmente diminuído ou apagado devido à Guerra Fria. 
Pra ter contato com a versão deles dos fatos, assisti à minissérie 17 Momentos da Primavera (traduzi o título a partir das legendas em inglês pelas quais acompanhei o programa). Não tenciono santificar ou demonizar nenhum dos 2 impérios, apenas queria ver uma versão desconhecida.
Quando exibida pela primeira vez, em 1973, a minissérie tornou-se fenômeno de audiência. Li que até a taxa de criminalidade diminuía durante a exibição dos 13 capítulos. Uma espécie de DALLAS soviética em termos de audiência.
A trama centra-se no espião soviético Stierlitz, infiltrado no alto escalão nazista. Em fevereiro de 1945, Hitler já se escondera em seu porão e não tinha mais tanto poder. Cientes de que a guerra estava perdida, alguns figurões nazistas aproveitaram-se do sumiço do Füher pra iniciar conversações com os norte-americanos e assegurar um tratado de paz pra livrar a Alemanha do perigo comunista, visto que a URSS ganhava terreno a passos largos. A missão do agente-secreto era melar tais acordos. O tom de 17 Moments of Spring é de que os Aliados na hora H traíram a URSS.
Filmada em branco e preto, a minissérie tem ritmo lento e às vezes semidocumental, com longas cenas e diálogos. Somando-se às interpretações algo remotas, não há o apelo emocional das produções ocidentais, de modo geral, podendo afugentar telespectadores. Vyacheslav Tikhonov está soberbo e magnético como Stierlitz, numa atuação contida que transmite toda a racionalidade e frieza atribuídas ao personagem.  
Existe um narrador que algumas vezes bordeia o discurso indireto livre; pena que isso não tenha sido explorado mais a fundo. Também gostei bastante de ver o equivalente soviético das cenas de tomada de cidades, pois apenas conhecia as muito difundidas norte-americanas. Não são tão diferentes.
A melancólica trilha sonora jamais me sairá da cabeça. Combina tanto com o tom da cinematografia, interpretações e mensagem geral da obra! 
A versão que vi foi baixada, mas parece que no You Tube existe a série completa, com opções de legenda em inglês e espanhol. Eis o link pro capítulo primeiro.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O DRAMA DE MÁRCIA GOLDSCHMIDT

A apresentadora, radicada em Portugal, fala sobre a grave doença que acometeu sua filha aos 5 meses de vida. A atresia de vias biliares é comumente confundida com a icterícia, mas é muito mais grave e pode levar à morte.
O Domingo Espetacular exibiu reportagem muito informativa sobre essa doença e também sobre a história de amor familiar e superação de Márcia e sua nenê.

CAIXA DE MÚSICA 114



Roberto Rillo Bíscaro

O punk chocou muito pelos adereços como alfinetes, calças rasgadas e maquiagem pesada, além dos cabelos moicanos espetados. Não demorou pra essa rebelião virar de butique e estilistas lançarem caras calças que já davam impressão de surradas.  
No Brasil, a novela Champagne (1983-4) popularizou um penduricalho “punk”. Quando eu tinha uns 16, 17 anos, metade dos jovens e adolescentes comprou um colar feito com fio de telefone e um cadeado como pingente. Copiado da personagem Greg, filhinho de papai revoltado que passara anos em Londres e voltara punk. Dei-me o trabalho de investigar qual era sua canção na trilha do folhetim e descobri que era All Night Long, do Lionel Ritchie. Realmente superpunk! Acho que foi a primeira vez que ouvi falar nos punks, naquele tempo pré-internet no interiorzão de São Paulo.
Se nos idos de 77, os jovens punks culpavam os hippies por sua “revolução” ter dado em nada, os filhotes dos anos 70 devem ter feito o mesmo. Modismo e consumo à parte, o punk mudou a música jovem, tirando-a do reino dos peritos pop stars pra colocá-la nas mãos duma molecada que sequer sabia tocar.
Pra dar uma sacada em parte dessa moçada, à época em que tudo fervia na Inglaterra, indispensável assistir a Raw Energy: The Early Years of Punk, um tesouro que achei no You Tube, sem legendas. Produzido em 78, a proximidade com a explosão de 77 e a contemporaneidade das questões tratadas torna o material inestimável. 


Narradora muito discreta e entrevistas pincelam temas como a perseguição policial, proibição de se apresentar em muitos lugares na Inglaterra, o sensacionalismo dos tabloides, o costume punk de demonstrar apreciação nos shows com cusparadas de cerveja (argh!) e, muito reveladoramente, o quanto de tudo isso não passava de moda, entretenimento, zuação amplificada pela mídia sedenta de escândalos pra vender jornais.
Muita gente com a cara colorida (o New Romanticcanibalizaria essas maquiagens!) e cabelo armado reclama de como os anos 70 eram entediantes até a chegada do punk. Não deixam de ter razão: nos shows prog, por exemplo, a plateia tendia a estar sentada, chapadamente escutando virtuosos.
Interessante escutar um executivo de grande corporação dizer que as letras rebeldes não ofereciam perigo; a “mensagem” era a própria música, diz. Esses caras são espertos.
O muso glam Marc Bolan – já falecido quando o documentário foi lançado – vaticina: a explosão de 77 foi a ponta de lança, o melhor estava por vir com a irradiação do ideário punk pra outras áreas e sua espatifação em miríades de sub-gêneros. Antenado Bolan; Siouxsie and the Banshees, X Ray Specs, The Cure e tantos outros já faziam isso.
Também mito legal ver o pessoal todo muito jovenzinho, fresquinho. Siouxsie Sioux, Johnny Rotten e Billy Idol, que depois viraria pop star profissional, morando em Los Angeles.
Punk the Early Years está recheado de números ao vivo. Dá pra ver como as meninas do The Slits eram mesmo toscas ao vivo (superpunk!), como Eddie and the Hot Rods era bem pouco punk; parecia algo dos anos 50 que tivesse tomado ácido; como o desgramado do Idol tinha carisma pra estrela pop.
Os documentaristas seguiram a estética da colagem na edição e na confecção dos créditos, assim, o programa é formalmente fiel ao tema abordado.

domingo, 22 de dezembro de 2013

DESCUIDO CRUEL

Rara cobra albina, nativa dos EUA, é encontrada em estrada da InglaterraCobra albina foi encontrada em Eastleigh, na Inglaterra
Trabalhadores de uma auto-estrada de Eastleigh, na Inglaterra, encontraram uma rara cobra albina, da espécie Corn Snake. Os funcionários faziam uma manutenção de rotina quando perceberam o animal.

Ricky Taylor, gerente de meio ambiente da EM Serviços Rodoviários, empresa responsável dos funcionários, disse que os trabalhadores conseguiram capturar o animal até um biólogo chegar.
- Foi uma sorte para a cobra. Tenho certeza que ele não teria sobrevivido por muito tempo na temperatura atual - afirmou Taylor.
A cobra era doméstica e não tinha veneno. A espécie é natural dos EUA, especialmente do Texas. O dono do animal foi localizado e a recuperou.
http://extra.globo.com/noticias/bizarro/rara-cobra-albina-nativa-dos-eua-encontrada-em-estrada-da-inglaterra-11130511.html#ixzz2oE6UHs5V

SUPERANDO O CÂNCER

A história aqui não é só para contar que o câncer de mama é uma doença que acaba com a autoestima dos doentes, que põe em risco o psicológico e pode levar à morte. O papo aqui é mostrar as guerreiras. Mulheres que não se deixaram abater, não se deram por vencidas e foram à luta. Muniram-se com todas as armas que tinham disponíveis: fé, esperança, força da família, dos companheiros, dos amigos, se armaram de amor por si e pela vida. Mulheres que encontraram na doença uma poderosa força interior. 

sábado, 21 de dezembro de 2013

ALBINO GOURMET 120

Hoje temos um especial rocambole, hummmmmmm!

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

TELONA QUENTE 78

Roberto Rillo Bíscaro

Dono dalgumas fixações, entendo que Martin Scorsese, Francis Ford Coppola e outros tenham tara por gangsteres e Cosas Nostras. Acho meio sacal esse lance dos códigos e da macheza torpe, mas entendo; é a praia deles, deixa que se bronzeiem. 
Difícil entender como Robert de Niro, Michelle Pfeifer e Tommy Lee Jones embarcaram na canoa furada A Família (2013), produzido por Scorsese e dirigido com mão pesada pelo francês Luc Besson. Acho que o ocaso em várias das carreiras explica.
Uma família de mafiosos do nova-iorquino Brooklyn é transportada pruma pequena cidade francesa, depois de haver dedurado a máfia ianque. Papai De Niro, mamãe Pfeifer e um casal de adolescentes são supervisionados por agentes da CIA e instruídos a se integrarem na comunidade.
Tal tarefa é impossível e a família recorre a táticas mafiosas pra conseguir o que quer. Tudo vai bem – exceto pra cidade que os hospeda – até que os ex-parceiros descobrem o paradeiro da família.
Meio homenagem a Scorsese, A Família já seria fácil de desprezar se apenas as batidas e gordurosas piadas sobre o atraso e a culinária franceses fossem consideradas. Afora isso, a trama se desenvolve num amontoado de clichês e situações pouco exploradas. 
Temporalmente situada nos anos 80, o diretor/roteiro faz serviço de porco na determinação disso: será que a geração nova saca que apenas por pagar em francos ou por Pfeifer ver DALLAS na TV, estamos nos 80’s? A cena entre JR e Sue Ellen é uma das poucas que se salvam em The Family!    
O problema mor advém da indecisão no tom. A história clama por uma inserção no gênero comédia de humor-negro/farsa, mas isso não ocorre; diversas vozes se sobrepõem e o resultado é moralmente salafrário. O roteiro pede que simpatizemos com e torçamos por uma família que responde ao menor deslize de outrem com extrema violência. No final sangrento, a comunidade é barbarizada, resultando na morte de inocentes pra que mafiosos salvem suas peles. Menos mal que o trabalho de construção de empatia também seja mal executado e quem tem senso quer mais é que aquela gente escrota se ferre.Mas, você acha que De Niro e Pfeifer podem se dar mal?

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

BAJO LA SOBRA DEL ALBINISMO

Nubia Villasmil comenta algunas cosas de su condicíon de mujer con albinismo. 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

TELINHA QUENTE 103


Quando terminei Battlestar Galactica, fiquei curioso e com vontade de ver sua curta e malfadada reedição, em 1980. A ABC retomou o show devido a cartas de fãs reclamando do cancelamento do caro seriado. Galactica 1980 teve 10 episódios e não precisa ser experto pra entender tal brevidade: é muito ruim!
Anos depois do ponto de término da série de 1978, a Galactica finalmente encontra a Terra. Impasse: se nossos parentes siderais se aproximam, os muito mais avançados arqui-inimigos silônios atacam nosso mundo e nos reduzem a escombro de pó. Que fazer? Ficar estacionado no cosmos indefinidamente até os terráqueos estarem tecnologicamente preparados pra se defenderem dos sáurios robóticos. Como ajuda nunca é demais, o Comandante Adama e um cientista adolescente prodígio – que tem a expressividade dum pano de prato – mandam tripulantes auxiliarem nossos cientistas a se desenvolverem.
O baixo orçamento prejudicou os planos dos roteiristas, porque Galactica 1980 apresenta e abandona ideias tão rapidamente quanto fecho os olhos quando um jato de luz me bate na cara.
Um dos tripulantes sem qualquer explicação vira do mal pra desaparecer 2 episódios mais tarde. Os silônios aprecem apenas no meio da série. De repente, o cientista-prodígio tem a estapafúrdia ideia de enviar as crianças da Galactica (eram tão poucas assim?) pra Terra a fim de escaparem de possível ataque inimigo. Sem supervisão ou lugar pra ficar, enfim, tudo nas coxas e inconstante.
E como os atores são ruins!
O leitor deve se perguntar: por que esse cara viu tudo?
Porque gosto de TV vintage. Programas onde perguntam no aeroporto se o cidadão quer assento pra fumante; nos quais a queda do Skylab podia ser mencionada sem explicação ou que a presença dum ator desperte essa reação: “ah, o advogado do Blake! Mas, acho que ele apareceu num episódio de DALLAS também...” (e apareceu mesmo, procurei no IMDB).
Battlestar Galactica ressurgiu no começo do presente milênio, mas não verei mais. Quem sabe quando for 60tão e a primeira década deste século já for vintage?
E não é que achei episódio dublado em português? Saudosistas das vozes que acompanharam nossa infância, podem se interessar.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

DEPÔ DE ROSIANE

Mais uma pessoa com albinismo colocou vídeo-depoimento no You Tube. A advogada fala de superação, educação, visão, técnicas para driblar dificuldades, importância da família e muito mais.


CAIXA DE MÚSICA 113


Sabendo que o punk nasceu em Nova York e explodiumundialmente via Inglaterra, chegou a hora de olhar pra costa oeste norte-americana. Nem só de skate, surf e James Taylor vivia a Califórnia setentista. Mais influenciada pelos Pistols do que pelos nova-iorquinos – embora não devamos subestimar os Ramones – aquela banda dos EUA produziu bandas de ferocidade impar, desde pelo menos 1978.
TSOL, Dead Kennedys, The Weirdos e tantas outras compuseram cena fervilhante em Los Angeles e San Francisco. Muitas não deixaram registro em vinil, porque seguiam à risca a ideologia punk do não-alinhamento ao sistema e sequer fizeram questão de reconhecimento fora dos restritos círculos alternativos (pelo menos, é o que dizem). Caso algum grupo se sobressaísse comercialmente corria sério risco de ser taxado de vendido.
O documentário Rage: 20 Years of Punk Rock West Coast Style (2001) oferece 60 minutos meio erráticos de entrevistas com pilares da sociedade punk do estado mais rico da federação do norte. Sem narrador e com arte gráfica de fanzine, falta-lhe certo rumo, mas sendo sobre punk até que combina e dá pra pescar informações das falas de gente como Jello Biafra, o mais politicamente articulado de todos, que com seu Dead Kennedys influenciou muita gente.
Diversos entrevistados jamais abandonaram a adolescência, embora em 2001 fossem já maduros, mas não deixa de ser divertido ouvi-los detonar Gwen Stefani e seu No Doubt e as bandas diluidoras do punk, tipo Green Day, Offspring e Blink 182. Como tirar a razão deles com relação a essas bandas?
Sem legendas.

domingo, 15 de dezembro de 2013

NEVINA

Nevina - Tartaruga albina em centro de quelônios no Amazonas
Nevina tem seis anos de idade e vive em Balbina, próximo a Manaus. Sem pigmentação se transforma em presa fácil, por isso foi criada em cativeiro.

 





 
















A SUPERAÇÃO DE MILTON

História de superação marca vida de garçom do Tribunal de Justiça

Desembargadores, normalmente vistos como juízes de classe superior pelo cidadão mais comum, se emocionaram ao participar no final da tarde desta sexta-feira (6) de uma solenidade histórica no Salão Nobre do Palácio da Justiça, quando Milton Pereira do Nascimento Filho deixou de ser garçon do Poder Judiciário para assumir o cargo comissionado de assessor de juiz, assinando seu termo de posse e compromisso diante de dezenas de servidores da Justiça.
“Numa sexta-feira, faltando 15 minutos para as seis horas da tarde, fico imaginando o que significa uma solenidade como essa”, disse o desembargador Pedro Valls Feu Rosa, que deu a Milton a oportunidade de ter seu primeiro emprego, depois de passar os últimos cinco anos estudando Direito ao mesmo tempo em que conciliava os estudos com suas atividades na equipe de garçons do Palácio da Justiça.
Seis desembargadores prestigiaram o ato: além do presidente, os desembargadores José Barreto Vivas, Adalto Dias Tristão, Telêmaco Antunes de Abreu Filho, Willian Silva e Álvaro Bourguingon, que foi às lágrimas ao ser convidado para falar, uma vez que foi durante sua gestão transitória na Presidência do Tribunal que Milton pediu que seu horário de trabalho foi adaptado para que ele pudesse fazer o curso de Direito.
A solenidade foi acompanhada pelo presidente da OAB-ES, Homero Junger Mafra, que falou do simbolismo daquele ato: “Tudo na vida é símbolo, e este ato está simbolizando tudo o que o desembargador Pedro Valls fez nesses dois anos, com a ascensão profissional por mérito”.
Milton também mostrou-se emocionado e agradeceu os apoios que recebeu desde o momento em que decidiu cursar Direito até sua formatura, principalmente de sua família – a esposa Margarida e o filho Lucas, que hoje conta 7 anos, acompanharam a homenagem.

http://www.folhavitoria.com.br/geral/noticia/2013/12/historia-de-superacao-marca-vida-de-garcon-do-tribunal-de-justica.html

sábado, 14 de dezembro de 2013

ISENÇÃO ALBINA III

O projeto de lei do Senado (PLS 245/2012), do senador Eduardo Amorim (PSC-SE) que isenta do pagamento do Imposto de Renda os aposentados portadores de albinismo e de fibrose cística foi notícia em 2 ocasiões este ano aqui no Albino Incoerente: aqui e aqui
O PL dará mais um passo no dia 18.


Aposentados portadores de albinismo podem ser isentos de IR
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) analisa na quarta-feira (18) projeto de lei do Senado (PLS 245/2012), do senador Eduardo Amorim (PSC-SE) que isenta do pagamento do Imposto de Renda os aposentados portadores de albinismo e de fibrose cística.
Em  defesa de sua proposta, o senador argumenta que os portadores de albinismo precisam gastar quantias significativas para comprar medicamentos e material médico-hospitalar. O albinismo é uma hipopigmentação congênita, com ausência parcial ou total do pigmento na pele, nos cabelos e nos olhos. Apesar de não haver estatísticas oficiais, há cerca de 20 mil albinos no país.
A relatora da proposta na CAS, senadora Ana Amélia (PP-RS), concorda com o autor. "Os portadores de albinismo são pessoas que levam vida extremamente sacrificada e, mesmo quando conseguem empreender atividade profissional, fazem-no com grandes dificuldades físicas e econômicas", afirma a senadora.
Em seu voto, a senadora conclui que a eventual perda de arrecadação por parte da União, em decorrência da aprovação do projeto, se houver, será mínima, já que a legislação já contempla, em boa parte, algumas possíveis consequências do albinismo. Por exemplo, se o aposentado ou pensionista albino evoluir para uma situação de cegueira ou de câncer de pele, poderá ser beneficiado pela isenção.
Fibrose
Ana Amélia foi além em seu voto: apresentou uma emenda ao projeto que inclui a fibrose cística (mucoviscidose) entre as doenças graves que isenta do Imposto de Renda os portadores aposentados. A ideia, segundo a relatora, é evitar questionamentos sobre a permanência ou não dessa doença na lista de doenças graves.
A fibrose cística é uma doença genética. O gene defeituoso é transmitido pelo pai e pela mãe (embora nenhum dos dois manifeste a doença) e é responsável pela alteração no transporte de íons através das membranas das células. Isso compromete o funcionamento das glândulas exócrinas que produzem substâncias (muco, suor ou enzimas pancreáticas) mais espessas e de difícil eliminação.
Outras isenções
Já são isentos de Imposto de Renda, de acordo com a Lei 7.713/88, portadores de tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna (câncer), cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminados por radiação e portadores de síndrome da imunodeficiência adquirida.
O projeto de Amorim é terminativo na CAS, ou seja, se for aprovado sem recurso para votação em Plenário, seguirá direto para análise da Câmara dos Deputados.

ALBINO GOURMET 119

Vontade de comer pavê!
E sem ouvir a infame piadinha: "mas é pavê ou pacumê?"

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

ESCLARECIMENTOS

O Ministério da Previdência Social esclarece as principais dúvidas sobre a aposentadoria especial.

1 – O que traz a Lei Complementar 142/2013?
A Lei garante ao segurado da Previdência Social, com deficiência, o direito à aposentadoria por idade aos 60 anos, se homem, e 55 anos, se mulher, e à aposentadoria por tempo de contribuição com tempo variável, de acordo com o grau de deficiência (leve, moderada ou grave) avaliado pelo INSS.
2 – Quem são os beneficiários da Lei Complementar 142/2013?
O segurado da Previdência Social com deficiência intelectual, mental, física, auditiva ou visual, avaliado pelo INSS.
3 – O que a pessoa precisa ter para pedir a aposentadoria à pessoa com deficiência?
Ela deve ser avaliada pelo INSS para fins da comprovação da deficiência e do grau.
Na aposentadoria por idade os critérios para ter direito ao benefício são:
- Ser segurado do Regime Geral da Previdência Social – RGPS;
- Ter deficiência na data do agendamento/requerimento, a partir de 4 de dezembro de 2013;
- Ter idade mínima de 60 anos, se homem, e 55 anos, se mulher;
- Comprovar carência de 180 meses de contribuição;
O segurado especial não terá redução da idade em cinco anos, pois já se aposenta aos 55 anos de idade, se mulher, e 60 anos de idade, se homem.
Na aposentadoria por tempo de contribuição os critérios para ter o direito ao benefício são:
- Ser segurado do Regime Geral da Previdência Social – RGPS;
- Ter deficiência há pelo menos dois anos na data do pedido de agendamento;
- Comprovar carência mínima de 180 meses de contribuição;
- Comprovar o tempo mínimo de contribuição, conforme o grau de deficiência, de:
Deficiência leve: 33 anos de tempo de contribuição, se homem, e 28 anos, se mulher;
Deficiência moderada: 29 anos de tempo de contribuição, se homem, e 24 anos, se mulher;
Deficiência grave: 25 anos de tempo de contribuição, se homem, e 20 anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência grave.
Os demais períodos de tempo de contribuição, como não deficiente, se houver, serão convertidos proporcionalmente.
O segurado especial tem direito à aposentadoria por tempo de contribuição, desde que contribua facultativamente.

4 – Como o segurado poderá calcular o tempo contribuição para a Previdência Social?
5 – Como é classificada a deficiência?
Para classificar a deficiência do segurado com grau leve, moderado ou grave, será realizada a avaliação pericial médica e social, a qual esclarece que o fator limitador é o meio em que a pessoa está inserida e não a deficiência em si, remetendo à Classificação Internacional de Funcionalidades (CIF).
O segurado será avaliado pela perícia médica, que vai considerar os aspectos funcionais físicos da deficiência, como os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo e as atividades que o segurado desempenha. Já na avaliação social, serão consideradas as atividades desempenhadas pela pessoa no ambiente do trabalho, casa e social. Ambas as avaliações, médica e social, irão considerar a limitação do desempenho de atividades e a restrição de participação do indivíduo no seu dia a dia.
Por exemplo, um trabalhador cadeirante que tem carro adaptado e não precisa de transporte para chegar ao trabalho pode ter a gradação de deficiência considerada moderada, enquanto um trabalhador também cadeirante com necessidade de se locomover para o trabalho por meio de transporte público pode ter a gradação de deficiência considerada grave.
6 – Como será avaliado o grau da deficiência?
Para avaliar o grau de deficiência, o Ministério da Previdência Social e o Instituto do Seguro Social – INSS, com participação das entidades de pessoas com deficiência, adequaram um instrumento para ser aplicado nas avaliações da deficiência dos segurados.
Esse instrumento, em forma de questionário, levará em consideração o tipo de deficiência e como ela se aplica nas funcionalidades do trabalho desenvolvido pela pessoa, considerando também o aspecto social e pessoal.
7 – Como será realizada a comprovação das barreiras externas (fatores ambientais, sociais)?
A avaliação das barreiras externas será feita pelo perito médico e pelo assistente social do INSS, por meio de entrevista com o segurado e, se for necessário, com as pessoas que convivem com ele. Se ainda restarem dúvidas, poderão ser realizadas visitas ao local de trabalho e/ou residência do avaliado, bem como a solicitação de informações médicas e sociais (laudos médicos, exames, atestados, laudos do Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, entre outros).
8 – Qual a diferença de doença e funcionalidade?
A doença é um estado patológico do organismo. Ocorre quando há alteração de uma estrutura ou função do corpo. Ela nem sempre leva à incapacidade. Por exemplo, uma pessoa que tem diabetes precisa de tratamento, mas isso pode não torná-la incapaz para determinado tipo de trabalho.
Já a funcionalidade pode ser compreendida como a relação entre as estruturas e funções do corpo com as barreiras ambientais que poderão levar a restrição de participação da pessoa na sociedade. Ou seja, como a deficiência faz com que o segurado interaja no trabalho, em casa, na sociedade.
9 – Pessoas com doenças ocupacionais se enquadram como deficientes? Por exemplo, casos como perda de função de um braço, ou de uma mão.
O que a perícia médica e social leva em consideração são as atividades e as barreiras que interferem no dia a dia e os fatores funcionais, ou seja, o contexto de vida e trabalho. Não basta a patologia ou a perda de função, a análise é particular, de caso a caso, levando-se em consideração a funcionalidade.
10 – Deste grupo, quantas estão aptas a se aposentar?
A concessão da aposentadoria por idade e da aposentadoria por contribuição para a pessoa com deficiência é inédita. Por isso não sabemos a quantidade de pessoas que podem esse direito reconhecido.
11 – Quais são os canais de atendimento para a solicitação da aposentadoria?
O segurado deve agendar o atendimento na Central telefônica da Previdência Social, no número 135, e no Portal da Previdência Social, no endereçowww.previdencia.gov.br, e comparecer na data e hora marcados na Agência da Previdência Social escolhida.
Na Central 135, as ligações são gratuitas de telefones fixos e o segurado pode ligar de segunda a sábado, das 7h às 22h, horário de Brasília.
No site da Previdência Social, basta acessar o link ‘Agendamento de Atendimento’ e seguir as informações.
12 – Quais são as etapas para aposentadoria?
Serão quatro etapas:
1ª etapa – O segurado faz o agendamento do atendimento pela Central 135 ou no site da Previdência Social (www.previdencia.gov.br);
2 ª etapa – O segurado é atendido pelo servidor na Agência da Previdência Social para verificação da documentação e procedimentos administrativos;
3ª etapa – O segurado é avaliado pela perícia médica, que vai considerar os aspectos funcionais físicos da deficiência e a interação com as atividades que o segurado desempenha;
4ª etapa – O segurado passa pela avaliação social, que vai considerar as atividades desempenhadas pela pessoa no ambiente do trabalho, casa e social;
A avaliação do perito médico e do assistente social certificará a existência, ou não, da deficiência e o grau (leve, moderada ou grave).
13 – Com a entrada em vigor da lei, o sistema do INSS está apto a receber as demandas?
Cabe ressaltar que o direito do segurado, caso seja concedido o benefício, passa a contar a partir do dia em que ele efetivamente agendou o atendimento.
Por necessidade de adequação dos sistemas e das agendas dos serviços já prestados pelo INSS:
- O atendimento terá início a partir do dia 3 de fevereiro de 2014. Mas, o agendamento tem início no dia em que a lei entra em vigor,a partir de 4 de dezembro de 2013;
- A avaliação pericial médica e social será realizada a partir de março.
Contudo, o atendimento poderá ser antecipado na medida em que os sistemas forem disponibilizados. Por isso, é importante que o segurado, no momento do agendamento, informe na Central 135 ou no portal da Previdência Social o número de telefone correto para contato.
14 – Entre a data do agendamento do atendimento e a data da conclusão do processo pelo INSS, o segurado precisará continuar trabalhando?
O direito do segurado, se efetivamente preencher os requisitos da Lei, conta a partir do dia em que ele agendou o atendimento. Assim, o pagamento também retroagirá a essa data.
A decisão de continuar trabalhando, após o agendamento, cabe exclusivamente ao segurado, tendo em vista que o INSS, não terá meios de confirmar se os requisitos estarão preenchidos, antes do atendimento, onde será realizada a análise administrativa dos documentos e as avaliações médico pericial e social.
15 – Se o segurado continuar trabalhando terá que pagar o Imposto de Renda?
Os segurados terão que recolher normalmente, de acordo com a legislação tributária em vigor.
16 – Qual a vantagem para os trabalhadores com deficiência com a nova lei?
As pessoas com deficiência terão a redução da idade de cinco anos, no caso da aposentadoria por idade. Já na aposentadoria tempo de contribuição, a vantagem é a redução do tempo de contribuição em dois anos, seis anos ou 10 anos, conforme o grau de deficiência.
17 – As pessoas já aposentadas antes da Lei Complementar 142/2013 entrar em vigor podem pedir revisão do seu benefício?
A Lei Complementar 142/2013 só se aplica aos benefícios requeridos e com direito a partir do dia 4 de dezembro de 2013. Benefícios com datas anteriores à vigência da Lei Complementar 142/2013, não se enquadram nesse direito e nem têm direito à revisão.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

RESSUSCITANDO SILAS

Quando o filme Código da Vinci foi lançado, a personagem Silas gerou protestos entre pessoas com albinismo. A polêmica chegou até às páginas da Revista Veja, que, diga-se de passagem, nunca nos dá voz.
Quando traduzia o artigo do jornal inglês The Telegraph sobre as 3 mulheres com albinismo que vão à luta, encontrei em seus arquivos uma reportagem de 18 de maio de 2006, época da reclamação albina.
Como um dos objetivos do Albino Incoerente é ser central de informações em português sobre o tema albinismo, decidi traduzi-la também.


“Parem de nos Representar como Desviantes Místicos e Assassinos Inescrupulosos”, Reclamam as Pessoas com Albinismo

Catherine Elsworth
(Tradução: Roberto Rillo Bíscaro)
 Um grupo de apoio para pessoas com albinismo (PCAs) engrossou o coro de críticas ao Código da Vinci, acusando os produtores de propagarem “estereótipos cruéis”, por representarem uma PCA como vilã.
Ativistas reclamam que o filme dá sequência a uma longa tradição hollywoodiana de representar as PCAs como personagens do mal, “desviantes místicos e assassinos inescrupulosos".
Silas, um dos coadjuvantes, interpretado pelo ator britânico Paul Bettany é um monge albino de olhos vermelhos, que comete uma série de assassinatos na tentativa de manter em segredo documentos cristãos perdidos, que poderiam provar que Jesus era casado e pai.
Críticos dizem que a personagem de Bettany é mais um na longa lista de albinos malvados, que inclui os gêmeos de Matrix Reloaded; o assassino de cabelo branco de Golpe Sujo, estrelado por Chevy Chase e Goldie Hawn; o matador sádico de Cold Mountain e mesmo o malvado algoz de A Princesa Prometida.
Michael McGowan, PCA que preside a NOAH (National Organisation for Albinism and Hypopigmentation), afirmou que o Código da Vinci é o 68º filme, desde 1960, a apresentar uma PCA do mal.
“O problema é que não tem havido equilíbrio. Não há personagens albinas realistas, simpáticas ou heroicas em filmes ou na cultura popular”, lamenta.
A organização pediu que os produtores não descolorissem o cabelo de Bettany ou tornassem seus olhos vermelhos, mas as solicitações não foram consideradas.
Mr McGowan explicou que seu grupo nao pretende boicotar o filme, mas espera usar sua alta popularidade para aumentar a conscientização sobre as realidades do albinismo.
Bettany justificou que não enxergou Silas como um albino malvado, mas um homem assimbrado por sua criação muito dura. “Entendi que esse homem era um psicopata, mas não por ser albino. Ele é o resultado de tudo o que lhe aconteceu na vida. Acho que não tem nada a ver com albinos ou monges ou mesmo contra pessoas que usem sandálias”, ponderou o ator.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

TELINHA QUENTE 102

Mais de uma vez elogiei filmes e séries por seu charme retrô. Releituras, revivals; amo muito tudo isso, mas tem que possuir charme, elemento do qual a comédia britânica Vicious é destituída.
Os 6 episódios da temporada de estreia foram exibidos no primeiro semestre pela iTV, a mesma de Downton Abbey – citada à larga em um episódio. Vi em 3 dias com a vã esperança de que o nível subisse. Vicious ter sido renovada pruma segunda vinda pode significar que algo potencialmente inteligente e/ou divertido ficou fora do ar. Crime.
Vicious centra-se num casal gay junto há 48 anos. O tempo e as derrotas individuais fizeram com que Freddie e Stuart passem o tempo se atacando e diminuindo, embora se amem. O espectador é jogado nessa arena de leoas estereotipadamente afetadas. O jovem vizinho hétero e a velha amiga desesperada por homem aparecem todo episódio pra contribuir com mais sem gracismo repetitivo.
O cenário permanece inalterado quase o tempo todo, ainda existe a plateia programada pra rir a qualquer piada, fazendo com que o show se pareça com seus congêneres dos anos 1970. O estereótipo da bicha velha afetada e podre empurra Vicious ainda mais pra trás temporalmente.
A efeminação exagerada do casal nem me incomodou, afinal, é típico da comédia exagerar na representação, caricaturando tipos. Nem considero Vicious homofóbico – pelo menos não intencionalmente, embora permita tal leitura – até porque Sirs Ian McKellen e Derek Jacobi são gays.
Os atores parecem se divertir em cena, mas mal consegui sorrir. Em 2013, ainda há graça em mangas de casaco arrancadas ou pés ficando presos sob mesas? E o que dizer das piadas fossilizadas a partir mesmo do primeiro episódio? Não demora pra percebermos os truques baratos dos diálogos supostamente engraçados. Exemplo: a partir da terceira piada aprendemos que se alguém deixa uma situação em aberto pra alguma ação ou réplica, elas virão em sentido contrário. Tão divertido e instigante como enxugar louça.
McKellen e Jacobi – 2 instituições das artes cênicas britânicas – devem estar desesperados pra garantir os fundos necessários pruma aposentadoria luxuosa ou relutam em abandonar o protagonismo. Só isso explica o aceite pra participar dessa bomba. Fosse eu vicious como Stuart e Freddie, escreveria que estão no estágio inicial de senilidade e começam a perder o senso do ridículo.  
Pra não dizer que sou azedo, curti a música de abertura, regravação oitentista de Never Can Say Goodbye, dos Communards, na voz de Jimmy Somerville, tentativa inglesa branquela de soar como o divo disco Sylvester.
E ri uma vez, sim, apenas uma risada em 6 episódios. Embora também totalmente previsível, o voice over de Judi Dench, vivendo ela mesma ao telefone, foi impagável.
Nem uma noite de insônia me fará perder tempo com a segunda temporada.