quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

TELONA QUENTE 79


Filmes em línguas pouco difundidas restringem-se a públicos específicos. Resistência a ler legendas e distribuição modesta são 2 fatores interferentes na circulação.
Caso do thriller belga Loft (2008), falado em flamengo, que abrange umas 10 milhões de pessoas, se tanto. Sucesso no pequeno país europeu, o suspense passou batido a não ser pra superfãs do gênero, cinéfilos globalizados ou quem curte fugir do que “tomo mundo vê”.
5 amigos possuem chaves dum apartamento num moderno e chique prédio. Usam-no pras suas (muitas) atividades extraconjugais. Um dia, um dos homens descobre o cadáver duma mulher semi-algemada na cama e o martírio deles começa, pra nossa diversão.
Contada em flashbacks e ziguezagueando temporalmente a trama se intensifica com as revelações dos segredos e a intervenção das esposas e personagens secundárias. Sombrio, elegantemente filmado e montado, Loft garante a tensão necessária aos thrillers, embora há que reconhecer que boa parcela do nervosismo seja induzida pela música incidental.
Não deveria passar despercebido que Loft é um sermão disfarçado, de quase 2 horas, sobre como é importante respeitar o sexto e o nono mandamentos. Mas, a lição puritana entretém e merece ser conferida.
Hollywood lançará refilmagem, então, se você quiser se gabar de ter visto o original, aproveite. Existe versão legendada em inglês no You Tube, mas advirto: é péssima. Compensa procurar o filme na rede e buscar legenda (parece que existe em português).

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