sexta-feira, 31 de julho de 2009

VIVA SÃO LEOPOLDO

Obrigado à Ana Paula, do site Viva São Leopoldo, da cidade gaucha homônima, que publicou meu email de divulgação no Mural de Recados da página.
http://www.vivasaoleopoldo.com.br/mural/visualizar.asp?Cod=1047

"EU VOLTEI PRAS COISAS QUE EU DEIXEI..."

Cheguei do Rio de Janeiro há um par de horas. A viagem foi um sucesso e tenho novidade grande pra contar, aguardem.

A repercussão do Sem Censura se fez sentir literalmente no mesmo dia. Depois contarei isso também.

Por ora quero agradecer aos diversos comentários que recebi no gmail e aqui no blog. Peço que tenham alguma paciência porque tenho um volume grande de mensagens a responder, além do volume sempre grande de coisas que tenho pra fazer normalmente. Algumas mensagens que requerem comentários mais pontuais receberão resposta individaul. Às pessoas que me parabenizam e incentivam, deixo um geral muito obrigado e prometo seguir com o trabalho até onde possa. Continuo contando com redes de apoio na divulgação. Por favor, façam os endereços do blog e dos vídeos no You Tube circularem. Só assim ganharemos visibilidade e conseguiremos algo.

terça-feira, 28 de julho de 2009

TUDO PRONTO

Chegou a hora de dizer outro temporário tchau aos leitores. Em um par de horas, sigo viagem com destino à Cidade Maravilhosa, do Coelho Neto.

Agradecimentos se fazem necessários ao prefeito e vice-prefeito de Penápolis, João Luís dos Santos e Ricardo Rodrigues de Castilho e também aos secretários municpais de educação e saúde, Cledivaldo Aparecido Donzelli e Artur Andreata. Todos eles generosamente contribuíram de seus próprios bolsos pra me ajudar nas despesas de viagem e na divulgação da causa albina.

Obrigado também ao Zeca, lá no RJ, que vai me hospedar. Ele está em Sampa, mas liberou o apê preu ficar. Por email me disse que deixou até toalha em cima da cama. Preciso dizer mais alguma coisa pra provar que pessoa do bem que ele é????

Outros 2 que merecem muitos obrigados são o Jayme e o Cláudio que chegaram a oferecer milhas aéreas preu poder fazer o trajeto Rio-SP mais rapidamente. Dessa vez nao rolou, mas torçamos preu precisar num futuro breve, tá?

Os que acompnharam minhas viagens anteriores podem estar se perguntando se vou levar o mp3 player, se ele está lotado. Claro que vou levar! 1 GB de música e o carregador pra ser plugado na tomada antes mesmo deu beber água quando chegar ao apê do Zequinha! Primeiramente, garantirei que ele esteja carregado pra longa viagem de volta!

Fiquem de olhos e ouvidos em pé porque algo me diz que essa viagem ao Rio vai trazer mais uma novidade, vamos esperar, vamos esperar.

Enquanto vocês aguardam minha volta (ansiosamente, espero), aqui vai um exemplozinho do que vai rolar no meu mp3 player:


(Sempre que abasteço o mp3 pra viagens, vai umas 4 ou 5 cancções dela.

SEM CENSURA

Será amanhã às 16:00 minha participação no programa Sem Censura, pela TV Brasil, comandado pela jornalista Leda Nagle.

O programa tem os seguintes horários de reprise:
Reprises segunda a quarta, 1h10; quinta, 0h30; e sexta, 2h10

Pra maiores informações, acesse o site:
http://www.tvbrasil.org.br/semcensura/convidados.asp

Aos leitores prometi que contaria tudo sobre a viagem ao Rio de Janeiro: desde os preparativos até a volta. Mantenho a promessa, mas postarei tudo depois que voltar, combinado?

Deve ter um par de estratégias de sobrevivência albinas pra relatar...

SESSÃO DE FOTOS

Leitores assíduos e de longa data hão de lembrar do projeto de fotografar pessoas com albinismo idealizado pelo fotógrafo mineiro, radicado em Sampa, Gustavo Lacerda. Depois de pesquisar bastante sobre o assunto, contatar voluntários e elaborar um esquema de iluminação que não acarretasse desconforto aos albinos (somos muito fotofóbicos), a primeira sessão ocorreu no início deste mês.

Lacerda foi novamente gentil e respondeu a algumas perguntas enviadas por email.

1 - Quantos albinos participaram da primeira sessão de fotos?
GUSTAVO: Fotografei oito pessoas nesse primeiro ensaio.
2 - De qual faixa etária?
GUSTAVO: de 7 a 40 anos.
3 - Como foi seu contato com eles?
GUSTAVO: Foi Ótimo! Todos foram super-generosos por estarem abertos a experimentar algo totalmente novo ao universo deles (a grande maioria nunca tinha ido a um estúdio fotográfico), alem de terem depositado total confiança no meu trabalho.
4 - Como reagiram frente à câmera, uma vez que não se tratou de modelos profissionais?
GUSTAVO: O fato de não serem modelos profissionais, num ensaio autoral como esse, enriquece ainda mais o trabalho. Dessa forma, pude captar expressões e até mesmo angustias frente à câmera, de pessoas reais, com sentimentos reais, ou seja, a vida como ela é!
5 - Na outra entrevista, você mencionou que havia tido alguma dificuldade com a iluminação em outra sessão de fotos que realizara com um modelo albino. Como foi nessa primeira sessão de seu projeto sobre pessoas albinas?
GUSTAVO: Dessa vez fui bem mais feliz na escolha da iluminação e tive essa certeza ao ouvir de pelo menos 3 dos meus "modelos" o comentário de que a luz que usamos não incomodou praticamente nada.
6 - Como você avalia o resultado dessa primeira sessão?
GUSTAVO: Adorei o resultado. São fotos simples, diretas, mas muito verdadeiras e expressivas.
7- Alguma previsão de quando ocorrerá a próxima sessão?
GUSTAVO: Estou programando para os próximos 15 dias um novo ensaio. Dessa vez fotografarei um casal de namorados albinos e duas duplas de irmãos.
8 - Existe algum perfil de pessoa com albinismo que você gostaria de retratar, mas ainda não conseguiu contatar?
GUSTAVO: Gostaria muito de encontrar algum albino negro, alem de crianças e pessoas com mais de 50 anos. Nesses perfis tenho tido mais dificuldade de encontrar voluntários. Mas no geral toda pessoa com albinismo será bem-vinda.


O Gustavo sabe que o blog está sempre escancarado pra que ele divulgue seu projeto e também seus outros trabalhos.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

???????????????????

Descobri um blog cuja proposta é relatar sonhos online.
http://sonhosdiarios.wordpress.com/

O post de ontem relata um sonho com animais albinos e o título do post, inclusive, é albinismo. Vejam só:

Albinismo
Esta semana eu sonhei que estava no meu quarto, mas não o atual, o quarto em que dormia, há quatorze anos atrás, pouco antes da minha mãe morrer.
Embaixo do sofá (porque eu não tinha cama) havia uma caixa de sapatos da Sapasso, que embora eu não conseguisse ler, porque as letras se embaralhavam, eu sabia que era da Sapasso, pelo formato do logo.
Olhei em volta, para me certificar de que não havia ninguém por perto, e abri, me assustando com o seu conteúdo.
Dentro havia um
rolo de barbante, uma lagartixa branca, uma barata branca e uma borboleta branca.
A lagartixa estava de cabeça para baixo, presa na tampa da caixa e não se movia, só me olhava com os olhos muito vermelhos, meio transparentes, e a barata estava morta, com as pernas encolhidas, como quando elas morrem por veneno. Porém, a que mais me interessou foi a borboleta branca, porque ela mexia as asas muito lentamente e elas eram feitas de
renda, como toalhas de mesas.
Ela voou da caixa e ficou farfalhando na persiana da janela.
Nisso aparece uma mulher que não conheço e não conseguia ver direito o rosto, e já não é mais o meu quarto, era um posto de gasolina. Segurando a minha mão disse:
- Você a deixou fugir. Me empresta dinheiro?
Pedi desculpas e lhe dei tudo o que tinha no bolso.
A figura dela me passava uma terrível sensação de abandono e mau presságio. Quando eu procurei por ela já tinha ido embora.
Fechei os olhos com força e acordei.
Julho 26, 2009

FOLHATEEN

A Solange, bibliotecária da Biblioteca Municipal aqui de Penápolis, ligou-me há cerca de uma hora pra me contar que na Folha de São Paulo de hoje, no caderno Folhateen, saiu uma matéria sobre a situação dos albinos na Tanzânia. A reportagem não está disponível na edição online da Folha, portanto, quem puder, cheque a edição impressa.

Aliás, vocês sabiam que a letra dessa canção menciona albinos?

SITE MARIA REGINA

http://www.mariaregina.com.br/
O endereço acima é do site da escritora Maria Regina Canhos Vicentim. Colunista de jornais de Araçatuba, Rio Claro, Marília (todas no estado de SP), além de outros estados, Maria REgina escreveu o texto abaixo, motivada pelo meu trabalho em prol da visibilidade das pessoas albinas.
Agradeço à REgina, o espaço e a divulgação em tantos meios de comunicação escritos.
Filhos da Lua
Há poucos dias, recebi e.mail solicitando a divulgação de um blog cuja proposta é conferir maior visibilidade às pessoas com albinismo. Achei interessante, pois imagino que muitos careçam de informações relacionadas ao tema. O idealizador do projeto é um professor de literatura albino que, além de manter o blog, gravou também alguns vídeos caseiros no You Tube esclarecendo mitos, dificuldades, e aproveitando para fazer algumas reivindicações.
Tal contato me trouxe lembranças da infância, mais precisamente da educação fundamental. Tínhamos um colega muito branco, tão branco que sua mãe tinha de levá-lo à escola debaixo de uma sombrinha, para que o sol não queimasse a sua pele. Isso era motivo de chacota entre os alunos e vários acabavam ridicularizando o menino. Eu ficava com pena do meu colega e, sinceramente, não entendia porque ele não tomava uma atitude. Anos mais tarde, pude perceber que a dedicação e obediência à sua mãe eram tão grandes, que lhe dificultaram qualquer reação àquele procedimento rotineiro.
Seus olhos verdes necessitavam de proteção devido à fotofobia. Ele era o único aluno naquela época que frequentava as aulas com óculos de sol. Isso, sem dúvida, apenas fazia com que chamasse mais a atenção de todos. Ao entrar na puberdade, meu colega trocou a voz de menino franzino por um vozeirão que ecoava pela sala de aula, motivando novas brincadeiras e gozações. Não deve ter sido nada fácil para ele estudar com tanta caçoada e zombaria. Quando ficava bravo, todo mundo sabia, pois o vermelhão cobria o rosto branco e denunciava a exaltação.
Os anos passaram, e acabamos cursando o ensino médio e superior em escolas diferentes, mas a vida reservava outro encontro para aqueles que sempre foram amigos, e isso se deu logo que comecei a trabalhar. Estagiei numa grande empresa, e qual não foi a minha surpresa ao deparar com meu colega num dos altos cargos do setor administrativo. Ele venceu, pensei. Conseguiu superar todo o preconceito, toda a humilhação, mostrando que era capaz. Alguns outros colegas de turma também trabalhavam na empresa, na linha de produção. Era até gozado ver alguém pedindo “vale” para quem havia ridicularizado anos atrás. Isso me fez perceber que o mundo dá muitas voltas e, nas voltas da vida, é bom saber que a conduta respeitosa sempre traz benefícios. Tive uma boa passagem pela empresa.
Bom, mas recordações à parte, quero sugerir aos leitores que conheçam o trabalho do Dr. Albee, professor de literatura em Penápolis, interior do estado de São Paulo. Você pode saber um pouco mais sobre o albinismo e os albinos, conhecidos como “filhos da lua” devido à sua preferência pela noite para o desenvolvimento de suas atividades. Inteire-se acerca dos problemas e dificuldades que essas pessoas enfrentam no seu dia a dia. Confira esse sensível trabalho, acessando o endereço: http://albinoincoerente.blogspot.com/ .

domingo, 26 de julho de 2009

EPITÁFIOS 2


Roberto Rillo Bíscaro

Ano passado tive crise de Julio Chavez. Explico: no idioleto meu e do Jayme – meu melhor amigo – “estar com crise de” significa estar obcecado por alguma coisa. Tipo, não parar de ouvir Bryan Ferry por 3 dias. Crise de Bryan Ferry, entenderam?

Explico 2: Júlio Chavez é um excelente ator argentino. Assisti El Custódio (2006), El Otro (2007), Um Oso Rojo (2002) e Extraño (2003) quase em seguida e fiquei encantado com os 2 primeiros e gostei bastante do terceiro. O quarto achei meio chatinho, mas uma coisa todos tiveram em comum: Chavez está muito bem. Em El Custódio e El Otro, está brilhante.

Daí, descobri a minissérie argentina Epitáfios (2004), produzida pela HBO Latina. 13 capítulos eletrizantes que narram a história de um serial killer genial, algo como um Silence of the Lambs (1991) à enésima potência. Escrita pelos irmãos Marcelo e Walter Slavich, a trama alucinante e alucinada literalmente me prendeu em frente ao dvd. Não sosseguei enquanto não dei fim aos 13 capítulos luxuosamente produzidos. Claro que o psicopata é inteligente demais, as coisas dão certinho demais pra ele que é capaz de prever tudo o que vai acontecer, como as pessoas vão reagir, além da série apresentar novamente o estereótipo do gay fã de ópera como desequilibrado mental.

A minissérie fez tanto sucesso nos EUA e Europa que a HBO encomendou outro roteiro pros irmãos argentinos. Em abril deste ano, estreou Epitáfios 2: el Final Ahora Tiene Dos Caras. De novo Julio Chavez interpreta o quase tosco inspetor Renzo Márquez, desta vez atrás doutro serial killer, que assassina suas vítimas copiando cenas de crimes de outrora. Ele fotografa os assassinatos brutais e deixa os rolos de filme pra serem revelados em alguma loja, a qual, ao se dar conta do conteúdo horripilante das imagens chama a polícia. E de novo uma série de 13 capítulos que, apesar das coincidências às vezes um pouco forçadas, me prendeu em frente à TV e eu não via a hora de ver novo episodio. Essas coincidências fazem parte da emoção, se não houver todas as coincidências não seria uma produção ficcional deste gênero, não é mesmo?

O psicopata é brilhantemente interpretado por Leonardo Sbaraglia, outro ator argentino (ultimamente radicado em Espanha) que conheço de outros carnavais. Pros não fãs de cine argentino, talvez a referência mais conhecida do ator seja o aclamado Plata Quemada (2000), mas eu já o vira em produções como Tango Feroz (1993), Cleópatra, Utopia (ambos de 2003) e Caballos Salvajes (1995), o qual inclusive possuo. A dupla personalidade do psicopata é cenicamente representada através de diálogos entre as 2 metades da personalidade e também por meio de seu reflexo no espelho. Isso proporciona ao ator um prato cheio pra interpretar. Por mais que adore o Julio Chavez, creio que nessa segunda dose de Epitáfios o Leo Sbaraglia ganhou o papel mais desafiador. Merece prêmio.

Cecília Roth, uma das queridinhas do Almodóvar, é a parceira de Renzo nas investigações. Roth também é queridinha minha; adoro sua cocainada personagem de Martin (Hache) (1997), uma tour de force interpretativa dirigida por Adolfo Aristarain. Aliás, Chavez e Roth estão juntos de novo e no ar na TV argentina numa sitcom chamada Tratame Bien (não vejo a hora de começar a ver!!! Só tô esperando desopilar um pouco a pilha de coisas pra assistir aqui, afinal, não estou tendo férias, né???). Em Epitáfios, Roth interpreta Marina Segal, atormentada detetive viciada em roleta russa. Nessa segunda dose de Epitáfios, esse vício terá desdobramentos conseqüentes na trama, que dessa vez abre mais espaço pros problemas pessoais de algumas personagens. Embora deva admitir que não achei muita graça na sub-trama da vizinha espancada do Renzo.

Bem, além desse trio de protagonistas a mini está obviamente recheada de outros atores e atrizes familiares aos espectadores de cine argentino, como este blogueiro. São quase 200 atores e 1000 figurantes, de acordo com a divulgação da super-produção. Eu ia vendo e de vez em quando pensava: “ah, o Demédio, de Lugares Comunes” (2001)...

Em Epitáfios 2, o suspense não provém de tentarmos descobrir quem é o assassino ou quem será a próxima vítima. O serial killer é identificado logo no início e há uma personagem com poderes paranornais que nos revela quem será a vítima seguinte. O suspense nasce de irmos construindo o complexo quebra-cabeça pra entendermos quem é realmente esse psicopata, porque acabou sendo do jeito que é, porque pratica os crimes, qual a relação entre os assassinatos, porque são do modo que são. Mesmo assim, alguns assassinatos surpreendem mesmo a gente sabendo quem irá morrer. Pra vocês terem uma idéia, uma amiga sem querer me contou que uma das personagens tinha morrido no episódio tal. Mas, antes dela morrer o psicopata a faz fazer algo tão inesperado que eu fiquei passado na cama!

Renzo, Marina e os demais policiais são verdadeiros anti-heróis no sentido de que não conduzem verdadeiramente a trama, na maior parte do tempo têm que seguir os movimentos determinados pelo vilão ou por outra situação qualquer.

O roteiro, que obviamente apresenta alguns clichês, por vezes quebra algumas das expectativas que criamos. Por exemplo, no segundo episódio (acho) somos apresentados a uma psiquiatra, responsável por cuidar do misterioso XL. Na hora imaginei que ela seria introduzida também como interesse romântico pra Renzo. Me enganei... Também é divertido caçar as fontes dalgumas idéias usadas pelos roteiristas. Por exemplo, num determinado ponto alguém pede pruma personagem que é geninho da informática, envelhecer uma foto no computador. Quando ele diz que o processa levará uns 3 dias e a imagem aparece na tela do pc sendo trabalhada, na hora saquei o que poderia acontecer. Dica, a resposta está no filme No Way Out (1987), época em que um ator chamado Kevin Costner costumava ter uma carreira!

Essa nova fornada de episódios está mais “Argentina” do que a primeira, mas mantém o padrão “internacional” pra poder agradar a vários mercados. Dessa vez temos mais locais famosos de Buenos Aires como cenário. O Obelisco aparece em quase todos os episódios. Também a peculiar pronúncia dos 2 eles com som de jota é mais proeminente nessa segunda temporada. Entretanto, a gramática peculiar ao espanhol argentino continua de fora da série e a forma do espanhol padrão é mantida. Ouvimos “tu eres” e não “vos sos”... Pra mim é quase alienígena ver uma série argentina ambientada em Buenos Aires com 13 episódios e não ouvir um “boludo” , “pelotudo” ou “dale” sequer! Mas isso não é defeito, é escolha feita pra atender a outros mercados, afinal, o mundo hoje é global. Mas, cá entre nós, prefiro o “dale” ao “ok”, dale?
Ah, ia me esquecendo. O mundo é globalizado e bem menos tolerante à nicotina. No primeiro Epitáfios fumava-se feito doido, nesse ninguém fuma!

Epitáfios 2 tem roteiro inteligente, produção impecável, atuações excelentes. Epitáfios 2 é tudo, mas tudo, mas tuuuuuuuuudo de bom mesmo!

DISCAPACITADOS EN LA TELE

Espectadores con discapacidad
Reclaman un retrato más real de la discapacidad en televisión
Espectadores británicos con discapacidad han reclamado que la imagen que ofrece la televisión de la discapacidad sea más real, según los resultados de una encuesta realizada para las cadenas de televisión BBC y Channel 4.

En la encuesta, de la que se hace eco la revista "Broadcast Now" en su edición electrónica, participaron 500 adultos con discapacidad, de los que el 80% se mostraron a favor de que los actores con discapacidad interpretaran tanto personajes "buenos" como "malos".

En torno al 75% de los encuestados opinó que debe aumentar la presencia de presentadores y expertos con discapacidad en espacios televisivos cuya temática no sea la discapacidad.

Estos espectadores también reclamaron que la industria televisiva contrate más actores con discapacidad para interpretar a personajes discapacitados.

"Los resultados de la investigación revelan el deseo de que la discapacidad se trate como algo ordinario y no como algo especial", aseguró el responsable de programación de Channel 4, Julian Bellamy.

Por ello, la BBC lanzará un directorio "on line" de actores e intérpretes con discapacidad en las próximas semanas, con el fin de facilitar a los productores la selección de éstos.

"Queremos que los productores comprendan que no es posible seguir excluyendo a las personas con discapacidad de nuestros programas", subrayó la directora editorial para la diversidad de la BBC, Mary Fitzpatrick.

Asimismo, la BBC proyecta introducir un personaje con discapacidad en "East Enders", una de sus series más populares, que se emite desde 1985 en el Reino Unido.

Por su parte, Channel 4 acaba de seleccionar un actor sordo para su serie "Shameless", y recientemente introdujo a una intérprete con movilidad reducida en su serie juvenil "Hollyoaks".

(Encontrado em http://www.elcisne.org/ampliada.php?id=1102)


INSPIRAÇÃO

Outro dia, achei o texto transcrito abaixo no site da revista Planeta Sustentável. Percebi que se tratava dum texto sobre albinismo pra crainças e achei ótimo porque creio que é de guri que a gente tem que investir mais na luta contra o preconceito, seja ele qual for.

Como havia espaço pra deixar comentário, não perdi a oportunidade de divulgar o blog e o canal do You Tube. Um par de dias depois, recebi email de Mônica Nunes, editora da revista, dizendo-me que a ideia sobre a pauta do albinismo pra crianças nasceu depois de ela ter lido a matéria sobre meu trabalho na Folha de São Paulo.

Que bom que meu trabalho esteja gerando discussões, interesse pelo assunto, pautas. É assim que se inicia um trabalho que terá que se encaminhar também pro estabelecimento de políticas públicas de saúde pra albinos. Chegaremos lá, vocês verão.

diferentes, mas iguais

Preconceito contra os albinos Eles têm falta de pigmentação na pele, por isso, são beeem “branquinhos”. E quem nunca ouviu falar de albinismo faz cada piadinha sem graça...

Planeta Sustentável 16/07/2009

Texto: Manoella Oliveira

Tem gente de olhos castanhos, de olhos azuis, verdes, bem pretinhos e de várias outras cores diferentes. Quando olhamos para a pele das pessoas, vemos que existem vários tons também. Assim como acontece com o tipo de cabelo e com os traços do rosto.

Cada um tem suas próprias características físicas e de comportamento: tem os mais animados, os azedos, os preguiçosos... portanto, não dá para falar que alguém é mais “normal” ou mais brasileiro do que o outro. A única coisa que podemos notar é o que é mais comum ou mais raro.

Os albinos estão nesse segundo grupo. Não é muito fácil encontrá-los pela rua. Por isso, às vezes, eles recebem injustos olhares de estranhamento vindos de quem nunca ouviu falar de albinismo.

Em um país tropical como o nosso, cheio de gente morena, algumas pessoas ainda se surpreendem ao ver os albinos, branquinhos e de olhos azulados. Algumas têm o péssimo hábito de fazer piadinhas, brincadeiras de mau gosto e até de xingá-los na rua. Dá para acreditar? Mas isso é resultado de falta de informação – e de educação também. Você concorda?

Agora, entenda porque os albinos têm aparência tão peculiar.

Trata-se de pessoas com ausência de pigmentação na pele e na retina, ou seja, elas não têm melanina, responsável por dar cor às partes externas do corpo e proteção à pele contra a radiação do sol. Por isso, têm olhos, pele e cabelo bem clarinhos.

O albinismo é resultado de uma herança genética rara, porque tanto o pai quanto a mãe devem ter o gene que o determina. Isso significa que não existe o menor risco de alguém se tornar albino, eles são assim desde o nascimento.

AZUIZINHOS

A retina tem dez camadas, mas os albinos tem uma a menos, por isso seus olhos são azuis. “Eles sofrem da ausência de uma camada de proteção da retina chamada epitélio pigmentar, que recebe a imagem quando olhamos para algum objeto e a transmite para outras camadas da retina que, depois, vão para o cérebro”, explica Edson Carvalho da Silveira, oftalmologista especialista em visão subnormal.

Dessa forma, eles não enxergam bem, têm fotofobia (dificuldade para enxergar na claridade) e tendem a apresentar mais astigmatismo e miopia do que a média. A grande maioria tem visão subnormal, o que, por definição, significa que, mesmo com lentes corretoras, o indivíduo tem cerca de 30% de visão.

CUIDADOS PRA LÁ DE ESPECIAIS

Os albinos têm olhos bem azuis, pele bem clara e cílios, sobrancelhas e cabelos loiros ou avermelhados, dependendo do tipo de albinismo e precisam de alguns cuidados para não se queimar, como o uso contínuo de protetor solar e blusas de mangas compridas.

O oftalmologista aconselha, também, o uso de bonés, óculos com filtros fotossensíveis e chapéus. Até a profissão deve ser bem escolhida para não afetar sua condição física. “Trabalhar no meio externo como um agricultor, por exemplo, é perigoso porque exige exposição ao sol, o que torna o albino ainda mais vulnerável a ter câncer de pele” informa o médico.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre os albinos, informe seus amigos e ajude a diminuir o preconceito. Aproveite para comentar, aqui, o que pensa sobre o tema. Você tem coleguinhas albinos? Já viu algum tipo de desrespeito?

(Encontrado em http://planetasustentavel.abril.com.br/planetinha/fique-ligado/conteudo_planetinha_485140.shtml)


sábado, 25 de julho de 2009

ALBINO INCOERENTE NO PROGRAMA SEM CENSURA

Há um par de dias, recebi recado da Verônica Prudêncio, da equipe de produção do programa Sem Censura, apresentado pela renomada jornalista Leda Nagle, que popularizou a expressão “com certeza” nos anos 80.

Leda já entrevistou meio mundo e mais um pouco e nesta quarta-feira, dia 29, à partir das 16:00, vai me entrevistar!

É isso mesmo leitores, semana que vem viajarei pra Cidade Maravilhosa a fim de participar do programa que é ao vivo pela TV Brasil. Eis o site pra vocês poderem acompanhar as atualizações da página até aparecer o meu nome na lista de convidados:
http://www.tvbrasil.org.br/semcensura/

Prometo manter os leitores em dia com tudo o que acontecer com relação á viagem, agradecimentos por ajudas etc.

De antemão, agradeço à Verônica pela extrema simpatia e risadas ao telefone. Quarta à tarde nos conheceremos pessoalmente!

Também devo agradecer a um grupo de amigos ligados à administração municipal e à FUNEPE – faculdade onde leciono aqui em Penápolis – que estão se cotizando a fim de me ajudarem a custear as despesas. Mais pra frente, serão todos nominalmente agradecidos e reconhecidos.

Vocês podem até não acreditar, mas juro, juro por tudo que me é mais sagrado que há menos de uma semana enviei ao prof. José Carlos Sebe um vídeo da Leda entrevistando o Carlos Drummond de Andrade. Aliás, foi por isso que outro dia escrevi num post a expressão “a gracinha do Drummond”, lembram?

sexta-feira, 24 de julho de 2009

FESTIVAL ASSIM VIVEMOS

Assim Vivemos: 4º Festival Internacional de Filmes sobre Deficiências
Bengala Legal23/07/2009
Festival proporciona todas as acessibilidades nas sessões dos filmes: audiodescrição, legendas com closed caption e interpretação em LIBRAS dos debates
O Assim Vivemos 2009 – 4º Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência será realizado de 04 a 16 de agosto no Rio de Janeiro, de 25 de agosto a 06 de setembro em Brasília e de 07 a 18 de outubro em São Paulo, no Centro Cultural Banco do Brasil.
O Festival Assim Vivemos é bienal e teve sua primeira edição realizada em 2003, no Rio de Janeiro e em Brasília. Desde então, o festival proporciona todas as acessibilidades nas sessões dos filmes: audiodescrição (descrição de tudo o que aparece na imagem dos filmes e que não pode ser entendido apenas pelo áudio), legendas com Closed Caption (inclusive nos filmes brasileiros) e interpretação em LIBRAS dos debates.
Em duas semanas, exibiremos 24 filmes de 13 países, em diversos horários. Também serão realizados quatro debates sobre temas específicos, congregando pessoas com deficiência, profissionais especializados, professores universitários, diretores de cinema, entre outros.
Alguns Destaques dessa Edição

Eu era surdo e não sabia, da França, e Vozes de El Sayed, de Israel, sobre questões relativas à surdez. Somos todos Daniel, do Canadá, filme que nos apresenta uma turma de adolescentes autistas que cantam, dançam e interpretam. As políticas públicas de inclusão e acessibilidade aquecem o debate em filmes como Ofensas verbais, dos Estados Unidos, Omar, você aceita minha deficiência?, da França e As autoridades estão sempre certas, do Reino Unido. O humor se faz presente em Blues da Moça Cega, dos Estados Unidos e em Os Marginais, do Reino Unido. E muito mais. Filmes da Coréia do Sul, Armênia, Noruega, Rússia, França, Argentina, numa programação que compõe um impressionante painel multicultural.
Pedimos ainda especial atenção para os quatro excelentes filmes brasileiros selecionados: Sentidos à Flor da Pele, de Evaldo Mocarzel, Pindorama, de Roberto Berliner, Lula Queiroga e Leo Crivellare, Dreznica, de Anna Azevedo e O Vôo da Cegonha, de Laly Cataguases.
Acessibilidade

Todas as sessões terão entrada franca; Audiodescrição transmitida para fones, feita ao vivo por dois atores em todas as sessões, na sala de cinema, para pessoas com deficiência visual; Legendas descritivas (CC) inclusive nos filmes brasileiros, para pessoas com deficiência auditiva; Acessos adaptados para cadeirantes. Intérpretes de LIBRAS nos quatro debates (apenas nos debates). Catálogos em Braille.
Veja a programação completa no site:
www.assimvivemos.com.br.
Patrocínio: Banco do Brasil. Produção: Lavoro Produções. Direção: Lara Pozzobon. Realização: Centro Cultural Banco do Brasil.

(Encontrado em http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi&parametro=26062)

EMBU DIGITAL

Agradecimentos ao pessoal do Embu Digital, da cidade de Embu (SP).
http://www.embudigital.com.br/

A equipe do webjornal deu destaque de primeira página ao projeto sobre albinismo e publicou nosso release com links pros vídeos e mais um par de lindas fotos.
http://www.embudigital.com.br/?p=1851

UMA FAMÍLIA EM PRETO E BRANCO

Uma família em preto e branco
As dificuldades de uma menina albina filha de negros

Aos dois anos, Luana da Silva Cruz percebeu que não era como seus irmãos e que não tinha a mesma cor de seus pais. Não conseguia entender por que sua família era negra e apenas ela era branca. “Quando eu nasci, minha mãe disse que meu pai não acreditava que eu era filha dele. Ele não sabia que esse problema existia. Eu fiquei muito confusa.”
Hoje, aos 19 anos, Luana fala abertamente sobre o albinismo e entende
porque nasceu assim. Apesar de ter tido uma tia que lhe explicou sobre a doença, Luana teve dificuldades para compreendê-la. “No começo eu ficava muito triste. Hoje fico menos, mas mesmo assim não gosto muito por que todo mundo pode ir à praia e eu não. Tenho sempre que ficar mais em casa.”
Luana não pode ficar ao sol e precisa usar protetor solar todos os dias. Para freqüentar a piscina, ela não pode ser exposta à luz durante muito tempo, por que sua pele começa a ficar vermelha rapidamente, além da dificuldade visual, pois o reflexo do sol a impede de enxergar direito.
Quando completou quatro anos, Luana entrou para a escola do Instituto Benjamin Constant e começou a freqüentar palestras para entender mais sobre o assunto. Segundo ela, a escola oferecia um trabalho de conscientização da doença. “Toda semana a gente conversava com os professores, que explicavam como seria cada fase de nossa vida e as possíveis dificuldades que enfrentaríamos.”
No entanto, Luana já sabia bem o que era enfrentar dificuldades. Logo que nasceu, seu pai faleceu e a menina foi rejeitada pela mãe, que a deu para uma vizinha criar. Porém, ao observar que Luana não estava sendo bem tratada, a avó decidiu tomar conta de sua neta como se fosse sua filha. A partir de então, as duas começaram a viver juntas e a passar por situações constrangedoras devido à falta de informação das pessoas em relação ao albinismo.
Luana afirma já ter sofrido preconceitos por causa da doença. “Um dia eu estava no banco com minha avó e uma mulher perguntou o que eu era. Eu respondi dizendo que eu era uma menina. E a mulher falou que eu parecia uma extraterrestre. Fiquei muito triste e comecei a chorar. Saí correndo, mas devido ao reflexo do sol em meu olho, não vi o vidro da porta e bati com toda a força. Chorei mais ainda. A partir daí, comecei a ter preconceito comigo mesma.”
Apesar de todas as dificuldades, Luana tem noção de que o albinismo é um problema que pode ser resolvido com carinho e com o cuidado dos pais. Para ela, desde o momento em que a mãe cuida da criança e a faz entender o que ela tem, não há mais problemas. “Eu ainda não sei o que quero ser quando ficar mais velha. Só sei que independente do que a gente vai ser,
temos que levantar a cabeça e sermos nós mesmos. Não é por que somos albinos que vamos ficar tristes ou chorar. Temos que mostrar para o mundo que nós também somos gente.”

(Encontrado em http://puc-riodigital.com.puc-rio.br/media/5%20-%20its%20black,%20its%20white,%20its%20michael.pdf)


quinta-feira, 23 de julho de 2009

SINESTESIA

Seres humanos podem aprender a "ver" pelo som, afirma estudo
Terra22/07/2009
Inspirada por deficiente visual, equipe de cientistas espanhois encontrou provas que sugerem que a maioria dos seres humanos poderia aprender a utilizar recursos de localização por eco


Com apenas um estalido da língua, qualquer pessoa poderia aprender a ver usando sua audição, de acordo com um novo estudo sobre as possibilidades de uso humano de processos de localização por eco. Diversos animais, a exemplo de morcegos, golfinhos, baleias e musaranhos, são usuários conhecidas de técnicas de localização por eco - ou seja, emitem ondas sonoras que esbarram em objetos e retornam a eles, permitindo que sintam os objetos posicionados ao seu redor.
Inspirada pelo exemplo de um homem cego que também consegue se orientar no movimento por meio de ondas sonoras, uma equipe de cientistas espanhois encontrou provas que sugerem que a maioria dos seres humanos poderia aprender a utilizar recursos de localização por eco. A equipe de pesquisadores confirmou, além disso, que o chamado clique de palato - um estalido ruidoso produzido quando a ponta da língua é rebaixada para encontrar o piso da boca - representa o mais efetivo ruído que uma pessoa poderia empregar para essa finalidade.
Treinamento para uso de som

Daniel Kish, diretor executivo da World Access for the Blind acesso mundial para os cegos, uma organização sediada em Huntington Beach, Califórnia, que trabalha para melhorar a situação dos deficientes visuais, nasceu cego. Mas ele desenvolveu sozinho, começando quando ainda pequeno, um método que permite que "veja" utilizando cliques de palato.
Com o uso de seu método, Kish consegue realizar caminhadas na natureza, praticar mountain biking e jogar diversos esportes que utilizam bolas, e tudo isso sem recorrer aos mecanismos tradicionais de assistência aos cegos.
Para compreender melhor a capacidade que Kish desenvolveu, Juan Antonio Martinez e seus colegas da Universidade de Alcalá, em Madri, decidiram utilizar o método desenvolvido pelo americano para treinar 10 universitários sem problemas visuais, ensinando-os a se orientar com o uso da localização por eco.
"Foi muito difícil persuadir algumas das pessoas que convidamos a tomar parte da experiência proposta, porque a maioria dos (nossos) colegas acreditava que a ideia que estávamos testando era absurda", afirmou Martinez.
Os universitários foram instruídos a fechar os olhos e a produzir sons, até que aprendessem a distinguir se existiam objetos em torno deles. Depois de apenas alguns dias de treinamento, todos os participantes haviam conseguido desenvolver pelo menos um domínio básico das técnicas de localização por eco, reportaram os cientistas em estudo publicado na edição de março/abril da revista Acta Acustica.
A equipe de pesquisadores em seguida gravou os universitários enquanto eles produziam três sons diferentes: um ruído de "tch", gerado pela língua; um ruído de "tch" gerado pelos lábios; e o clique de palato. Depois de estudar a forma das ondas sonoras geradas por cada um desses ruídos, Martinez e seus colegas constataram que o clique de palato é o som que oferece o retorno mais detalhado quanto ao panorama que cerca o seu emissor.
Parcialidade que privilegia a visão

Nos animais que utilizam regularmente as técnicas de localização por eco, essa capacidade é muitas vezes um recurso essencial à sobrevivência, e eles dispõem de órgãos especialmente adaptados para executar essa tarefa, afirma Martinez. No caso dos golfinhos, por exemplo, eles dispõem de estruturas especiais que fazem parte de seus narizes e têm a capacidade de emitir cerca de 200 cliques por segundo. Os seres humanos são capazes de produzir um máximo de três ou quatro cliques por segundo.
"É um método que parece consideravelmente difícil, e talvez ainda mais difícil para as pessoas que disponham de capacidade visual, porque os seres humanos são animais visuais e assim não tendem a utilizar de forma alguma a capacidade de localização por som, o que faz com que seja preciso além de tudo superar essa parcialidade que privilegia a visão ante os demais sentidos", disse Peter Scheifele, estudioso de acústica biológica na Universidade do Connecticut, que não esteve envolvido no estudo espanhol.
Uma pessoa comum é capaz de desenvolver capacidades razoáveis de localização por eco em prazo de cerca de um mês, caso se disponha a treinar uma ou duas horas por dia. Já as pessoas que sofram de deficiências visuais têm a possibilidade de aprender a técnica ainda mais rápido, de acordo com Martinez.
Além de facilitar o deslocamento dos deficientes visuais, a localização por eco também poderia ajudar equipes de resgate a localizar pessoas em situações de neblina intensa ou bombeiros a localizar com mais rapidez os pontos de saída, em edifícios tomados pela fumaça de um incêndio. Os pesquisadores apontam que os dispositivos artificiais que podem ser utilizados para localização por eco, por exemplo, uma pulseira equipada com um apito periódico, ainda não são capazes de oferecer desempenho superior ao de um simples estalido com a língua.
"Aparelhos como esses oferecem um desempenho pior em termos de localização por eco, no momento", afirmou Martinez, "porque eles não reproduzem totalmente a percepção háptica (táctil) dos ecos".

(Encontrado em http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi&parametro=26037)

TRABALHO ESCOLAR

Dias atrás descobri o texto dum trabalho de grupo elaborado por 2 alunas de ensino médio da cidade de Blumenau. Dentre tantos preconceitos abordados, existe um parágrafo sobre albinismo. Parabens às 2 Bárbaras, que abordaram homofobia e até prconceito contra gatos no texto. Parabéns também à professora de geogrfia, de cujo blog extraí o texto, por ter pedido aos alunos que fizessem trabalho sobre diversidade, preconceito etc.
Apenas gostaria de fazer uma observação às meninas: infelizmente, a maioria dos albinos não pode escolher viver em climas mais amenos. Isto porque a maioria de nós nao usufrui de boas condições econômicas, então, a coisa nestá longe de ser uma questão de escolha pessoal.
Outra coisa que me chamou a atenção no texto foi a menção à cidade de Nova York como local onde as diferenças são respeitadas e existe infinda diversidade de formas de seres e de viveres. Creio que a cidade tenha sido um dos poucos lugares onde não me senti encarado o tempo todo.


Blumenau, 09 de julho de 2009.
Alunas: Bárbara Coelho de Mendonça e Bárbara Bortolin. 2ª3
Preconceito sinônimo de descriminação
A palavra preconceito vem de formar uma opinião ou conceito, antecipadamente sem nem o mínimo ou geralmente nenhum conhecimento do fato, objeto ou ser. E quando falamos em preconceitos ligamos na maioria das vezes ao racismo com os negros, talvez influenciados pela história da humanidade. Mas o preconceito não acontece só com negros. Vimos que com o desenvolvimento das culturas, do mundo e da sociedade em geral estão se desenvolvendo na sociedade novos preconceitos. E até mesmo preconceitos que já existiam há muitos anos estão cada vez mais visíveis no dia-a dia das pessoas.
Como os ruivos que são oprimidos pela cor de fogo dos pelos do corpo como os cabelos e as sobrancelhas. Alguns sites na internet estão fazendo apelos para encontrar pessoas ruivas, porque os ruivos estão cada vez mais extintos no mundo. Também se descrimina japoneses, chineses, índios, nordestinos, loiras dentre outros.
Vemos um grande preconceito também com o albinismo. Albinismo são as pessoas que o organismo não produz melanina (substancia que dá cor a pele). Que é totalmente o contrário dos negros que o organismo produz muita melanina. O albinismo não é uma doença, como a maioria das pessoas pensa, e também não é contagioso. O albinismo só é passado geneticamente. Os albinos também não possuem olhos vermelhos, apenas o que acontece é que pela ausência de pigmentação dependendo da iluminação os vasos sanguíneos dos olhos podem ser vistos. O albino também tem uma grande tendência a ter câncer de pele. Por isso geralmente optam por morar em lugares mais úmidos e frios que não seja tão calor e não sejam atingidos tão fortemente pelos raios solares.
Outro preconceito percebido facilmente é o contra pessoas com deficiência e pessoas com modificações corporais. as pessoas com deficiência nascem assim e geralmente são tratadas com inferioridade, como se não fossem capazes de levar uma vida normal. Seja pela ausência de um membro ou por não estar dentro dos padrões de beleza da sociedade que vivemos... Como pessoas obesas, por exemplo.
As pessoas com modificações corporais como, por exemplo; silicones, pircings, alargadores, tatuagens, extensions, bifurcações entre outros. São umas das pessoas que mais sofrem preconceito no Brasil, vemos isso claramente na hora de conseguir um emprego, ou até mesmo ao caminhar nas ruas.
E um outro assunto muito discutido quando se fala de preconceito é o dos homesexuais, bissexuais, transformers, transex, travestis, metrosexuais... Enfim os gays são muito descriminados no Brasil também, e não só no Brasil mais também em muitas partes do mundo. Em Santa Catarina possuem até mesmo grupo que matam, espancam e até agridem verbalmente essas pessoas.
Falando de grupos também se tem os preconceitos com muitos grupos da nossa sociedade como os emos, punks, malacos, patrícias, pagodeiros, hipes e etc.Mas podemos afirmar que esses grupos são apenas manifestações do que esta ou já esteve acontecendo na sociedade em que vivemos.E como não sé seres-humanos é descriminados, animais também são descriminados como animais albinos, ou que também não possuem padrões de beleza aceitos pelas pessoas. O animal que mais sofreu e sofre preconceito até hoje é o sphynx. Gato caracterizado por não conter pelos e pouca melanina.
Com tanto preconceito presente na sociedade acreditamos que logo o fato de ser diferente será motivo de preeminência. Como já esta acontecendo em alguns lugares como nova York, que se destaca muito no globo por ser um local com muita diversidade; racial, animal, sexual, dentre outros. Esperamos um dia que os brasileiros e o resto do mundo também consigam vencer o preconceito que é muito grande e facilmente percebido.
Postado por ROSANI GEOGRAFIA às
17:25
(Encontrado em http://rosanigeografia.blogspot.com/2009/07/blumenau-09-de-julho-de-2009.html)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

REBEQUISMO MENTAL

Nas últimas semanas os leitores do blog tem assistido a uma penetração crescente na mídia da questão do albinismo. Não vou negar que fico deveras lisonjeado de ser um dos agentes a chamar atenção pra essa questão. Tenho certeza de que vem mais coisa pela frente, fiquem ligados aqui, sempre.

Até porque o caminho pra visibilidade e representação positiva de nós albinos mal começou. Começou bem, mas mal começou. ainda tem muita subida pela frente. Muita pedra no caminho, como diria a gracinha do Drummond. O preconceito ainda está todo a ser deslindado. Ontem mesmo aprendi sobre um novo filme de terror que tem “albino” no título (falarei dele noutra ocasião).

Ainda existem aquelas associações do termo albinismo com coisas negativas, doentias, como o tal do “albinismo mental”. Lembram-se de que publiquei aqui há algumas semanas um texto dum blog que usava essa expressão? Pois é, há poucos dias, achei outro. Vejam só o texto escrito pela blogueira Rebeca Pinheiro:

Albinismo Mental.
Se uma pancada na cabeça tivesse o mesmo resultado como nas novelas e me desse a chance de perder uma memória ruim, umazinha que seja, eu não teria como escolher. Tenho uma sorte enorme de ter memória fraca para coisas, principalmente as ruins, o tempo se passa e tudo de ruim que aconteceu é apagado da minha memória e fica tudo pra trás. Bem, acho que não é tão bom assim, na verdade, é horrivel, assim só aumenta a chance de tudo se repetir. Piores memórias que tenho são as que eu fiz pessoas que amo chorarem. Até apagaria todo esse sofrimento, mas só se isso fosse apagado da memória das pessoas que eu amo também. Algumas memórias ficaram pra trás, mas nunca tão longe, continuam me acompanhando.
http://youlove-youlearn.blogspot.com/2009/07/albinismo-mental.html

Ou seja, de novo a ligação de falta de memória, de deficiência cognitiva com o albinismo. Engraçado é que eu, albino, não apelido de “rebequismo mental” meus momentos de escrever textos tolos e infantilóides. Mas, acho que deveria começar a fazê-lo, sabiam? Quem sabe dessa maneira os usuários dessas expressões preconceituosas não cairiam em si e escolheriam termos que não atingissem ninguém.

Em tempo, escrevi pra blogueira argumentando que achava o título do post deselegante. Mantive o tom educado e civilizado que vocês bem conhecem. Não obtive resposta. Vai ver que o rebequismo mental da autora não a deixa ler emails...

DECÁLOGO

Roberto Rillo Bíscaro

Krzysztof Kieślowski foi um diretor polonês realizador de diversos filmes muito queridos pra mim como A Fraternidade é Vermelha. Com mais de 20 anos de atraso assisti à série Dekalog, produzida pra tv polonesa em 1988. Lembro-me quando a TV Cultura (a emissora educativa aqui do estado de SP) a exibiu, mas, por algum motivo que não me recordo, não pude ou não quis assistir.

O diretor fez 10 filmes de uma hora de duração, abordando os 10 Mandamentos. Com exceção do último, que é uma espécie de comédia de humor-negro (meio como A Liberdade é Branca, meu menos favorito na trilogia das cores), os demais são bastante melancólicos, com trilha sonora do fiel colaborador Zbigniew Preisner. Cada episódio apresenta um dos mandamentos tratado como fábulas de ambiguidade moral, ambientadas na Polônia da década de 80. A ambientação é um conjunto residencial daqueles compostos por prédios bem impessoais.

O primeiro filme é Amarás a Deus Sobre Todas as Coisas, que trata de um professor universitário ultrarracional que ensina o filhinho a ser como ele. Na Polônia prestes a se tornar capitalista, vemos o guri Pavel calcular tudo por computador, incentivado pelo pai. Um dia, quando o filho quer patinar no lago congelado (a ambientação no inverno aumenta muito a melancolia da película) pai e filho calculam no computador se o gelo pode suportar o peso duma pessoa. Depois de comprovar que o gelo aguentaria o peso de uma pessoa muitas vezes mais gorda do que o menino, este recebe a permissão pra ir patinar. Obviamente, em se tratando do primeiro mandamento, o amor do homem pela razão pura é desafiado pela tragédia que acontece com o pequeno Pavel, que morre afogado. Num diretor inteligente como Kieslowski, a história não descamba pruma daquelas simples visões infantilizadas de Deus, que supostamente puniria alguém com a vida dum inocente. A julgar pela atitude do pai ao fim do filme e duma imagem que começa a “chorar” pode ser que a tragédia tenha deixado o pai inda mais descrente.

O segundo episódio - Não Tomarás o Santo Nome de Deus em Vão – problematiza com maestria a questão da mentira. Dorota está grávida e seu marido encontra-se gravemente doente, correndo risco de morte. Acontece que a esposa está grávida de outro homem e tem uma dura decisão a tomar: se o marido tiver chance de sobreviver ela abortará, caso contrário, não. O amante lhe diz que se abortar e o marido perecer, isso lhes quitará a chance de ficarem juntos. Dorota está encurralada e procura o médico do marido para saber se há chance de sobrevivência. Depois de muito relutar, o doutor diz a Dorota que não aborte: o marido morrerá. Mas, ele está jurando em falso... Esse falso juramento é pecado ou não?

Em Guardarás Domingos e Festas Sagradas, temos a história de Ewa que telefona para seu ex-amante na noite de Natal para que a ajude a encontrar o marido desaparecido. Os 2 passam a noite andando por Varsóvia, à procura de Ragus e também à procura do tempo perdido. Ao final, a triste revelação de Ewa: tudo não passara duma grande mentira – seu marido a abandonara e ela vivia só. Por isso, ligou para o ex –amante: inventar a história do desaparecimento era a única forma pra ter companhia na noite de Natal. Uma Varsóvia esparsamente povoada, com ruas desertas de carros empresta ar de maior desolação ainda à peregrinação desses 2 Ulisses polacos. Pros que adoram “referências” e “citações”, o pai do menininho morto no primeiro filme aparece por alguns segundos neste terceiro mandamento. Eu não fico atrás dessas coisas, mas dessa vez peguei a referência!

Honrarás ao Pai e à Mãe é brilhante jogo de dubiedade e complexo de Eletra mal resolvido. A estudante de artes cênicas Anna descobre uma carta escrita pela falecida mãe dizendo que seu pai não é seu pai. O desejo erótico entre “pai” e filha é latente e, agora que ela não é mais sua filha de verdade, pode acontecer algo entre eles? Mas, Anna estuda pra ser atriz, em última instância, estuda pra ter carta branca pra mentir. Ao final do episódio, quando achamos que parte da situação se resolve Kieslowsky joga mais um gravetinho na fogueira. Simplesmente genial, simplesmente genial!

O quinto episódio, Não Matarás, acabou transformando-se em longa metrgem posteriormente. Lembro-me de que quando vi o longa, impressionou-me a crueza das mortes, não no sentido hollywoodiano, mas sim em termos de “realismo”, de agonia. O tristíssimo episódio anti-pena de morte do Decálogo também me impressionou pelo mesmo motivo. Um jovem de cabelo meio punkoso (preconceito do diretor?) assassina, aparentemente sem motivação, um motorista de táxi e é condenado à morte. A construção das personagens é brilhante, uma vez que o motorista não é um ser humano totalmente gostável e o assassino, ao final, prova não ser (tão) monstruoso. Pergunto-me se Tim Robbins não foi influenciado pelo diretor polonês em seu Dead Man Walking. Se foi, o Kieslowsky ganha, e de longe. Curioso que neste episódio, o diretor dá um tratamento especial às imagens através de filtros que ora tornam-nas mais envelhecidas, ora conferem pervasiva tonalidade amarelo-esverdeada à película, que contrasta com alguns vermelhos estrategicamente colocados. Normalmente, eu talvez nem tivesse me dado conta disso tudo porque não me ligo muito a imagens, fotografia, artes visuais. Entretanto, durante a tarde, um inteligente jovem daqui havia me dado uma miniaula do uso das cores verde e vermelho no filminho da Amelie Poulin (argh!).

O sexto mandamento/episódio é Não Cometerás Adultério. Este episódio também virou filme pra cine posteriormente e no Brasil recebeu o título Não Amarás. O jovem Tomék, de 19 anos, nutre amor platônico meio doentio por uma mulher mais velha. Ele forja avisos do correio pra que a moça vá à agência onde trabalha, arruma emprego de entregador de leite só pra entrar no prédio onde a mulher vive, observa-a diariamente através duma luneta e mais. Quando o jovem finalmente se declara, ela o rejeita e espezinha. Após tentativa de suicídio o jovem passa dias no hospital e a mulher começa a sentir sua falta, afinal, Tomek era o único que realmente a amava. O final é poderosíssimo. Não vou contar, mas é apenas uma frase dita por Tomék e a face da atriz reagindo a ela; um final quieto como de resto todo o filme. Um filme que trata sobre esperanças, sonhos e amores desfeitos e no qual a questão do adultério é muito mais emocional do que realmente carnal. De certa forma, a mulher do apartamento frontal a Tomék comete adultério porque trai a única pessoa que realmente a amou na vida. Fino, fino, fino. Assim como Machado de Assis é superior a seus pares brasileiros e portugueses por tratar da suspeita do adultério e não do adultério em si, Kieslowsky nos brindou com essa sútil e ambígua história de “adultério”.

Não Roubarás novamente nos brinda com um dilema moral muito bem construído e situação bastante ambígua e complicada, cheia de nuances. Ania, garota de 6 anos, é criada achando que Majka é sua irmã mais velha. Na realidade, é sua mãe, ao passo que a mulher que Ania chamava de mãe é sua avó. Majka rapta Ania, leva-a para a casa do pai, ameaça fugir pro Canadá, mas ao final, é encontrada por Wanda, sua mãe/avó de Ania. O filme nos lança diversas questões: pode-se roubar o que é seu de direito? Quem, afinal, é a mãe: a que pare ou a que cuida? Majka tem sua motivação pra fazer o que faz, Wanda também tem, enfim, o espectador se depara com questões para as quais o filme não oferece respostas prontas ou redentoras. Além disso, há uma série de pequenos outros “roubos” no episódio: Majka teve a juventude roubada, o pai dela parece ter tido sua masculinidade confiscada e, ao final, a pequena Ania é quem paga o pato pela infantilidade dos adultos, sendo também roubada emocionalmente. O episódio termina com uma expressão facial de dor na atriz-mirim que é difícil esquecer. Ave Kieslowsky!

Não Levantarás Falso Testemunho até agora foi o episódio que me pareceu mais fraco, o que significa que é bom e não ótimo como os demais. Uma judia volta à Polônia pra confrontar a mulher que havia se recusado a protegê-la quando criança durante a guerra. A menina judia poderia ser batizada como católica por um casal, mas a mulher se recusa a fazê-lo alegando que não pode jurar falsamente em questão sagrada. A questão instigante – levantar falso testemunho pra salvar a vida duma criança seria realmente pecado? – é respondida no episódio sem deixar muito espaço à ambiguidade e contradições existentes nos demais, e que levam o espectador a ter de pensar sobre o fato. Outra coisa que me pareceu algo preguiçoso nesse roteiro foi colocarem a senhora recusante como professora justamente de Ética e a revelação da identidade da judia exatamente durante uma das aulas. Estratagema bem pouco criativo e “fácil” demais. Entretanto, algo que não comentei até agora pode ser dito neste episódio do qual não gostei tanto. Kieslowsky sempre representa cenicamente o conflito do qual trata tematicamente. Neste episódio, por exemplo, a judia volta a Varsóvia querendo endireitar, consertar seu passado. No apartamento da velha senhora que a recusara existe um quadro que insiste em não ficar reto na parede, um abajur que não cessa de piscar. Enfim, elementos que também precisam de conserto e correção. De todo modo, um Kieslowsky menos inspirado é ainda um Kieslowsky muito mais inteligente e bem feito do que 90% do que vejo por aí.

Não Desejarás a Mulher do Próximo traz a angústia do médico que se descobre permanentemente impotente e sugere à esposa que arrume um amante para satisfazer suas necessidades carnais. Quando evidências sugerem que a esposa realmente arrumou alguém pra preenchê-la (oops!), ciume, dor e pensamentos suicidas afloram na cabeça do médico. O episódio é repleto de cenas e sugestões que remetem ao ato sexual, como quando o Dr. Roman se oferece pra ajudar um homem a colocar a mangueira de gasolina no tanque do carro. A impotência sexual de Roman está presente em outras camadas de interpretação do episódio: Hanka, a esposa, não sabe porque arrumou um amante, o qual, por sua vez , não tem voz ativa no caso entre os dois. O final do episódio me pareceu excelente com a ideia de se prestar atenção às coisas boas que se têm e não às coisas que não se tem.

O décimo episódio, Não Desejarás os Bens do Próximo, encerra o decálogo em tom mais leve e embalado ao som de música punk (cuja letra fala em desrespeitar os Mandamentos), contrariamente aos melancólicos temas instrumentais e algo operísticos dos demais filmes. 2 irmãos herdam a valiosa coleção de selos do pai e tentam a todo custo – inclusive através da venda de um rim – conseguir um selo que faltava pra completar uma série e deixar a coleção inda mais valiosa. A ambição dos irmãos é punida e chega até a instituir a desconfiança entre os 2, a qual, entretanto, volta no fim do filme, que sugere o recomeço de um ciclo. O relativo bom humor e agilidade do episódio acabam escamoteando a ideológica lição de moral final: “quem tudo quer, tudo perde”. Quando o Bill Gates perderá então? Tô esperando pra ver! Definitivamente, prefiro o Kieslowsky mais macambúzio.

Exceto por um par de episódios, o Decálogo é uma lição de inteligência na TV. Certa e fartamente usado como referência e fonte de inspiração pra muito diretor norte-americano por aí, que, por terem mais popularidade e acessibilidade, acabaram ganhando a tão valorizada pecha da “originalidade”.

Demorei 20 anos pra finalmente assistir à série kieslowskyana, mas sabem duma coisa? Se tivesse visto isso no início dos meus 20 aninhos, muito, mas muito mesmo, teria me passado batido. Foi bom assistir aos 42. Daqui a 20 anos espero poder rever. Aguardem, daqui a 2 décadas escreverei novas impressões.


Existem vários vídeos com trechos da excelente trilha sonora; escolhi um do episódio Não Cometerás Adultério.

terça-feira, 21 de julho de 2009

GBF - GUIA BAIRRO FÁCIL

Muito obrigado à Roberta Lasnaux do site Guia Bairro Fácil, de minha cidade natal, São Paulo.
http://www.guiabairrofacil.com.br/

Eis a descrição do site, extraída dele mesmo:
Guia Bairro Fácil (GBF) nasceu para atender as necessidades dos usuários da internet na busca de informação sobre o seu bairro em um site completo e atualizado, e dos estabelecimentos comerciais em divulgar os seus Produtos e Serviços por menos e ser visto por mais. Aqui você vai encontrar o mapeamento comercial, notícias, trajetória, dados de mercado e todas as promoções e eventos do seu bairro.

Roberta gentilmente inseriu o press release sobre o blog e o canal no You Tube no Guia Bairro Fácil.
http://www.guiabairrofacil.com.br/noticias.php

ACIDENTE FATAL


Roberto Rillo Bíscaro

Esperava bastante coisa duma comédia espanhola de humor negro lançada ano passado, chamada Que Parezca un Accidente. Trata-se da história duma sogra acometida por enxaquecas toda vez que vê o genro e interpreta isso como sinal de que o moço tem uma amante. O mesmo ocorrera com o marido da senhora e ela acredita que o fenômeno esteja se repetindo com relação à sua filha. A fim de resolver o problema contrata um matador de alguuel pra apagar o genro. Gosto de humor-negro e o tema prometia.
Esperava ainda mais porque o elenco é encabeçado pela espanhola Carmem Maura e pelo argentino - acho que naturalizado espanhol agora - Federico Luppi. Perdi as contas dos filmes que vi estrelados por Luppi. Tenho mais de uma dezena, inclusve. Dentre eles, um road movie/thriller chamado Lisboa (1999), onde Luppi e Maura atuam juntos.
Sendo assim, tinha tudo pra me conquistar, mas... Mas, Que Parezca un Accidente é indubitavelmente um dos piores filmes que vi este ano! Os diálogos são de um sem-gracismo inacreditável, o roteirista simplesmente não sabia o que contar e então a trama se perde em um monte de bobagens absolutamente sem graça. Tão ruím é o roteiro que coloca Luppi e Maura juntos em cena apenas um par de vezes. Mas era precisamente da química entre os dois que o filme teria tudo pra decolar!
As situações clichês, parte do elenco medíocre, enfim, o filme não parece um desastre, È um!!!
El Luppi e La Maura devem estar juntando trocados pra uma velhice mais abundante, só iso explica terem escolhido se envolver num projeto tão insosso, insípido e inodoro. O final é uma das coisas mais absolutamente bobas que já vi; tava na cara que o roteirista nao tinha ideia alguma do que estava fazendo, de que criatividade ali era artigo raro, muito raro mesmo. E as personagens? As personagens do Chavez e do Chapolim sao muito mais bem explicadas e construídas do que essas, cruzes!
Enfim, de 0 a 10, dou 0,5 e isso apenas porque o Luppi dá uma tremenda bolacha bem no meio da fuça da Carmem Maura. Acreditem, aquela personagem realmente merecia a porrada!

PRÉ-NATAL


Albinismo en los bebés, es necesario detectarlo en los servicios de neonatología
VelSid 27 de mayo de 2007

Uno de los defectos congénitos que se necesitan detectar cuanto antes mejor, es el albinismo, una anomalía genética que se caracteriza por la deficiente producción de melanina, dando como resultado una falta de pigmentación en la piel, ojos, etc. La melanina es muy importante y es la que proporciona color y protección a nuestra piel, a nuestros ojos o a nuestro cabello.
Con el pronto diagnóstico de este defecto genético en los bebés, se pueden paliar los futuros defectos visuales que se encuentran asociados a este defecto, aunque el albinismo no es degenerativo y no hay que temer un aumento de problemas, sí es necesario que se trate a tiempo, especialmente por los problemas de visión. Los expertos indican que es necesario que sean los servicios de neonatología los que detecten el albinismo y para ello deben formarse adecuadamente. De este modo se evitará que posteriormente los padres deambulen de médico en médico hasta que finalmente se detecte que el niño sufre albinismo.
Un niño albino presenta hasta un 10% menos de agudeza visual, necesitan más luz para poder visualizar adecuadamente y la única solución es proporcionarles las lentes adecuadas. No sólo falla la agudeza visual, también existen otras alteraciones como el
nistagmo, una enfermedad que se caracteriza por un movimiento continuado y agitado de los ojos involuntariamente.
El defecto genético no tiene mucha presencia en la población española, los expertos indican que afecta a una de cada 15.000 personas. El albinismo es el resultado de la herencia genética que aportamos a nuestros hijos, los pequeños heredan de los padres copias defectuosas de un mismo gen, esto propicia que el gen en cuestión disminuya a nivel funcional o quede totalmente inutilizado, el resultado es el que hemos mencionado antes, deficiente o nula producción de melanina.

(Encontrado em http://www.bebesymas.com/salud-infantil/albinismo-en-los-bebes-es-necesario-detectarlo-en-los-servicios-de-neonatologia)


segunda-feira, 20 de julho de 2009

"ONDE CANTA O SABIÁ"... SEMI-ALBINO


Dalgas fotografa sábiá-laranjeira semi-albino
Estranho no ninho é fotografado pela primeira vez no Brasil pelo famoso ornitólogo John Dalgas Frisch. Por ser diferente dos demais exemplares da espécie, quase não procria. Para Dalgas, o nascimento de um sabiá-laranjeira semi-albino é um presente de Natal para São Paulo.


Um sábiá-laranjeira semi-albino foi fotografado, há cerca de três semanas, no Parque Alfredo Volpi (próximo ao Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo), pelas lentes do ornitólogo John Dalgas Frisch, considerado um dos maiores especialistas em aves do mundo. Dalgas explica que pode acontecer de nascer sabiás albinos na natureza, mas semi-albinos é algo extremamente raro. "É uma ave muito rara de se ver. Devido ao albinismo, ela costuma sair no começo da manhã e no final da tarde para se alimentar. Assim a luz do sol não agride seus olhos, extremamente sensíveis à luz."
Para conseguir o feito, o ornitólogo teve que cervar o pássaro por alguns dias. "Eu colocava mamão próximo do local onde eu o havia visto. Assim, consegui fazer com que ele se acostumasse a ir comer no local e assim, posicionar a câmera para fotografá-lo." Além da fruta, Dalgas também colocava minhocas para o pássaro. "Minhoca é filé mignon de sabiá e eles não resistem."
Por uma semana, durante uma hora e meia, o ornitólogo registrou imagens do local onde o pássaro estava. "Devido às penas brancas ele fica muito visível e suscetível à predadores." Os olhos vermelhos, traço peculiar do albinismo, não faz parte do semi-albino. "Esse possui a íris marrom, o que lhe permite sair com a luz do sol. O pássaro, segundo o ornitólogo, está com três meses de vida, e a possibilidade de se reproduzir é muito pequena. "Os outros sabiás o consideram diferente e as fêmeas não permitem o acasalamento. A não ser que haja outro semi-albino na mesma região."
Presente de Natal - Para Dalgas, o nascimento de um sabiá-laranjeira semi-albino é um presente de Natal para São Paulo. "Uma raridade dessa não se vê sempre", conta sorrindo. Ele recorda que até o início da década de 40, cerca de 200 espécies de aves podiam ser vistas na Grande São Paulo. "Por causa da urbanização o número caiu para apenas 10." Mas ele, junto com de amigos radialistas, fez uma campanha nos rádios para que a população cultivasasse diversas árvores frutíferas nos quintais. Isso fez com que muitas espécies voltassem a habitar a capital paulista. "Hoje, São Paulo possui cerca de cem espécies de pássaros."
Longevidade - Um sabiá vive, geralmente, 15 anos. Mas isso vai depender muito dos predadores. Em uma das fotos, por exemplo, as lentes da câmera registrou a presença de um gato. "Ele deve ter percebido a presença maior de aves, já que quando coloquei mamão e minhoca, outros pássaros também vieram se alimentar."

Mas não só gatos oferecem riscos ao sabiá. "Devido ao seu belo canto, muita gente captura a ave e a coloca em gaiola. Por isso, tenho que ficar de olho para garantir que o sabiá semi-albino não corra riscos não só com predadores de quatro patas, mas também de duas", comenta o ornitólogo, feliz por mais uma descoberta, entre tantas que já fez pelo mundo afora.
TERESA ORRÚ
Esta notícia foi atualizada em 27/12/2008 às 19:38

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