sexta-feira, 30 de abril de 2010

APAMT EM AÇÃO

A Associação das Pessoas com Albinismo do Mato Grosso (APAMT), coordenada pela Madá, começa a gerar importantes e suculentos frutos.

Durante sessão da Câmara de Vereadores de Cuiabá, em 29/04, foi proposto Projeto de Lei para distribuição gratuita de protetor solar para pessoas com albinismopelo vereador Chico 2000, com o apoio do vereador Everton Pop. Assim que Madá publicar cópia do Projeto, a reproduzirei aqui.

As boas novas não param por aqui, porém.

Dia 5 de maio, a partir das 13.00h, a APAMT estará divulgando suas propostasno Programa Cidade 40 Graus, apresentado pelo vereador Everton Pop, na Band.
Será um importante momento para chamar as pessoas com albinismo em Mato Grosso a participarem da luta e conferirem visibilidade à causa.

Se você vive no estado e deseja integrar-se á lutam visite o link abaixo pra obter maiores informações.

http://www.causaalbinamt.com/2010/04/apamt-na-band.html

quinta-feira, 29 de abril de 2010

VISIBILIDADE ALBINA EM ASCENSÃO

Estamos dando importantes passos para reverter a situação de invisibilidade, que caracterizava o albinismo até bem pouco tempo. Os seguidores do blog têm podido constatar o aumento da presença albina na mídia e nas discussões acadêmicas e políticas.

Duas redes de TV sediadas na cidade de em São Paulo me contataram para indicar pessoas com albinismo dispostas a falar sobre o tema.

Indiquei Andreza Cavalli, jovem estudante albina do curso de Educação Física da Universidade de São Paulo (USP). Andreza tem uma comunidade no Orkut, que realiza importante trabalho de aproximação entre pessoas com albinismo.

Há cerca de 2 semanas, ela gravou entrevista para a RIT – Rede Internacional de Televisão e espera que lhe informem quando irá ao ar.

Semana que vem, Cavalli gravará o programa de Olga Bongiovanni, que vai ao ar a partir das 19:15, de segunda à sexta, na TV Aparecida.

Cabral, produtor do programa, em telefonema de agradecimento pela indicação de entrevistado, me avisou que, em princípio, o bate-papo será transmitido dia 13 de maio.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

DIREITO DE IR E VIR

Mobilidade é maior problema da pessoa com deficiência no Brasil
Bom Dia Brasil27/04/2010
Acessibilidade, uma palavra comprida, representa um direito de todo cidadão. Veja o que está sendo feito para melhorar a vida de pessoas com necessidades especiais. Ainda há muito por fazer
Edney Silvestre


Às 7h30, em Curitiba, muita gente está a caminho do trabalho. No meio delas, no ônibus, o analista de sistemas Claudinei de Oliveira - casado, pai de uma filha, cadeirante. Como ele, há 28 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, segundo estimativa do IBGE. Outro cálculo, o das Nações Unidas, fala em 19 milhões.
Gente como o técnico de informática João Carlos Rocha, no Rio de Janeiro. Quanto ele tenta pegar um ônibus, um não é adaptado, outro para longe do ponto. Há os que nem param. Em outro o elevador não funciona. Ele leva quase uma hora para conseguir embarcar.
A administradora de empresas Ana Claudia Monteiro vai ao trabalho de metrô: “A estação onde eu moro, a Siqueira Campos, em Copacabana, é totalmente acessível. Lá eu não preciso de ajuda. Mas no Catete, que é a estação onde eu desço, não tem elevador. Só escada rolante. Eu preciso de um auxiliar que me ajude na escada rolante até o nível intermediário e depois até a rua e quando você sai da escada rolante, ainda tem dois degraus”.
A maior parte das estações do metrô do Rio de Janeiro não tem elevador. Em São Paulo, pelas ruas, Regina passa dificuldades. Os sinais de trânsito não têm aviso sonoro para alertar o cego se abriu ou fechou. No Rio de Janeiro existe apenas um, em frente ao instituto dedicado à integração do cego ao mundo comum.
Nos bairros da capital paulista, não são apenas buracos e faltas de rampas que incomodam quem usa cadeira de rodas. O maior problema da pessoa com deficiência no Brasil é a mobilidade.
“Às vezes, em lugares que eu não conheço, que não tem muita gente, e como nós somos a minoria, não tem aquela adaptação da cidade para deficientes visuais, tipo sinal sonoro, orelhão que não tem proteção, que bate com a cabeça, especialmente eu que sou um pouquinho alto”, descreve o atleta para-olímpico Luis Pereira Da Silva Filho.
“Eu todo dia ando no centro da cidade. É uma loucura, é muita gente, as pessoas não notam, só notam quando a minha bengala, que é o instrumento que a gente usa pra andar na rua, que quando toca em alguém, que aí vê que é um deficiente visual que está passando e aí fala: cuidado, cuidado”, diz a atleta Ana Carolina.
Na capital do Paraná existem calçadas com trilhas para cegos, rampas, paradas altas, que permitem entrar direto (com a cadeira) no interior dos ônibus. A reforma do sistema de transportes de Curitiba teve orientação da superintendente do IBDD Tereza Costa D’Amaral, que também ajudou a elaborar a Lei do Deficiente em 1998: “Curitiba fez a reforma do transporte coletivo pensando na acessibilidade para o deficiente, então foi uma transformação completa, não se fez uma exceção”.
Mesmo na cidade considerada a mais bem adaptada às necessidades de portadores de deficiências, quem está numa cadeira de rodas, ou tem algum tipo de deficiência, enfrenta problemas diariamente. Nas paradas, escadas. “Seria necessário fazer uma rampa que você criaria uma certa independência para subir e descer sem depender de outras pessoas e também ajudaria outras pessoas, como idosos, gestantes, para poder utilizar a rampa”, sugere Claudinei de Oliveira.
A Lei do Deficiente exige: rampas, acesso, locais próprios em cinemas e teatros, banheiros, vagas em estacionamentos...
“De que adianta oferecer emprego para uma pessoa com deficiência, se não existe um meio acessível para ele chegar a esse emprego? De que adianta oferecer escola se ele não consegue chegar à sala de aula porque na escola só tem escada? De que adianta oferecer cultura, lazer, se todos esses locais, esses instrumentos não são acessíveis?”, questiona o analista de sistemas Sandro Soares.

Por que a lei não funciona?
“Eu acho que é preciso fiscalização, vontade. Por que não adianta você ter uma determinação que obriga os ônibus a ter acessibilidade e ninguém fiscalizar se ela funciona”, aponta a administradora de empresas Ana Claudia Monteiro.
André Melo de Souza quer mais do que surfar: “Uma cidade toda acessível para que as pessoas possam vir à praia, ir ao teatro, ir à escola, poder chegar ao hospital porque não adianta ter a saúde se não tem como chegar lá, não adianta ter a escola se o aluno não tem como chegar lá e isso envolve toda a questão da acessibilidade na cidade toda. Não é só o transporte, mas as vias e tudo. O que eu espero é uma cidade para todos”.
E um país que permita a meninos como o estudante Vinicius Rangel Valentin, de 10 anos, sonhar alto: "Eu quero chegar em 1016 e ser campeão”.
Veja o vídeo com a reportagem completa acessando
g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/04/mobilidade-e-maior-problema-da-pessoa-com-deficiencia-no-brasil.html.

(Encontrado em http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi&parametro=28692)

terça-feira, 27 de abril de 2010

QUEM QUER ADOTAR UM SÃO BERNARDO ALBINO?

Se algum leitor de Florianópolis quiser um canzarrão albino, eis a chance! Vejam o que achei num site agora há pouco:

A protetora Jane, de Floripa, pede para a gente acionar a rede Mascotes de adoção na esperança de conseguir um lar para o Buddy, o cachorrão que ilustra este post. A história dele é cheia de percalços, mas nós torcemos para um final feliz.
Buddy foi abandonado numa favela, onde foi sendo repassado. Acabou debaixo de um barraco, sem água, nem comida, no meio da lama. Ficou cheio de bicho berne e pegou bicheira numa das patas traseiras. Teve os dedos do pé amputados, mas caminha normalmente, só que precisa de uma casa com quintal com grama, por causa do pé. É um são bernardo albino, com cerca de dois anos de idade, castrado. Buddy é muito grande (pesa uns 55 quilos), tem que ficar num espaço sozinho, pois não se dá com cães machos. É manso e muito obediente, parece adestrado.
Contato:
janecaes@gmail.com

Encontrado em http://wp.clicrbs.com.br/mascotes/2010/04/27/o-gigante-buddy/?topo=67,2,18,,,67)



O FOGO DO MIGUEL NAUFEL

Outra deliciosa situação vivida pelo albino de Mococa (SP), Miguel Naufel.

O presente de aniversario:
Garçom, aqui nesta mesa de bar!


Vivíamos em mundos diferentes: eu trabalhando com som em festas e clubes. Chicão – meu melhor amigo - estava em Campinas, trabalhando com um primo no ramo de secos e molhados. Naquele tempo, não havia celulares. Só nos falávamos nos finais de semana.

Nas raras vezes em que nos encontrávamos, Chicão se mostrava diferente. Cabisbaixo, fisionomia triste, quieto... Não era mais o mesmo Chicão! Aquilo me incomodava muito.

Aquela sexta feira era sete de janeiro, meu aniversario! Encontramo-nos na porta do cine Mococa. Devido à baixa visão, tenho dificuldade em localizar pessoas na rua, mas Chicão sempre me achava. Ao lado do cinema havia uma choperia, o point da cidade.

Chicão disse:

– Migué, vamos tomar um chopp pra distrair, hoje é teu aniversario...

Acomodamo-nos na primeira mesa, bem na entrada do choperia, em frente a um orelhão que se localizava na calçada..

- Garçom, dois chopp!

Depois de alguns minutos:

- Garçom, Mais dois!

Chegaram alguns amigos.

- Garçom, mais chopp!.

Chicão pediu uma caipirinha de pinga pra esquentar.

Papo vai, papo vem e descobri que Chicão estava apaixonado por uma moça de Campinas. Segundo ele, uma garota de programa...

- Ela não quer namorar comigo, Migué!..

Depois de algumas horas, entre chopps, caipirinhas de pinga, risadas e muito barulho, o garçom, que era nosso amigo, recebeu ordens do dono do bar:

- Não atenda mais aquela mesa!

Chicão gritava:

- Garçom, garçom, garçom.

Nada. José Luiz, o garçom, nem olhava pra nós...

Chicão bateu de leve no meu ombro e me deu uma ficha telefônica. Apontando para o orelhão em frente ao bar, me disse:

- Telefona pro garçom e pede mais chope.

Respondi:

- Não sei o numero do telefone!

Chicão levantou a cabeça e leu no luminoso, fixado em um poste acima do orelhão. Ele me ditou o numero.

O telefone ficava no balcão do caixa. Levantei da cadeira, dei alguns passos, e, mesmo sem enxergar os muneros do teclado do telefone devido a minha baixa visão e aos vários chopes com caipirinha de pinga, disquei os números sem ler. Sabia de cor a posição deles...

De onde estava, ouvia o telefone tocar dentro do bar. Alguém atendeu:

–Alô!

- De onde falam?

- Da choperia.

- Gostaria de falar com o garçom José Luiz.

- Um momento..

Alguns segundos depois:

– Alô...

– É o garçom José Luiz?

– Sim.

– Olha pra rua! Tá me vendo aqui no orelhão?

José Luiz se virou para a rua e disse:

- Tô te vendo, Miguel.

- Então, traz chopp pra nós aqui na mesa, pomba!

Não preciso dizer que a noite terminou em gargalhadas e mais chopp, né??....

Chicão voltou a ser o mesmo. Foi meu presente de aniversario. Ter de volta o mesmo Chicão de sempre...

Miguel José Naufel
Miguel_naufel@hotmail.com

segunda-feira, 26 de abril de 2010

LOS HERMANOS

Lembram-se dos 3 irmãos albinos de Olinda, que fizeram tanto sucesso ano passado?
Eis um vídeo que os mostra em uma consulta oftalmológica.

domingo, 25 de abril de 2010

NÃO SE MISTURE COM ESSA GENTALHA!








Execrável a postura desse jornal da faculdade de Farmácia, da USP, que exorta a homofobia. Se os autores pensam que a facul é tão gloriosa assim, deveriam homenageá-la aprendendo a escrever (lançe???) e se conscientizando de que estão numa instituição PÚBLICA, sustentada também pelos impostos pagos por homossexuais. Gentalha assim é realmente parasita e tem que ser punida!


Jornal de alunos de farmácia da USP pede para jogar fezes em gays
Em troca, periódico dá convite para festa brega em SP. Defensoria acusa veículo de homofobia; autores não foram localizados.
Juliana Cardilli e Kleber Tomaz


Um jornal dos alunos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP causou repúdio no meio estudantil e acadêmico ao realizar uma promoção polêmica. "O Parasita" oferece um convite a uma "festa brega" aos estudantes do curso que, em troca, jogarem fezes em um gay.
A Defensoria Pública do Estado de São Paulo teve conhecimento do texto (leia-o na íntegra abaixo) e informou nesta sexta-feira (23) à noite que irá denunciar o periódico semestral por homofobia à Comissão Processante Especial da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo.
Além disso, a Coordenadoria de Políticas Públicas para a Diversidade Sexual afirmou que irá registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil contra o jornal por crime de injúria e incitação à violência.
O texto abaixo foi extraído de "O Parasita" de março e abril deste ano. O periódico de seis páginas exibe na sua página 2 um discurso contra dois gays que se beijaram numa festa da Faculdade de Medicina no ano passado.
"Lançe-merdas e Brega será na Faixa - Ultimamente nossa gloriosa faculdade vem sendo palco de cenas totalmente inadmissíveis. Ano passado, tivemos o famoso episódio em que 2 viadinhos trocaram beijos em uma festa no porão de med. Como se já não bastasse, um deles trajava uma camiseta da Atlética. Porra, manchar o nome de uma instituição da nossa faculdade em teritório dos medicus não pode ser tolerado. Na última festa dos bixos, os mesmos viadinhos citados acima, aprontaram uma pior ainda. Os seres se trancaram em uma cabine do banheiro, enquanto se ouviam dizeres do tipo "Aí, tira a mão daí." Se as coisas continuarem assim, nossa faculdade vai virar uma ECA. Para retornar a ordem na nossa querida Farmácia, O Parasita lança um desafio, jogue merda em um viado, que você receberá, totalmente grátis, um convite de luxo para a Festa Brega 2010. Contamos com a colaboração de todos. Joãozinho Zé-Ruela", escreve "O Parasita".


Outro lado
O autor do texto acima, "Joãozinho Zé-Ruela", aparece como editor de eventos. O G1 não conseguiu localizar os responsáveis pelo jornal para comentar o assunto. Nove nomes aparecem no expediente de "O Parasita". A reportagem também ligou para um dos colaboradores, deixou recado, mas até a publicação da matéria não havia recebido retorno.
Estudantes da faculdade ouvidos pelo G1 confirmaram que a publicação é feita por alunos da Farmácia. Entretanto, segundo eles, o jornal não é ligado a nenhuma entidade estudantil oficial. O texto chegou ao conhecimento de alunos de outras faculdades da USP nesta sexta pela internet. Muitos criticavam o conteúdo e a incitação homofóbica. Segundo um dos alunos de ciências farmacêuticas, "Muitas [pessoas reagem] com raiva, outras com descaso e algumas acham um jornal 'legal'."


Homofobia
De acordo com a defensora Maíra Diniz, coordenadora do núcleo de combate à discriminação, racismo e preconceito, "O Parasita" infringiu a Lei Estadual 10.948 que trata do combate à homofobia.
"É uma coisa horrível. Eu fui surpreendida de ver que estudantes de farmácia, que têm obrigação de esclarecer o público, pensam dessa maneira. Não é só uma mera opinião, isso configura homofobia", afirmou a defensora Maíra na tarde desta sexta. "Vamos apurar quem é o responsável pelo jornal, inclusive oficiando a faculdade. Vamos oferecer denúncia na comissão processante com base na lei estadual de homofobia."
O G1 também tentou entrar em contato com o centro acadêmico de Farmácia da USP, mas não localizou ninguém. Na noite desta sexta, por volta de 20h, em uma nota, o centro acadêmico se manifestou sobre o caso, afirmando que não apóiam "atitudes homofóbicas, machistas, racistas ou que expressem qualquer outro tipo de preconceito". O texto disse ainda que as diferenças são respeitadas, pois pensamentos distintos representam "crescimento pessoal" e "aperfeiçoamento da sociedade".
Segundo Maíra, os responsáveis pelo jornal serão julgados por uma comissão, que irá apurar se eles cometeram homofobia. "Homofobia não é crime, por isso é apurado por essa comissão. É um processo administrativo que pode render uma advertência ou uma multa mínima, no valor de R$ 15 mil, se os acusados forem considerados culpados", disse a defensora. O valor é destinado para fundos de políticas para diversidade sexual.


Caso de polícia
O advogado Dimitri Sales, coordenador para Políticas de Diversidade Sexual do Estado de São Paulo, afirmou nesta sexta que irá levar o caso até à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), onde pretende registrar queixa contra o jornal.
"A homofobia é a aversão e ódio às pessoas que têm orientação sexual diversa da heterossexual, mas no caso deste jornal, se enquadra também na injúria. É lamentável que alunos de uma instituição, como esta da USP, colocam isso. Essa postura desse jornal é repudiada de forma veemente. Tem de ser praticada uma pena dura. Eles desconsideram duas coisas. A primeira é que reafirmam a postura da discriminação contra o casal que se beijou na festa. A segunda é mandar estudantes agredir gays. Essas coisas agora vão virar crimes de injúria e incitação à violência", afirmou o coordenador Dimitri Sales.
Ainda, segundo Dimitri, se a citada "festa brega" realmente tiver uma data para ocorrer, a coordenadoria fará o possível para que ela seja cancelada. "Ainda não sei se essa festa é uma piada ou se realmente ocorrerá. Mas se ocorrer, vamos tomar alguma medida jurídica para impedir a realização dessa festa porque ela estaria se baseando num conceito homofóbico", disse.

Reprimir
O G1 procurou a Universidade de São Paulo para comentar o assunto. A assessoria da USP informou que somente a diretoria de farmácia poderia comentar o assunto.
Procurada, a faculdade informou: "A Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP) não tem conhecimento nem apóia essa publicação, inclusive desconhece os seus autores. A Faculdade tomará as medidas jurídicas cabíveis para reprimir este tipo de publicação", em nota enviada por e-mail por sua assessoria de imprensa.

(Encontrado em http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2010/04/jornal-de-alunos-de-farmacia-da-usp-pede-para-jogar-fezes-em-gays.html?utm_source=g1&utm_medium=email&utm_campaign=sharethis)

PRÓTESE QUE CRESCE

Médicos implantam prótese que ‘cresce’ em menina no Texas

Uma menina de 9 anos foi a primeira paciente de câncer no Texas, nos Estados Unidos, a se beneficiar de um procedimento médico que permite que a prótese de um osso “cresça” sem que sejam necessárias novas cirurgias.
Morgan LaRue foi diagnosticada com osteossarcoma (um tipo de câncer que afeta os ossos) em dezembro passado e, depois de passar por quimioterapia, foi operada para a retirada de um tumor em março no Texas Children’s Cancer Center, do Texas Children's Hospital, em Houston.
No lugar do osso, os médicos colocaram uma prótese de metal que pode ser estendida magneticamente, sem a necessidade de cirurgia. Isso vai evitar que a menina passe por cerca de 10 novas cirurgias para aumentar a prótese e manter a perna esquerda da mesma altura que a direita.
Apesar de a técnica desenvolvida por médicos britânicos ser amplamente utilizada na Europa, ela ainda não foi aprovada pelas autoridades de saúde americanas, e a família de Morgan teve que pedir uma autorização especial para adotar o procedimento. Até hoje, apenas 15 pacientes passaram pelo procedimento nos Estados Unidos.
Sem a autorização, o seguro médico da menina não pagaria os custos do tratamento, nem o valor da prótese. A prótese é feita especialmente para cada paciente.
Nesta semana, ela foi ao hospital pela primeira vez desde a operação para estender a perna magneticamente.
Ao colocar a perna em uma espécie de cilindro magnético, os médicos conseguiram estender a prótese sem ter que fazer qualquer intervenção cirúrgica.
“A diferença que esta prótese faz para a Morgan é incrível”, disse o cirurgião Rex Marco, que realizou a operação. “A qualidade de vida dela será muito mais alta do que se ela tivesse que realizar cirurgias constantemente.”
“Morgan já passou por muito tratamento para seu câncer”, disse sua oncologista Lisa Wang, “e isso vai impedir que ela passe por novas e desconfortáveis cirurgias”.
O osteossarcoma é o tumor maligno ósseo mais comum na infância. Normalmente ele afeta ossos dos membros e ocorre na segunda década da vida.
Entre 60% e 70% das crianças com osteossarcoma localizado (sem evidências de que tenha se espalhado) sobrevivem à doença, depois do tratamento.
“Morgan sempre manteve a atitude de ‘eu vou vencer isso’, mesmo quando passou por uma série de sessões de quimioterapia e outros procedimentos médicos”, disse a mãe dela, Ashley LaRue.
“Ela tem sido impressionante. Estamos muito felizes porque ela não vai precisar passar por outras cirurgias apenas para estender suas pernas.”

(Encontrado em http://www.bbc.co.uk/portuguese/lg/noticias/2010/04/100416_pernaprotese_ba.shtml)

ALBINISMO, UM OLHAR SOBRE A ÁFRICA E O BRASIL

O site do CASTRO disponibilizou pra download uma monografia que traça paralelo entre a condição das pessoas com albinismo no Brasil e na Tanzãnia.

Escrito por Carmem Daiane Basso, do curso de Serviço Social, o texto marca uma tendência que observo desde a criação do blog, a saber, um crescente interesse pelo tema do albinismo na área das Humanidades. Tenho recebido emails de estudantes desenvolvendo trabalhos nessa área, ainda pouco pesquisada em nosso país.

Fico contente em saber que o acervo do blog tem auxiliado esses pesquisadores. Prova disso é a menção ao Albino Incoerente neste texto da estudante paranaense.

Eis o resumo do artigo:

Resumo
Esse artigo tem como objetivo refletir sobre as condições de vida de pessoas portadoras de albinismo, fazendo um paralelo de como é visto na África, mais especificamente na Tanzânia por isso, foi necessário relatar brevemente a região da África onde existe um grande contingente populacional vivendo com esta patologia para posteriormente apontar as condições em que estão expostas esses seres humanos que foram acometidos de um distúrbio genético chamado albinismo, sejam eles africanos, brasileiros ou qualquer outra nacionalidade ou etnia e salientar que os negros tem uma maior predisposição genética para a doença embora ela aconteça em todas as etnias, até mesmo em animais e plantas. O objetivo principal é chamar a atenção para a omissão dos governantes com a falta de programas e políticas públicas voltadas a essa parcela da população. Salientar a falta de ações voltadas à educação e orientações a respeito da doença, visando amenizar os preconceitos e abrir os olhos para a necessidade de assegurar o direito do cidadão, garantido pela Lei Orgânica da Saúde nº 8.080 de 19 de setembro de 1990.
Palavras-chave: albinismo, África, Lei Orgânica da Saúde, OCA, APALBA, GTSPN, assistente social.

O endereço pra baixar o texto é
http://www.castrodigital.com.br/2010/04/albinismo-olhar-africa-brasil.html

sábado, 24 de abril de 2010

AOS ALBINOS MARANHENSES

Recebi email da Madá, pedindo que divulgasse um trabalho que pretende inciar com os albinos do Maranhão.
Madá é mestranda na área de educação e trabalha na Universidade Federal do Mato Grosso. Não-albina, apaixonou-se por nnossa causa e tem realizado importante projeto em seu estado, onde coordena a estruturação da APAMT, Associação das Pessoas com Albinismo do Mato Grosso.
Eis a mensagem:
Se você tem albinismo
ou conhece pessoas com esta condição residentes no estado do Maranhão,
especialmente na capital e municípios vizinhos,
entre em contato com o blog http://www.causaalbinamt.com/
pelo fone 65 8127 4383 ou pelo e mail
causaalbinamt@gmail.com
Estamos organizando uma reunião em São Luis, dia 26 de maio de 2010 e contamos com a presença e apoio de todos.
Vamos nos mobilizar e lutar pela inclusão das pessoas com albinismo
em todo o Brasil!


Espero que o CASTRO e demais albinos do Maranhão não percam esta oportunidade!
(Em homenagem ao Maranhão, a grande Marrom!)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

DJ ALBINO














Esta semana, descobri o trabalho dum DJ albino do Rio Grande do Sul. Ele se chama Edson e remixa sucessos internacionais.
No link abaixo, os leitores encontrarão mais informações sobre seu trabalho.
http://www.buscamp3.com.br/artists_profile_homebr.asp?id=26213
Infelizmente, quando tentei baixar os remixes, deu erro na página; espero que vocês tenham mais sorte!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

VALE A PENA VER DE NOVO

Acabei de receber ligação da Luciana, uma das produtoras do Programa do Jô. Ela me avisou que os melhores momentos da entrevista serão reprisados pelo canal GNT, neste domingo, às 21:00.

GORBINO


É bom abrir a caixa e encontrar mensagens e emails parabenizando pela participação no Programa do Jô. Foi mais um importante passo no processo de visibilidade das pessoas com albinismo neste país. O teor dos comentários recebidos é sempre de estímulo e apreciação pela leveza, sensibilidade, otimismo e bom humor da entrevista.

Estou alegre por ter sido o representante da causa albina escolhido para o papo com o Jô. Tenho dedicado boa parte de meu tempo para a divulgação do blog e de nossas reivindicações desde fevereiro do ano passado. Não sou o único e nem o primeiro, por isso fiz questão de citar a APALBA durante o programa. Também há o trabalho da Madá com os albinos do Mato Grosso, o professor Nivaldo e a Ivany em Feira de Santana, Solange e Soraya do blog Albinos(as) do Nosso Nordeste, o pessoal do Rio de Janeiro e a Andreza Cavalli, no Orkut. Não pude citar todos, mas a luta não é apenas minha.

Assim como não é apenas meu o mérito de a entrevista ter sido o sucesso que foi.

Há algumas semanas, uma dermatologista foi entrevistada pelo Jô e, na platéia, havia um homem albino, o Márcio, de Minas Gerais. Postei o vídeo no blog e tive a idéia de pedir aos leitores que escrevessem á produção do programa sugerindo que uma pessoa albina fosse entrevistada. Afirmei que era hora de sairmos da platéia e irmos para o sofá do Jô, afinal, temos muito a contar. Tenho batido na tecla de que se não botarmos a boca no trombone, teremos bem poucas chances de sermos ouvidos. Muita gente sequer imagina que albinos passem por situação de preconceito. Isso é fruto de nossa invisibilidade perante a mídia e o poder público. Ainda bem que esse quadro está se alterando, graças ao trabalho nosso e do crescente número de aliados adquiridos ao longo do caminho.

Nem uma semana se passara depois de eu haver postado a conclamação pra escrevermos à produção do programa e eis que recebo ligação da Luciana, uma das produtoras! Sabem como ela me descobriu? Por meio do email da Ana Paula, seguidora assídua do blog. A mensagem de Ana foi mencionada por mais de uma pessoa da produção, portanto, cada vez acredito mais na participação coletiva. De nada adianta sentar e ficar chorando miséria: “ah, somos discriminados... ah, ninguém nos ouve..” Se não falarmos, como nos ouvirão? Uma andorinha pode não fazer verão, mas um email da Ana Paula nos colocou no radar dum dos programas de entrevista mais conceituados e vistos do Brasil. Todos podem fazer algo! Basta querer.

Depois do convite feito pela Luciana, fui pré-entrevistado, por telefone, pela jornalista Myrian Clark, a fim de checar se a história dava caldo para uma entrevista. Em pouco tempo, fui informado de que dava e o Dinho, outro produtor, entrou em contato pra me instruir sobre horário da gravação, transporte e afins.

Lugar comum afirmar que o pessoal da produção é extremamente profissional, mas, alguns lugares comuns não perdem vigência: são realmente super profissionais. Tudo funcionou como um relógio suíço (outro lugar comum!). Acima de tudo, porém, todos foram muito simpáticos e descontraídos. Nada daquele profissionalismo robótico com sorrisos plastificados. São gente de carne e osso, que conversam e riem. E eu adoro rir!

Falar de Jô Soares é complicado. Primeiro, porque cresci com seus programas humorísticos. Até hoje, solto um “muy amigo” de vez em quando, em referência a uma personagem argentina que ele encarnava na década de 80. Isso sem contar que era fã da atriz pornô Bô Francineide e do Capitão Gay, outras 2 personagens dele. Cheguei a comprar o compacto simples que tinha a canção-tema do Capitão Gay, creio que quando tinha uns 14, 15 anos. No lado B havia uma canção cujo refrão era “um croquete, era tudo o que eu podia pagar...”

Segundo, porque podem pensar que se eu o elogiar é puxação de saco... Mas, como cantava Elza Soares, “deixe que pensem, que digam, que falem!”

Só tenho elogios para entrevista, irrepreensível. Jô embarcou na piada inicial que fiz chamando-o de albino e até cunhou o neologismo “gorbino”, gordo albino. Ele sabe bem o que é ouvir comentários insultuosos e devo dizer que me identifico com ele: ele também usou a característica física que o destacava como “arma”. Não é à toa que usa o “beijo do gordo” e tinha um programa chamado Viva o Gordo. Foi um prazer enorme conversar com um cara tão ágil e bem humorado.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

DANÇANDO NO ESCURO

Com ela, meninas cegas se tornam bailarinas
19/04/2010
Aos 31 anos, após formar quase 300 crianças, Fernanda Bianchini vê seu trabalho de 15 anos se espalhar pelo Brasil e ganhar reconhecimento internacional
Filipe Vilicic


Quando viu suas meninas dançando no palco do Teatro Municipal, em 2005, a bailarina Fernanda Bianchini desabou em lágrimas. Em rede nacional, seu choro pôde ser visto ao vivo no Domingão do Faustão, da TV Globo, onde mostraram a cena para ela em um telão. "Nunca pensei que chegariam tão alto", lembra. "Quando comecei a dar aulas a crianças cegas, me desmotivaram. Minhas professoras de balé diziam que elas não aprenderiam." Hoje, Fernanda fala com orgulho: "Essas jovens conquistaram mais que a maioria das profissionais."
Além de se apresentarem no Municipal, suas bailarinas cegas tocaram os pés do letão Mikhail Baryshnikov (ícone dessa arte que visitou o grupo em 2007), abriram um espetáculo do americano David Parsons, fizeram 1.950 apresentações, dançaram com a carioca Ana Botafogo e foram retratadas em um livro sobre o grupo dinamarquês The Royal Danish Ballet. As aulas de Fernanda resultaram em um método de ensino imitado por professores do Rio, de cidades do interior do Estado e de Manaus. Há planos de levar a fórmula para Goiânia e para o Rio Grande do Norte.
Com sua Associação de Balé e Artes, sediada na Vila Mariana, Fernanda deu aula, sempre como voluntária, para quase 300 crianças e adolescentes deficientes em 15 anos de trabalho, celebrados anteontem. O grupo ensaia um espetáculo para comemorar a data no fim do ano. "Temos a convicção de que em breve as meninas irão dançar em palcos no exterior", sonha Fernanda. "Seremos ainda maiores."

Começo
Fernanda nasceu em São Caetano do Sul, no ABC Paulista, há 31 anos. Entrou para o balé aos 3 anos de idade. "Gostava e era dedicada, mas não passava de mediana", confessa. "Não iria longe. Ao menos, não tanto quanto cheguei com minhas alunas."
A guinada em sua vida ocorreu em abril de 1995, quando freiras do Instituto de Cegos Padre Chico fizeram a proposta para a então adolescente, de 15 anos: "Por que você não dá aulas de balé para nossas crianças?"
Ensinar piruetas, plié e outros movimentos para garotas cegas, porém, assustou a jovem. "Recorri às minhas professoras para saber se isso era possível", recorda. "Elas me desanimaram, dizendo que a dança era visual, pois o aluno tem de imitar os movimentos do professor." Fernanda pensou em desistir. Mas seus pais a motivaram. Disseram que, para evoluir, ela tinha de aceitar os desafios.
As dificuldades foram muitas. "Não tinha ideia de como mostrar um passo, o movimento certo dos braços", lembra. As soluções costumavam vir das estudantes. "Foram elas, por exemplo, que apontaram que era ineficiente eu indicar as posições só mexendo no corpo delas", afirmam. "As alunas pediram, então, para tocar meu corpo enquanto eu fazia cada passo."
Para mostrar como o braço deveria fluir, Fernanda foi criativa. "Estava angustiada e cheguei a pensar em largar tudo", conta. "Tinha quase certeza de que seria impossível elas dançarem como profissionais, devido às limitações dos movimentos dos braços." A solução surgiu em um sonho. Durante o sono, a bailarina se viu sem os braços. No lugar dos membros, tinha folhas de palmeiras que balançavam graciosamente.
No dia seguinte, ela pegou várias dessas folhas, levou para sua aula e amarrou nos braços de suas discípulas. "Disse que deveriam dançar sem deixar as folhas desgrudarem dos membros", recorda. Deu certo. "Esse é um dos métodos de uma técnica de ensino que depois formulei em meu mestrado."
Além de dançarina, ela se formou em fisioterapia, fez pós-graduação e mestrado. Seu método de aulas para pessoas cegas hoje se espalha pelo País.

Fama
Em 2003, Fernanda se desvinculou do Padre Chico e montou a sede de sua associação. "Ampliei o trabalho", diz. "Antes, só podia ensinar alunos do instituto. Agora, aceito qualquer deficiente ou criança carente." Atualmente, ela e outros seis professores (incluindo duas cegas) dão aulas de balé, sapateado e outras artes para cinquenta interessados.
A associação ganhou fama em 2005. O grupo apareceu no Domingão do Faustão e na novela América, da TV Globo. Depois, Baryshnikov quis conhecer a escola e as bailarinas se apresentaram no mineiro Palácio das Artes.
"Fazemos até 20 espetáculos por mês", destaca Fernanda. Por apresentação, o grupo ganha cerca de R$ 4 mil. O dinheiro paga o cachê das alunas, de seus parceiros (os homens enxergam) e ajuda a organização, que tem uma despesa mensal de R$ 15 mil – quitada com doações e patrocínios. Fernanda não lucra com o trabalho.
"Quando criança, sonhava em ser bailarina", diz Geyza Pereira, aluna há 15 anos e professora da associação. "Mas perdi a visão aos 9 anos e achei que, por isso, nunca dançaria. Foi a Fernanda que me mostrou que eu podia, sim, buscar minha ambição."

(Encontrado em http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi&parametro=28622)

(Uma matéria do Fantástico sobre o trabalho de Fernanda Bianchini.)


PROCURAM-SE ALBINOS PORTUGUESES

Recebi email de Tânia Ramalho, produtora do programa Você na TV, de Portugal. Eles necessitam de pessoas com albinismo residentes no país para uma entrevista. Vejam o texto:

Exmº Senhor,
Venho pela parte do programa "Você na tv!" das manhãs da TVi, de segunda a sexta-feira, pedir-lhe contactos de pessoas que sofrem de doenças que provocam fotosensibilidade, nomeadamente o albinismo. Em princípio, dia 5 de Maio vamos ter em estúdio um Dermatologista e alguns convidados com e sem doenças que provocam fotosensibilidade. O objectivo é falar dos problemas que podem existir quando da exposição solar e também desenvolver alguns casos particulares como o albinismo. Primeiro, por falta de informação e depois porque, infelizmente, ainda existe algum desconhecimento e preconceito.
Desde já o meu obrigado pela sua atenção.
Os melhores cumprimentos,
Tânia Ramalho

Isso quer dizer que os canais portugueses também se abrem para as pessoas com albinismo do país botarem a boca no trombone. Não percam a oportunidade porque aqui no Brasil está dando muito certo!

O email da Tânia é piimauc@gmail.com

(De Portugal, meu amado Madredeus... Que lindo!)

terça-feira, 20 de abril de 2010

ALBINO INCOERENTE NO PROGRAMA DO JÔ (YOU TUBE)

Minha entrevista ao Jô Soares, exibida na madrugada do dia 20 de abril. Aos que puderem divulgar, sou grato.



ALBINO INCOERENTE NO DIÁRIO DO GRANDE ABC - II










(Sugiro a leitura prévia da postagem http://www.albinoincoerente.com/2010/03/albino-incoerente-no-diario-do-grande.html )


domingo, 18 de abril de 2010 7:38
Levando a vida numa boa
Juliana Ravelli
Do Diário do Grande ABC
Os pais de Matheus Braz da Silva dos Santos, 10 anos, de Santo André, não são loiros, mas ele nasceu bem branquinho, com cabelos dourados como ouro e olhos da cor do céu em dia ensolarado. Como é possível? Ele tem albinismo.
Essa é uma doença genética (já nasce com ela e não é contagiosa) que causa falha na fabricação da melanina, substância natural que dá cor à pele, aos olhos, cabelo e pelos. "Tenho de passar protetor solar sempre porque, senão fico com a pele muito vermelha", diz Matheus, que passa a maior parte do tempo brincando com videogame dentro de casa.
Quando o menino nasceu, a mãe ficou surpresa. Nunca tinha visto ninguém com aquelas características. Mas isso não fez com que ela e o marido amassem menos Matheus, que há um ano e meio ganhou a irmãzinha Rebeca, morena clara como os pais.
Calcula-se que uma a cada grupo de 20 mil pessoas nasce com albinismo. A doença atinge tanto meninos quanto meninas de todos os cantos do mundo. Além da falta de pigmento na pele, albinos têm muitos problemas de visão.
Na Emeief Estevão de Faria Ribeiro, em Santo André, Vinícius Barros Santo Silva, 8, tem de sentar sempre próximo à lousa para enxergar a lição. Se mesmo assim não consegue ver alguma palavra, recebe ajuda dos amigos. Breno Acenço, Julia de Paula, Crystoffer Zeferino e Henrique da Silva se revezam na tarefa de ditar para ele.
Na aula de leitura, o apoio da turma continua. "Quando a gente pega um livro com letras maiores, troca com ele", explica Breno. Vinícius, que é bom aluno e gosta de ler, tem um desejo: "Queria que todos os livros tivessem letras grandes para eu enxergar melhor". Ele tem dois irmãos, que não são albinos.
TIRAM DE LETRA

Assim como Matheus e Vinícius, o professor de Literatura Inglesa Roberto Bíscaro, 43, é o único albino na família. Ele explica que um dos segredos para superar as dificuldades impostas pelo problema (como não se expor ao sol sem bloqueador e óculos) é o apoio dos pais e familiares. "Quando as pessoas nos conhecem direito esquecem que somos albinos", afirma. No ano passado, Roberto criou um blog (www.albinoincoerente.com) no qual divulga informações sobre albinismo e histórias de quem o tem.
O músico Hermeto Pascoal, 73, também vive com albinismo numa boa. "Quem nasce com isso se acostuma." Ele conta que sempre conquistou as namoradas mais bonitas da escola. "Os garotos diziam coisas para elas terem vergonha de mim, mas todas sempre me defendiam", lembra.
Tem de proteger pele e olhosA melanina, além de dar cor à pele, aos olhos e ao cabelo e pelo, é a substância responsável por nos proteger dos raios solares. Quanto mais sol se toma, mais o organismo produz essa substância. É assim que se fica bronzeado.
No albino isso não ocorre. Produz quantidade insuficiente, o que afeta sua aparência, deixando a pele e os cebelos bem clarinhos. Por isso, precisa usar bloqueador solar todos os dias. Quem não tem albinismo pode usar protetor, que é mais leve.
Mesmo quando o céu está coberto por nuvens, tem de usá-lo, pois é perigoso queimar. Às vezes, Vinícius esquece, mas a mãe sempre lembra. Matheus não gosta do cheiro do produto, mas sabe que não pode ficar sem. Os médicos ainda aconselham a usar boné, calça e camiseta de manga longa fora de casa.
Como a melanina também tem papel importante no desenvolvimento dos olhos, o albino tem visão abaixo do normal. É por esse motivo que precisa de óculos com lentes especiais, que ficam mais escuras em ambientes com muita luz.
ESPANTE O PRECONCEITO E A DESINFORMAÇÃO

Ainda hoje os albinos sofrem com o preconceito e a falta de informação das pessoas; algumas acham que é doença contagiosa. A família de Matheus, por exemplo, teve de aguentar gente dizendo que ele não era filho dos pais por ser muito branquinho.
Matheus e Vinícius também já sentiram vontade de não ir mais à escola. O motivo? A zoeira dos colegas que, às vezes, colocam apelidos, como branquelo, fantasminha, Leite Moça. "Fico chateado. Não gosto quando fazem isso", diz Matheus. O primo dele, Lucas Fernandes, 9, fica de prontidão para defendê-lo. "Quando ouço, peço para pararem com isso."
O professor Roberto Bíscaro também enfrentou preconceito na infância e adolescência. Chegou a brigar fisicamente com quem o ofendia. "Quando se é criança, a tendência é acreditar em tudo o que dizem." Mas ele encarou as dificuldades e as superou. "Os albinos não podem pensar que são coitadinhos", diz Roberto.
Conquista para viver melhorOutra luta importante dos albinos é para que o governo forneça óculos e bloqueador solar de graça. Os dois são muito caros; nem todas as famílias têm condições financeiras para com- prá-los. Em São Paulo já há um projeto de lei sendo discutido na Assembleia Legislativa (onde os deputados estaduais trabalham) para que isso ocorra.
Como não conseguem enxergar direito, os albinos também enfrentam problemas ao andar diariamente pelas cidades, que não são corretamente adaptadas para quem tem qualquer tipo de deficiência. Nem sempre conseguem ver uma calçada esburacada, por exemplo, e acabam se machucando.
Também é complicado conseguir enxergar palavras pequenas em placas. Fica mais difícil ainda ler letreiros de ônibus e placas iluminadas que não param de piscar, pois albinos, em geral, têm fotofobia (não conseguem olhar diretamente para a luz).
Andando sempre na sombraHermeto Pascoal, 73 anos, é compositor, toca muitos instrumentos e até inventa alguns, é albino. Nasceu em Lagoa da Canoa, interior do Alagoas, onde o sol e o calor não dão descanso. Por isso, desde muito menino escutava os pais dizendo para brincar na sombra. Para fazer as lições, recebia ajuda da mãe que copiava tudo em letras maiores para ele enxergar. "Meus pais tinham o cuidado de não colocar na minha cabeça que eu tinha problema", diz.
O albinismo nunca o impediu de desenvolver seu talento musical. Conquistou respeito e admiração internacional, apresentando-se em diversos países, como Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e Japão.
BICHO TAMBÉM TEM

Bichos também podem nascer albinos pelo mesmo motivo que os humanos. Só que na natureza, enfrentam mais dificuldades. Os répteis, por exemplo, têm de ficar sob o sol para se esquentar (são diferentes dos mamíferos, que já têm sangue quente). O problema dos albinos é que se ficarem muito tempo expostos podem queimar a pele gravemente. Além disso, o albinismo prejudica a camuflagem dos que dependem dela para caçar alimento ou fugir do predador.
No Zoo de Barcelona, na Espanha, viveu o único gorila albino que se conheceu. Floco de Neve tinha 40 anos quando morreu em 2003. Foi capturado por caçadores que mataram sua família em 1966, na Guiné. Durante seu tempo de cativeiro, teve muitos filhotes; nenhum com albinismo.

(Encontrado em http://www.dgabc.com.br/News/5805739/levando-a-vida-numa-boa.aspx)
(Desta vez vai a ABC dos J5... Fantásticos!)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

ALBINO INCOERENTE NO PROGRAMA DO JÔ!!

Estou em São Paulo, onde recém gravei entrevista pro Programa do JÔ!!!

A produção me informou que o programa vai ao ar HOJE!!!!!!!

Amanhã, conto os detalhes.

domingo, 18 de abril de 2010

BATE-VOLTA

Em um par de horas, viajarei pra Sampa onde devo permanecer até amanhã á noite. Destarte, não haverá postagem na segunda, dia 19. Terça de manhã, espero postar novamente.
Minha sobrinha Luana e eu iremos de carro com meus amigos Jayme e Cláudio, que passam o fim de semana aqui em Penápolis. Voltaremos de ônibus (comprei poltrona 8, claro!), por isso, o mp3 player será utilizado apenas no retorno.
Uma das canções selecionadas pra viagem é esta. Adivinhem de que década é!!??

sábado, 17 de abril de 2010

UM MC NO SÉCULO XVII

Os que abominam rap e funk não precisam parar de ler a postagem. Apesar do MC do título, trata-se de texto sobre um filme franco-inglês que acabei de ver, chamado Vatel (2000).

François Vatel é o nome do Mestre de Cerimônias dum endividado nobre da aristocracia rural francesa. Ao receber missiva revelando que Luis XIV passará 3 dias em sua propriedade, o aristocrata convoca o fiel Vatel pra organizar um evento do qual o Rei Sol não se esquecesse. A única forma de saldar suas dívidas seria mamando nos cofres públicos e qual modo mais lucrativo do que chefiar um exército numa guerra? Em vista da animosidade entre França e Holanda, todo o paparico pro rei tinha a chefia do exército em vista. Quem disse que guerras são prejudiciais pra todo mundo? Se fossem, já estariam extintas há milênios!

Vatel propõe-se a organizar divertimentos e banquetes dignos de agradar a seu suserano e também ao monarca absolutista. Cheio de amor por seus subalternos, o MC do século XVII também se aufere um status do qual realmente não desfruta: acredita que é peça-chave naquele momento; pra ele, a resolução à contento da situação de seu superior e até mesmo os destinos dum provável conflito franco-holandês dependem da suntuosidade e perfeição do espetáculo que preparar.

Num mundo onde a vontade real era o que contava, Vatel toma algumas atitudes confrontivas, mais adequadas a um período histórico que ainda estava por vir, a saber, a ascensão e tomada de poder pela burguesia, quase 140 anos depois.

Progressivamente, todavia, a ilusão do banqueteiro se dilui frente aos desrespeitos que ele e sua equipe sofrem. Sintomática a sequência que mostra um espetacular show pirotécnico envolvendo água e um cantor lírico sendo puxado em um carro suspenso enquanto um dos homens de Vatel morre pra proporcionar diversão aos parasitas aristocratas que não cessavam de chegar pra usufruir da boca livre.

O fausto da recepção organizada por Vatel deslumbra o rei, que deseja levar o MC pra Versalhes. O empregador do festeiro á princípio hesita, mas cede à ordem velada de Luis XIV, que quer apostar Vatel num jogo de cartas. Quando este descobre que seu destino fora decidido como o de um animal (e o filme traça esse paralelismo com uma subtrama envolvendo pássaros), as ilusões de importância individual de Vatel se desvanecem por completo e ele admite ser nada mais do que um escravo.

Vatel, o filme, funciona como metáfora da tomada de consciência da individualidade burguesa, que se revolta perante os desmandos e privilégios desmedidos da aristocracia sem coração, pra usar uma expressão dum dos próprios cortesãos. Vatel, a personagem, ainda não vivia num momento em que as condições de possibilidade permitissem uma sublevação contra a nobreza. Isso apenas seria factível no reinado de Luis XVI. Desse modo, François Vatel é quem escolhe sair de cena; no final do século seguinte, os milhares de Vateis revolucionários farão a cabeça do rei cair da cena.

Com uma produção esmerada e detalhista, a película é um prazer visual. Pena que vi a versão falada em inglês e então não pude perceber toda força interpretativa de Gerard Depardieu, intérprete de Vatel, ainda que seja o próprio ator francês que fale. Fisionomicamente, ele está ótimo como quase sempre, mas inglês não é sua língua nativa, nunca dá no mesmo do que atuar em francês...

(A cena mais visualmente impactante do filme, aquela em que o serviçal morre durante um mirabolante show pirotécnico, aquático e operático. Um deslumbre de ediçao!)

ALBINO INCOERENTE NO PRÓXIMO LIVRO DE STAEL GONTIJO

Sexta-feira da semana passada, recebi a visita da jornalista e escritora mineira Stael Gontijo. Em 2008, ela lançou o romance Cogumelo de Espuma, história de crime envolvendo uma modelo e políticos suspeitos. Veja matéria no link
http://www.revistaparadoxo.com/materia.php?ido=6843&PHPSESSID=ceb3a6ab1dc654b2f3f9dc563a697221

Gontijo prepara novo livro - não ficcional - e um dos temas abordados será o albino no contexto social e profissional. Devido ao trabalho e repercussão do blog, Stael interessou-se em me entrevistar e fez longa viagem pra poder chegar até a Penápolis (SP), onde resido.

Foram mais de 2 horas de conversa agradável e fluida, quando ela perguntou aspectos de minha vida pessoal, profissional, acadêmica e blogueira.

A publicação do próximo livro de Stael será outro passo importante pra a tomada de consciência social a respeito da inclusão da pessoa com albinismo.

Fico lisonjeado por ter sido o escolhido pra ter minha trajetória esboçada pela pena de Stael e espero ter desempenhado meu papel a contento!

Manterei os leitores informados a respeito dos desdobramentos desse projeto, à medida que souber de novidades.

(E por falar em cogumelo...)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

BOA NOTÍCIA SOBRE APOSENTADORIA ESPECIAL

Câmara aprova aposentadoria especial para pessoas com deficiência

Prazo de contribuição e idade para aposentadoria serão menores. Proposta segue para análise do Senado Federal.
Eduardo Bresciani


A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (14) um projeto que cria uma aposentadoria especial para pessoas com deficiência. A proposta reduz o prazo de contribuição e a idade mínima para que essas pessoas possam se aposentar. O projeto segue para análise do Senado Federal.
Atualmente, todos os homens precisam contribuir à Previdência por 35 anos e as mulheres por 30 anos. O projeto reduz em até dez anos o prazo de contribuição de acordo com o grau de deficiência. Quem tem deficiência considerada leve terá uma redução de cinco anos neste prazo, quem apresenta deficiência moderada contribuirá oito anos a menos que o cidadão comum e quem tem deficiência grave terá prazo dez anos menor para a aposentadoria com base no tempo de contribuição.
No caso da aposentadoria por idade, cai de 65 para 60 entre os homens e de 60 para 55 entre as mulheres a idade para a aposentadoria desde que seja cumprido um tempo mínimo de 15 anos de contribuição. Será necessário também comprovar que a deficiência existe há 15 anos para se conseguir a aposentadoria especial por idade.
São beneficiadas pelo texto pessoas que tenham deficiência que apresente restrição física, mental, auditiva, intelectual, sensorial, visual ou múltipla e que restrinja a capacidade funcional. Um regulamento seria feito posteriormente pelo Executivo para definir qual grau de limitação levará à qualificação da deficiência como leve, moderada ou grave.
De acordo com o texto, o grau de deficiência será atestado por perícia do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), que deverá ser refeita a cada 15 anos. A pessoa com deficiência tem o direito ainda de pedir uma perícia em prazo inferior no caso do agravamento da deficiência.
O projeto estabelece ainda que no caso de o segurado da Previdência adquirir a deficiência após já estar contribuindo, o benefício de redução de prazo será proporcional aos anos trabalhos com e sem a deficiência.

(Encontrado em http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi&parametro=28587)

VERABIOVILLALVA

O título desta postagem é o nome do blog da Vera, que trata sobre questões biológicas.
Ela reuniu diversos vídeos sobre albinismo em 2 postagens:

http://verabiovillalva.blogspot.com/2010/04/genetica-albinismo.html

http://verabiovillalva.blogspot.com/2010/04/albinismo-na-africa.html

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A COR DO DINHEIRO

Pessoa com deficiência visual já pode identificar cores de objetos e cédulas

Aparelho criado por alunos da Poli vai custar entre R$ 100 e R$ 200, e até o final do ano deve ser produzido em escala comercial

Dois jovens engenheiros da Escola Politécnica da USP criaram equipamento para identificação de cores e de notas de real para pessoas com deficiência visual a preço acessível, na faixa de R$ 100 a R$ 200. Hoje, o que existe no mercado brasileiro é importado e custa de R$ 600 a 1,2 mil e só identifica cor; dinheiro, não. A informação é de Nathalia Sautchuk Patricio e Fernando de Oliveira Gil, formados na Poli em Ciência da Computação e cursando mestrado. Eles esperam começar a produzir o aparelho em escala comercial até o final do ano.
Antes, Fernando irá aos Estados Unidos, no mês que vem, para participar de um curso de dez semanas no Unreasonable Institute, em Boulder, no Estado do Colorado. Lá, vai aprender técnicas de negócio, marketing, administração e outros temas empresariais. No final, os participantes terão contato direto com 200 investidores.
Após 40 dias de campanha on-line na internet, apoio da imprensa (viraram matéria na CNT e na Folha de S. Paulo) e dos amigos, a dupla conseguiu arrecadar US$ 6,5 mil para Fernando frequentar o curso em Boulder. Agora, a empresa que ambos criaram é uma Unresonable Fellow.
A entidade norte-americana é especializada no estímulo a projetos sociais de impacto, que objetivam melhorar a vida das pessoas e do meio ambiente. Nathalia e Fernando resolveram apresentar a ideia para concorrer à bolsa, bem como a empreendedores de todo o mundo. Participaram 284 pessoas de 45 países de cinco continentes. Dos 25 ganhadores, o identificador de cores da dupla ficou em sétimo lugar. Fernando já arruma as malas rumo ao Colorado, pois o curso só admite uma pessoa por projeto. Informa que a entidade norte-americana estabelece três requisitos básicos para o participante cumprir depois do curso. Em um ano, o projeto tem de ser autossustentável (caminhar sozinho, sem ajuda), a capacidade de produção deve beneficiar um milhão de pessoas, pelo menos, e condições de exportação para o equipamento num prazo de três anos.
Autoestima melhor
O aparelho foi batizado de Auire, mesmo nome da empresa informal que criaram. A palavra indígena significa uma saudação ("olá") da tribo Javaés, de Tocantins, onde Fernando esteve num trabalho comunitário pela Poli. Atualmente, o Auire é pouco maior que um maço de cigarros, mas Nathalia assegura que com novas tecnologias a tendência é ficar ainda menor, como os celulares com bateria e fone de ouvido, para que a pessoa o utilize com mais comodidade. Por enquanto, eles só têm dois protótipos.
Não ver cores e não saber o valor da cédula é um dos maiores transtornos da pessoa com deficiência visual. Fernando comenta que muitas delas, principalmente aquela que um dia já enxergou, deseja escolher a cor da roupa, do móvel, equipamento, celular, carro, etc. "O fato de poder combinar cores da roupa que vai vestir, por exemplo, aumenta a autoestima", reitera Fernando. Quanto ao dinheiro, o identificador evita que a pessoa seja enganada. O Auire reconhece 16 cores, por enquanto, e notas de R$ 2 a R$ 100. O aviso é sonoro, por meio de voz, gravada pela própria Nathalia.
Para fazer o equipamento em escala comercial, eles pretendem associar-se a uma indústria eletrônica e terceirizar a produção ou instalar a Auire numa incubadora de empresas. "Quando eu voltar do curso nos Estados Unidos, teremos mais condições de selecionar a melhor alternativa para fabricar o aparelho no Brasil", confia Fernando.
Futuros usuários
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS/2009) mostram que 314 milhões de pessoas no mundo apresentam alguma deficiência visual e que 45 milhões delas são cegas. Além disso, 87% vivem em países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos, sendo 25 milhões só no Brasil. Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE/2009) registra que aproximadamente 29% dos brasileiros com problemas visuais (7,25 milhões) vivem com menos de um salário mínimo por mês.
Serviço
Para entrar em contato com os dois engenheiros, acesse
www.auire.com.br ou mande e-mail para info@auire.com.br.
(Encontrado em http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi&parametro=28578)

PROBLEMA TÉCNICO

Tenho sido indagado por email a respeito da impossibilidade de se deixarem comentários às postagens do blog.

Comunico que não reconfigurei a página a fim de evitar comentários. Eles são essenciais para este blogueiro porque possibilitam interação com os leitores e a ampliação de nossas redes de contato e solidariedade.

Verifiquei repetidamente a configuração do blog e ela se encontra como sempre esteve, ou seja, aberta à recepção e exibição de comentários.

Suponho que o problema esteja no Blogger e fuja de meu alcance de resolução.

Caso algum leitor saiba como sanar esse contratempo, aceito sugestões.

Por ora, peço paciência e encerro com a canção Patience, do Guns ‘N’ Roses!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

PINEBERRY, O MORANGO “ALBINO”










Aprendi palavra nova em inglês: pineberry. Descobri que se trata da junção de pineapple (abacaxi) e strawberry (morango). Designa uma espécie de morango selvagem branco, que está sendo chamado de “morango albino”, em alguns sites em língua portuguesa. O gosto da fruta lembra um pouco o do abacaxi, daí o neologismo inglês.

O Pineberry é natural da América do Sul, e estava quase em extinção até ser encontrado por agricultores holandeses há cerca de sete anos. Eles resolveram cultivar a fruta, que agora se encontra disponível em países como Alemanha e Inglaterra.

Apesar da referência “albina” ao vegetal, suspeito que não se trate de albinismo, mas apenas de sua cor natural.

(Uma canção menos conhecida de Guilherme Arantes.)

terça-feira, 13 de abril de 2010

CÃES ALBINOS NÃO DEVEM CRUZAR?

Albinismo nos cães

Seres humanos albinos são casos raros, que chamam a atenção das pessoas. A mesma coisa acontece nos animais, principalmente em cães que não têm a pelagem branca como característica da raça. O albinismo pode ser mais comum em algumas raças, especialmente, na Boxer.
Em outras, como é o caso do Daschshund, conhecido popularmente como Cofap ou Salsicha, o albinismo é um caso raro.
De acordo com o veterinário Ronivan Gobbi, “Algumas raças, como já foi citado anteriormente, realmente são propícias ao albinismo. Mas no caso dos Daschshund isso é raro, pois os cães dessa raça não tem característica branca na pelagem. No caso deles, a predominância é do preto com castanho, marrom claro e pinhão, e o arlecrim (que é a mistura do preto com o branco). Para acontecer este caso, o gen recessivo, que é o branco nesta raça, foi predominante”, explica Roni.

Cuidado para não fazer confusão

Cão albino é diferente de cão com pêlo branco. “Um animal com albinismo, não possui melanina. Por isso, requer cuidados fundamentais para evitar problemas de pele”, ressalta o veterinário.
A cor branca, na pelagem, é gerada por dois tipos de etiologia: a escassa produção da feomelanina, que pigmenta os pêlos em associação com a melanina, que faz parte das características biotípicas de certas raças, e a total ausência de produção da melanina, que pode estar limitada a uma determinada área da pelagem ou alastrar-se por inteiro, que é uma patologia congênita e hereditariamente transmissível.
De acordo com Roni, em cães com pelagem naturalmente branca, a produção de melanina é normal. Já em cães albinos, é a falta dessa substância que provoca a pele branca.

Riscos de um cão albino

O cão albino pode ter uma vida normal, como qualquer outro cão. Mas necessita de cuidados especiais, devido a falta de melanina. Conforme disse dr. Roni, a exposição ao sol para estes cães deve ser extremamente cuidadosa. “Cães albinos não podem ficar muito tempo expostos ao calor dos raios ultravioletas, pois caso isso aconteça é possível que o mesmo adquira graves problemas de pele, como dermatite, ou até, câncer de pele”, ressalta o veterinário.
Para evitar que isto aconteça é preciso passear com seu cão albino em horários onde a incidência do sol não seja tão forte, e ainda, ter o cuidado de passar protetor solar na pelagem do animal: “Seguindo estes cuidados, o cão albino tem uma vida normal, como qualquer outro animal”. Além disso, é aconselhável também, evitar lugares muito luminosos por causa dos olhos do cão. “Também se recomenda não cruzar cães albinos, para que o problema congênito não seja repassado de geração para geração”, salienta o veterinário.

(Encontrado em http://passeioscomcaes.blogspot.com/2010/01/albinismo-nos-caes.html)

(Do Rio Grande do Sul, vem o Cachorro Grande.)


VACINA CONTRA CÂNCER DE PELE

Novos testes podem confirmar eficácia de vacina contra câncer de pele

SÃO PAULO - Cientistas dos Estados Unidos estão iniciando novos testes com uma vacina normalmente utilizada para combater o herpes e que mostrou ter efeitos positivos no tratamento do melanoma, o tipo mais perigoso de câncer de pele.
Os especialistas do centro médico da Rush University, em Chicago, já realizaram duas fases de testes com a vacina, chamada OncoVEX.
Na segunda fase, dos 50 pacientes submetidos ao tratamento, oito se recuperaram completamente do câncer, enquanto outros quatro tiveram uma reação positiva parcial e puderam se curar com uma cirurgia.
Pacientes com estágios avançados do câncer de pele costumam ter um prognóstico ruim de sobrevivência. Por isso, tal resultado foi considerado bom pelos cientistas.
"Atualmente existem poucas alternativas de tratamento para pacientes com melanoma avançado, nenhuma delas satisfatórias. Por isso oncologistas ficaram muito animados com os resultados obtidos", disse Howard Kaufman, diretor do programa de câncer da Rush University e chefe da equipe que realiza os testes.
Descoberta acidental
Cientistas descobriram que a OncoVEX tinha efeito sobre tecido canceroso quando a vacina foi acidentalmente aplicada em uma amostra de células de tumor.
A vacina inclui um vírus que foi modificado e convertido em um agente que atinge essas células sem afetar células saudáveis.
A droga também possui agentes biológicos que ajudariam a resposta do sistema imunológico ao melanoma.
Segundo, a Rush University, a vacina é injetada diretamente nas lesões.
"O que nos surpreendeu e incentivou foi o fato de a vacina ter funcionado não somente nas células injetadas, mas também em lesões em outras partes do corpo que não poderíamos alcançar", afirmou Kaufman.
"A vacina gerou uma resposta imunológica que circulou pela corrente sanguínea até locais remotos."
A terceira fase dos testes deve envolver 430 pacientes em todos os Estados Unidos. Cada um vai receber uma injeção nos tumores a cada duas semanas por até 24 sessões, e será acompanhado por dois anos.
O melanoma é o tipo mais raro, mas mais letal de câncer de pele, por causa da alta possibilidade de metástase.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer brasileiro, em 2008 houve uma média de aproximadamente 6 mil novos casos, entre homens e mulheres.

(Encontrado em http://imirante.globo.com/noticias/pagina237958.shtml)

(Rush University... Não podia dar outro vídeo, né? Ainda mais que sou fã de rock progressivo!)


segunda-feira, 12 de abril de 2010

TADINHO DOS CROCODILOS!










A frase de abertura dessa notícia, encontrada num suplemento destinado ao público infantil, é lamentável! Não apenas destila preconceito contra nós albinos, mas também contra os pobres crocodilos. De terror!
Sugiro que em outras ocasiões, o jornalista atenha-se a noticiar fatos e não faça juízos de valor.

Crocodilos albinos são atração em Orlando
Do Diário do Grande ABC
Se eles já não são bonitos coloridos, imagine branquinhos! Mesmo assim, quatro crocodilos gigantes albinos que moram no Parque Gatorland, em Orlando, nos Estados Unidos, viraram o xodó dos visitantes. Os bichos são brancos de olhos azuis porque nasceram sem a coloração natural da pele. Na natureza, os filhotes albinos não sobreviveriam, já que não podem usar a cor para se camuflar. Há 12 crocodilos albinos nos Estados Unidos, todos em cativeiro.
O crocodilo é o maior réptil do planeta. Tem cerca de 8 metros de comprimento e é feroz predador. Fica parado tomando sol durante o dia e se alimenta à noite. É encontrado nos rios e lagos da América, África e Austrália. Possui 328 dentes afiados e é carnívoro. Ao se alimentar, comprime o maxilar com força, eliminando lágrimas. Vem daí a figura de linguagem "lágrimas de crocodilo" para indicar quem chora falsamente.

(Encontrado em http://www.dgabc.com.br/News/5728822/crocodilos-albinos-sao-atracao-em-orlando.aspx)
(Vamos tentar limpar a barra dos pobres crocodilos, ouvindo Elton John.)

PROJETO DE LEI INCLUSIVO

PROJETO DE LEI Nº 306, DE 2010
Dispõe sobre a reserva de 30 (trinta) por cento das vagas de trabalho nos eventos promovidos ou apoiados pelo governo para as pessoas com necessidades especiais.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO DECRETA:
Artigo 1º - Será reservado até 30 (trinta) por cento das vagas de trabalho em eventos de natureza esportiva, cultural ou científico promovidos ou apoiados pelo Governo do Estado de São Paulo para as pessoas com necessidades especiais.
Artigo 2º - O empregador terá assegurado o direito ao uso de equipamentos e materiais próprios e necessários para uso das pessoas com necessidades especiais.
Artigo 3° - O governo, através de suas secretarias, divulgará os eventos e os números de vagas.
Artigo 4º - Esta ei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICATIVA
A vida de uma pessoa com necessidades especiais para se inserir no mercado de trabalho não é nada fácil. Se para pessoas sem qualquer problema físico, o dia-a-dia já é uma experiência estressante, imagine para quem depende de adaptações ou da ajuda de terceiros para se locomover. São muitos, aliás, os obstáculos enfrentados por essas pessoas - de ordem social, política, econômica e cultural e não só os do cotidiano - distanciando-os bastante de conseguirem chegar ao ideal pretendido pelas Nações Unidas de "Participação Plena e Igualdade". Isto porque o ponto crucial da questão estaria na relação entre o indivíduo e uma sociedade com padrões definidos, que alimenta a separação, ao tratar de forma inadequada os limites e as diferenças do outro. A anomalia se instala, quando não é dado um mínimo de condição às pessoas com necessidades especiais de exercer o convívio em comunidade, incluindo aí aspectos fundamentais na vida de qualquer um, como educação, trabalho, habitação, segurança econômica, pessoal etc. Bom ressaltar que as pessoas com necessidades especiais reivindicam a eliminação dos impedimentos a uma vida normal - o simples ir e vir, por exemplo - da mesma maneira que não esperam nenhum tipo de paternalismo ou piedade. Esta via de conduta, inclusive, seria para eles algo ruim, uma vez que enfatiza o preconceito e estimula a exclusão, ao invés de inseri-los no meio social. Acabam sendo tratados, assim, como um problema e não como cidadãos que possuem seu potencial criativo ou de produção.
Este projeto de lei visa a flexibilizar vagas de trabalhos para as pessoas com necessidades especiais nos eventos promovidos, co-promovidos, patrocinados ou co-patrocinados pelo Governo do Estado de São Paulo e tem como finalidade fazer justiça a um grupo social extremamente discriminado.
O artigo 37, VIII, da Constituição Federal, diz que o deficiente físico deve ser integrado na sociedade. Tal regra se fundamenta no princípio da igualdade (art. 5º, caput da C.F/88). Esse princípio estabelece que as pessoas iguais serão tratadas igualmente e as desiguais serão tratadas desigualmente na medida das suas desigualdades.

A Lei n.º 8.112/90 estabeleceu no artigo 5º, § 2º que serão destinadas aos portadores de "deficiência" até 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos, mas é importante destacar que cada entidade federativa (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) pode legislar sobre o assunto citado, por se tratar de matéria administrativa, conforme se extrai do art. 18 c/c art. 37, I c/c art. 37, VIII da C.F/88.
Esse projeto de lei, que destina a reserva de até 30% trinta por cento das vagas de trabalho, é inspirado na luta pela acessibilidade da MARIA DOLORES FORTES ALVES, Professora, Pedagoga, Pós Graduação em Distúrbios da Aprendizagem pela Universidade de Buenos Aires, Especialista em Educação em Valores Humanos pela Fundação Peirópolis, Mestre em Psicopedagogia, Doutoranda em Educação, Pesquisadora de Educação em Valores Humanos, Inter e Transdisciplinaridade pela PUC/SP e Fundação Peirópolis, Docente da rede pública e particular, graduação e pós-graduação. É também autora do livro “De Professor a Educador: Contribuições da Psicopedagogia.
A prática da desmarginalização das pessoas com necessidades especiais deve ser parte integrante dos poderes públicos que objetivam atingir a inclusão para todos. A inclusão social traz no seu bojo a equiparação de oportunidades, a mútua interação de pessoas com e sem deficiência e o pleno acesso aos recursos de trabalho no Estado de SÃO PAULO e da sociedade. Cabe lembrar que uma sociedade inclusiva tem o compromisso com as minorias e não apenas com as pessoas portadoras de deficiência. A inclusão social é, na verdade, uma medida de ordem econômica, uma vez que as pessoas com necessidades especiais e outras minorias tornam-se cidadãos produtivos, participantes, conscientes de seus direitos e deveres, diminuindo, assim, os custos sociais. Dessa forma, lutar a favor da inclusão social deve ser responsabilidade de cada um e de todos coletivamente.
Dep Carlos Giannazi - PSOL

domingo, 11 de abril de 2010

TELEFONE QUE ENXERGA

Aplicativo para a localização de objetos auxilia deficientes visuais

O serviço de reconhecimento LookTel faz com que smartphones sejam uma "visão artificial" para cegos e pessoas com problemas de visão
Nátaly Dauer
Os deficientes visuais estão ganhando muito com o desenvolvimento de novas tecnologias. Após a divulgação do monitor em Braille, foi lançado também o aplicativo LookTel, que, ao ser apontado para uma determinada coisa, diz ao usuário o que ela é.
O novo aplicativo age como um reconhecedor de objetos, podendo servir também como um leitor de texto e identificador de lojas, por exemplo. O site CrunchGear apresenta um vídeo com a demonstração do funcionamento do aplicativo.
O LookTel pode ainda realizar a leitura de textos de jornais e revistas, reconhecer rótulo de produtos e fachadas de lojas e outros estabelecimentos através de seus nomes. Além disso, pode "aprender" novos objetos, ligando uma imagem capturada pela câmera do celular a uma palavra informada pelo usuário.
O aprimoramento da função de reconhecimento pode ser feita com imagens pré-carregadas pelo próprio usuário, representado objetos ou locais de uso frequente, por exemplo. Entretanto, o sistema do aparelho celular não é capaz de realizar esta tarefa e necessita de um PC, que servirá de servidor para as imagens e o processamento de reconhecimento. Resumidamente, o celular captura a imagem do objeto e envia para o PC que irá procurar a imagem na biblioteca e mandar o sinal de volta para o telefone, após o reconhecimento.
O site Gizmag informa que o LookTel roda em qualquer celular Windows Mobile e que estará disponível na nos próximos meses, e também apresenta, de maneira detalhada, o funcionamento descrito e outras funções interessantes como o envio de vídeos em tempo real em situação de perigo, ou as tradicionais chamadas e consulta da hora através de comandos de voz.
O site do aplicativo informa sobre os possíveis "planos" a serem comprados, mas sem divulgar os preços - é necessário contato por email para se obter a informação e a redação da Geek não recebeu a resposta, até o momento. A opção de compra por telefone ainda não está disponível.

(Encontrado em http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi&parametro=28518)

UM ALBINO NA CIDADE LUZ

Texto extraído do blog dum brasileiro radicado em Paris.

O albino

O La Liberté, o boteco mais bacana do leste de Paris, tem os seus frequentadores assíduos, como o negão de tranças que volta e meia toca Bob Marley no violão público do estabelecimento ou o tiozão de barba com sua eterna camisa do Iron Maiden. Mas o melhor deles é o albino de uns quarenta e tantos anos, que nunca sai de lá. Ele é mais inevitável que almoço de domingo com a sogra em self-service, que ela vai chamar de serve-serve, e a presença inefável do tio rejeitado, que terminará a refeição palitando os dentes com uma mão na frente na boca.

Nunca vi o albino bêbado. Ou talvez nunca o tenha visto sóbrio. Tendo por base o copo constantemente encaixado na mão como se fosse a de um playmobil, talvez nem ele saiba mais diferenciar um estado do outro. Mas essa dúvida dificilmente será tirada a limpo, porque na verdade ela não importa. O que importa é a sua própria existência.

Ele é parte da paisagem do La Liberté e talvez seu principal cliente, certamente mais assíduo que os próprios donos do bar. Vive na companhia da roqueira agora careca. Amiga de boteco, certamente, mas uma relação que parece dividir apenas cervejas.

O albino foi recém-eleito meu personagem preferido do local. Ir lá e não vê-lo é como uma ida à Disney sem apertar a mão do Pateta. Fica aquela sensação chata de ter faltado algo. Compõe o figurino do distinto uma inseparável jaqueta de couro preta por cima de uma camiseta branca, cabelo pouco e branco, rosto geralmente vermelho e um ligeiro ar de "se estou aqui é porque é cool e é cool porque estou aqui". Mas à la française, blasé, como se não fosse com ele.

Meu preferido anterior era o rapper português colecionador de fitas VHS, sempre com duas ou três recém-adquiridas nas mãos. Foi ele quem me ensinou que em Portugal "fiche" quer dizer "legal". Depois disso, conto os dias para voltar a Lisboa e gastar minhas gírias locais. Mas o portuga desapareceu de lá. Na última vez que o vi, entre um verso improvisado e outro contou-me radiante que estava de mudança para Amsterdã, onde arranjara um bico, ou uma bicada, em um coffee shop. "O melhor lugar do mundo para se trabalhar", disse com brilho nos olhos vermelhos.

Mas o albino, afinal é sobre ele esse texto, eu nunca o vi chegar no La Liberté. Ou ele já está ou materializa-se de repente, ao seu lado, sem você nem perceber. E depois desmaterializa-se, podendo voltar a dar o ar da graça a qualquer momento. Alguns dizem que com um pouco de sorte ele te escolhe pra trocar uma meia dúzia de palavras. Outros dizem que com muita sorte ele não te escolhe pra nada. Eu já conversei com ele uma vez. Foi bacana. Principalmente porque ele falava de um assunto e eu de outro, completamente diferentes.

Outro dia cruzei um boteco aqui do lado de casa, onde havia uma banda tocando, e ele estava no meio da pista, pulando ao lado da amiga careca roqueira. Continuei meu trajeto e passei em frente ao La Liberté. Olhei pra dentro com o rabo do olho, como quem olha de soslaio para uma exposição de arte contemporânea marginal, e vi uma figura familiar. Parei e focalizei melhor. Era o albino, pulando ao som de Amy Winehouse ao lado da roqueira careca. Esfreguei o olho e ele sumiu novamente. Pisquei e ele surgiu ao meu lado. Entrei, pedi dois chopes e dei um pra ele, que bebeu e desapareceu mais uma vez.

(Encontrado em http://cheriaparis.blogspot.com/2010/04/o-albino.html).

(Malcolm McLaren, Catherine Deneuve e Paris só poderiam resultar em canção podre de chique!)

sábado, 10 de abril de 2010

TECNOLOGIA PARA INCLUSÃO

Controle eletrônico garante autonomia das pessoas com deficiência dentro de casa
09/04/2010
Com sistema inovador capaz de controlar até 24 equipamentos eletrônicos, a novidade será apresentada na IX REATECH
Altair Albuquerque


Aparentemente parece ser um controle comum, mas a funcionalidade do controle Agillize Home vai além dos tradicionais. Nele, existe a possibilidade de controlar até 24 equipamentos eletrônicos de uma só vez, ou seja, atender telefone, fechar ou abrir a porta, ligar as luzes, tudo ao simples toque de botões que acionam o sistema central.
O sistema foi desenvolvido pelo engenheiro de software, Bruno Viana, Cadeirante há um ano. Ele desenvolveu a tecnologia pensando em promover a acessibilidade e principalmente a comodidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. A invenção será apresentada durante a 9º edição da Reatech (Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade), que acontecerá entre os dias 15 e 18 de abril no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo.
Além da exposição de produtos, a Reatech contará com uma extensa programação de artes cênicas e grupos de dança compostos por artistas com deficiências; atividades de Pet e Equoterapia; galeria de arte; parque infantil adaptado; quadras adaptadas para a prática de esportes; test-drive de carros adaptados, de cadeiras de rodas motorizadas e scooters; palestras, congressos médicos, seminários e atividades abertas ao público entre outras atrações.
No Brasil, aproximadamente 15% da população possui alguma deficiência e cerca de 500 pessoas todos os dias adquirem algum tipo de deficiência. É dentro deste cenário que o setor de produtos e serviços para reabilitação movimenta cerca de R$ 1,5 bilhão no País, sendo R$ 200 milhões só com vendas de cadeiras de rodas e mais de R$ 800 milhões em automóveis e adaptações veiculares.
Informações sobre a próxima edição estão disponíveis no site
www.reatech.tmp.br ou pelo fone (11) 5585-4355.
SERVIÇO
Reatech - IX Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade
Local: Centro de Exposições Imigrantes - Rodovia dos Imigrantes Km 1,5 - São Paulo (SP) Dias 15 a 18 de abril Horário: quinta e sexta das 13h às 21h; sábado e domingo das 10h às 19h Mais informações:
www.reatech.tmp.br ou pelo telefone (11) 5585-4355
Entrada gratuita
OBS: Também será oferecido diariamente transporte gratuito (ida e volta), saindo da Estação Jabaquara do Metrô (Rua Nelson Fernandes, 400 - ao lado do terminal de ônibus)

(Encontrado em http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi&parametro=28544)

(


COMBATENDO A HOMOFOBIA

PROJETO DE LEI DO DEP CARLOS GIANNAZI OBRIGA QUE AS FORÇAS POLICIAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO TENHAM FORMAÇÃO EDUCACIONAL DE COMBATE A HOMOFOBIA

PROJETO DE LEI Nº 307, DE 2010
Dispõe sobre a obrigatoriedade da disciplina de combate à homofobia no conteúdo curricular dos cursos de formação de Policiais Civis e Militares e Bombeiros Militares no estado de São Paulo.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO DECRETA:
Artigo 1º - Os cursos de formação inicial ou permanente de policiais civis, policiais militares, policiais rodoviários, bombeiros militares, bem como dos escrivães e dos delegados da Polícia Civil do Estado de São Paulo deverão conter em seu conteúdo programático os temas Relações de Gênero e Combate à Homofobia.
Parágrafo único - Homofobia, para efeito desta lei, deve ser entendida como toda e qualquer forma de discriminação, prática de violência, física, psicológica, cultural e verbal, ou manifestação de caráter preconceituoso contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais por motivos derivados de sua orientação sexual.
Artigo 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICATIVA
A 1º Conferencia Nacional de Educação-CONAE, de março de 2010, aprovou indicação para que os temas sobre orientação sexual e homossexualidade deverão fazer parte dos livros didáticos e das discussões nas salas de aula de todo o país. No Estado de São Paulo, o Poder Executivo publicou no mês de março, em Diário Oficial, 3 (três) decretos em favor da população LGBTT: a) Instituindo o Conselho Estadual dos Direitos da População LGBTT, órgão consultivo e deliberativo (Decreto 55.587/10); b) decreto dispondo sobre o tratamento nominal das pessoas transexuais e travestis nos órgãos públicos do estado, assegurando o direito à escolha do nome pelo qual deseja ser chamada, nos atos e procedimentos, promovidos no âmbito da administração direta e indireta (Decreto 55.588/10) e c) decreto que regulamenta a Lei 10.948/2001 que dispõe sobre penalidades a serem aplicadas à prática de discriminação em razão de orientação sexual (decreto 55.589/10). Em 2007, apresentamos o projeto de lei nº 579, que cria o Dia Estadual da Visibilidade Lésbica no Estado de São Paulo,e o projeto de lei de nº509 que determina abordagem de conteúdos da temática LGBTT- Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros, na última série do ciclo I e em todas as séries do ciclo II do Ensino Fundamental das Escolas Públicas Estaduais do Estado de São Paulo, e o de nº508 que autoriza o poder executivo a criar a Coordenadoria em defesa dos Direitos da Comunidade LGBTT, que é realidade hoje no estado. O projeto de lei que agora apresentamos justifica-se, fundamentalmente, em razão da discriminação que persiste contra pessoas com orientação sexual diversa à heterossexualidade, sobretudo no que diz respeito à abordagem que ainda é feita por parte do conjunto das autoridades: as lamentáveis e homofóbicas atitudes violentas originadas nas ações de policiais militares que agrediram. Há registros tristes desses episódios, em 2008 e 2009, por exemplo, nas duas edições da PARADA GAY DE SANTO ANDRÉ, município da grande São Paulo. Valendo-se do princípio da igualdade, consagrado na Constituição Federal, este projeto de lei tem o objetivo de combater uma realidade que não pode ser escamoteada, sob pena de fecharmos os olhos para uma espécie de violência que se manifesta silenciosa na sociedade, muitas vezes sob a conivência e, até mesmo, com a cumplicidade de gestores públicos. Esta proposição fundamenta-se, portanto, na crença na pluralidade, aceitando as diferenças entre os seres humanos, suas idéias, sentimentos e credos, acreditamos que podemos caminhar juntos na construção de um mundo sem preconceito e discriminação em relação á orientação sexual das pessoas hoje.
Encaminhamos, pois, aos nobres colegas desta casa de leis este projeto, na esperança de que tenhamos forças juntadas nesta luta.