quinta-feira, 29 de novembro de 2012

CAÇA E CAÇADORES

Um caçador matou o cervo albino da foto, numa cidade norte-americana. A caça é liberada lá, mas havia um acordo entre os habitantes de não matar os animais albinos ou branquinhos. Mas, um forasteiro, desconhecendo o pacto, fuzilou o animal. Agora, todo mundo está bravo com eles, mas ninguém tem pena dos demais cervos. Vai entender o bicho-homem, eita!
http://www.foxnews.com/us/2012/11/27/legal-shooting-albino-deer-angers-wisconsin-residents/?test=latestnews

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

DESABAFO ALBINO

Contundente relato anônimo de preconceito duma pessoa afro-descendente com albinismo. Achei num site chamado Desabafa

Tenho 2 irmãos e a minha família é toda negra, sou o único albino da família, sempre fui aceite e amado e nunca me senti diferente em casa por ser albino. Contudo fora de casa já não se pode dizer o mesmo, sou vitima de racismo e bullying na escola, mesmo assim tenho amigos mas nunca consegui arrumar uma namorada e ainda sou virgem. Os meus pais dizem para eu não ligar que acaba por passar mas acho que o racismo vai perseguir-me a vida toda. Já fui varias vezes roubado no meu bairro e sou muito maltratado pelos negros, chamam-me aberração, porque é que os negros são mais racistas que os brancos? Na minha família sempre ouvi dizer que os brancos eram mais racistas que os negros mas acho que é o contrário, os brancos são muito mais tolerantes e compreensivos embora também me estranhem, estou farto de ser vitima de racismo e discriminado por ser albino, não é justo sou uma pessoa igual a qualquer outra.
http://www.desabafa.com/2012/sou-albino-e-vitima-de-racismo/

AGILIZANDO

Lei fixa prazo de 60 dias para início do tratamento de pacientes com câncer

Pacientes com neoplasia maligna (tumor maligno) deverão iniciar o tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) no prazo máximo de 60 dias, contados a partir do diagnóstico. É o que prevê a Lei 12.732, publicada hoje (23) no Diário Oficial da União.

O projeto foi aprovado em outubro deste ano pelo Senado e tem o apoio do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Para o diretor-geral do órgão, Luiz Antônio Santini, a iniciativa vai melhorar a eficácia da prestação de serviços no tratamento da doença.

De acordo com a publicação, o prazo de 60 dias será considerado cumprido quando o tratamento for efetivamente iniciado, seja por meio de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Em casos mais graves, o prazo poderá ser inferior ao estabelecido.

Pacientes acometidos por manifestações dolorosas consequentes de tumores malignos terão tratamento privilegiado no que diz respeito ao acesso a prescrições e a analgésicos opiáceos e correlatos.

O texto prevê ainda que a padronização de terapias contra o câncer, cirúrgicas e clínicas, deverá ser revista, republicada e atualizada sempre que se fizer necessário, para que se adeque ao conhecimento científico e à disponibilidade de novos tratamentos.

Estados brasileiros que apresentarem grandes espaços territoriais sem serviços especializados em oncologia deverão produzir planos regionais para a instalação desse tipo de unidade. O descumprimento acarretará penalidades administrativas a gestores direta e indiretamente responsáveis.

A lei entra em vigor 180 dias após sua publicação.

http://www.istoe.com.br/reportagens/256054_LEI+FIXA+PRAZO+DE+60+DIAS+PARA+INICIO+DO+TRATAMENTO+DE+PACIENTES+COM+CANCER

terça-feira, 27 de novembro de 2012

ALBINO INCOERENTE NA COJOSB

Domingo à noite, conversei com o grupo de jovens da igreja São Benedito (COJOSB), aqui em Penápolis.
Falamos sob re albinimso, bullying, religião, meu livro e mais.
Foi uma delícia, porque esses meninos e meninas são engajados, simpáticos , enfim, sangue bom.
Obrigado pelo convite, Rodolfo Crepaldi.


TELINHA QUENTE 60/TELONA QUENTE 65

Roberto Rillo Bíscaro

Já vi diversos documentários sobre cine de horror, gênero do qual gosto deveras. Destarte, quando soube da trilogia da BBC intitulada A History of Horror (2010), providenciei-a e a passei na frente na monumental fila de meus HDs externos.
O ator Mark Gatiss expõe as regras do jogo logo de cara. O critério de seleção é assumidamente seu gosto pessoal. Por isso, o título Uma História... Tendenciosa, a escolha lhe permite fazer afirmações a meu ver disparatadas, do tipo “o gênero horror foi o que melhor usou os recursos de som e imagem”. Claro que isso também coloca pontos de interrogação em muito das informações supostamente fatuais. Alertados, resta-nos mergulhar nas imagens de arquivo, conversas com atores e diretores, visitas a sets de filmagem e locações do que ele considera a nata do terror.
O primeiro capítulo, Frankenstein Goes to the Movies, aborda produções mudas e a febre de adaptações e derivações de Drácula, Frankenstein, Dr. Jeckyl e Mr. Hyde, que assustaram plateias durante a Grande Depressão trintista.
Ficamos sabendo de fofoquinhas como o escritor F. Scott Fitzgerald ter vomitado seu almoço ao voltar ao refeitório do estúdio e se deparar com parte do elenco de Freaks (1932), composto por pessoas com deficiência que faziam shows em circos. Não me surpreendeu a reação do autor do Grande Gatsby.

Também me toquei sobre a origem dum estratagema supercomum em filmes de terror. O diretor constrói uma situação de crescente tensão pra nos assustar com algo perfeitamente inócuo. Segundo Gatiss, esse truque tornou-se arroz de festa a partir do eroticamente carregado Cat People, de 1942 (A Marca da Pantera, refilmado em 1982, com a então musa Nastassja Kin(s)ky).
Essa parte termina no início dos anos 50, quando a febre de bilheterias foi os meus amados filmes de ficção-científica envolvendo discos voadores e animais agigantados atomicamente.
Home Counties Horror cruza o Atlântico e explora a influência e popularidade do horror britânico de baixo custo da Hammer e depois da Amicus. Gatiss confessa que talvez seja seu período predileto. Entendo-o bem: parte de minhas memórias infanto-juvenis é ficar em frente á TV até de madrugada vendo aqueles filmes que continham 3, 4 histórinhas de terror (da produtora Amicus) ou as mesmas caras e cenários dos filmes do Drácula, de Christopher Lee.
Indo de meados dos anos 50 até a primeira metade dos 70, a segunda parte do documentário alude á influência britânica no italiano Mario Bava, mas a ênfase recai sobre as adaptações de obras de Edgar Allan Poe, no início dos anos 60, pelo norte-americano Roger Corman.
O horror inglês- que sucumbiu à nudez gratuita, segundo Gatiss – encontra seu último rasgo de criatividade com o miniciclo de folk horror, de início dos 70’s. Um punhadinho de produções passadas no campo inglês traz comunidades seguidoras de ancestrais rituais pagãos: basta lembrar o cultuado Homem de Palha (1974). E eu que comi barriga por anos e não fizera a conexão entre esse ciclo e a popularidade do prog folk? Lembram quando escrevi sobre o Gryphon?
O documentário não fala, mas se fizermos o 2 + 2 necessário também notaremos o reacionarismo dessa corrente cinematográfica que usa muito do visual e da ideologia da geração do amor livre pra representar comunidades “anticristãs”, por conseguinte, más.

A trilogia encerra com The American Scream e a retomada do ce(n)tro do horror pelos EUA. Depois de tirar o chapéu pra psicose hitchcockiana, o documentário mergulha no fértil período de fins dos anos 60 a fins dos 70.
George A. Romero e sua crítica social via filmes de zumbi. A supremacia do demônio – levando a melhor – numa década assombrada por escândalos, previsões de cataclismos naturais e derrota num ianque num pequeno país asiático. A criação do primeiro “herói” de terror não inspirado em literatura: Leatherface, d’O Massacre da Serra Elétrica (1974).
Contando com nicho específico de fãs, que fazem convenções e têm sua própria rede de disseminação de informações, o gênero horror não necessita apenas de produções de grandes estúdios, mas pode contar com eficiente mercado independente, que, por sua vez, alimentará o mainstream com jorros de novas idéias. Mais ou menos o caso que relatei semana passada, do veterano Barry Levinson dirigir The Bay (leia aqui).
Pra Mark Gatiss, a hemorragia criativa do horror tornou-se filete a partir de 1978, depois do influente, Halloween, de John Carpenter (prefiro Jason Voorhees, mas não posso discordar que Michael Myers tem importância histórica maior. Grrrrr!). Ele reconhece que ocasionalmente algum filme de horror traga laivos de originalidade, mas não enxerga um movimento. Fora do eixo anglo-norte-americano, o Japão, México e a Espanha são citados. Mas, só.
Mesmo esse terceiro jorro criativo é relativizado, quando o documentarista afirma que seu legado foi uma geração de filmes que quer mostrar a tortura apenas pela tortura, gore por gore. Concordo que os pares de Jogos Mortais (2004) sejam mecânicos e chatos, mas dizer que há 3 décadas o cine de horror não vive onda criativa, quando antes há cada 10,15 anos ele enxergou uma, pode ser sinal de ranhetice.
A History of Horror tem o mérito de amar seu objeto de análise, o que o torna indispensável pra neófitos e/ou sazonados fãs que adoramos espiar o que não devíamos!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

CAIXA DE MÚSICA 83

Roberto Rillo Bíscaro

Ao resenhar os 2 primeiros álbuns da dupla canadenseCrystal Castles, predisse que tinham potencial pra se livrar da provável “maldição” que seu álbum de estreia engendrasse. O som de guerra de vídeo game era muito marcante e criativo, mas o segundo trabalho indiciava que poderia ser subsumido. E o foi, com distinção e louvor em Crystal Castles III, lançado este mês.
O som de baixa fidelidade das geringonças eletrônicas made in algum lugar da Ásia deu lugar a uma electronica perturbadoramente gelada, melancólica, assustadora e distópica na maior parte do tempo.
A luta que a voz quase sempre digitalmente tratada de Alice Glass trava com a avalanche sintetizada é um estudo de caso pra analistas das relações sociais no capitalismo tardio dentro da forma musical.
Os guinchos cedem espeço pruma tentativa de humanização vocal. Às vezes, Glass soa como fadinha, ainda que deprimida. Em Kerosene, ela promete docemente que protegerá o ouvinte de tudo o que ela viu. Raro momento em que a letra pode ser facilmente decifrada. Mas, o teclado grave e ameaçador nos faz duvidar de que consiga cumprir o prometido.

Essa tensão entre vocal e tecnologia desumanizadora atinge o ápice em Insulin, vinheta sincopada de electro-noise, onde a voz de Glass está incrustrada na barulheira. Ela tenta sair e o resultado é ouvirmos estilhaços dum vocal soterrado em bits amedrontadores.
Essa terceira encarnação está menos barulhenta, mas atente pro estouro da barragem sônica no fim de Wrath of God. Parece que a onda de detritos noise vem na direção dos ouvidos. E traga o vocal sintetizado de Alice. Deve ser a ira de Deus do título.
Em 2 momentos, o Crystal Castles consegue fazer canções dance pralguma discoteca alienígena. Sad Eyes é pra bater cabelo, mas a gente imagina uma pista compartilhada com espíritos de robôs descartados. Violent Youth cairia bem numa rave intergaláctica, com companheiros de dança de distantes andrômedas.
O encerramento soa como uma canção de ninar. Linda. Delicada. Humana. Humana? O título é Criança, Machucarei Você.
O produtor Ethan Khat e a vocalista Alice Glass estão compondo a trilha sonora eletrônica de muito desse época, onde a falsidade humanista do “todos e todas” abre discursos opressores.
Eletrônica modelar e fundamental pra entender a pós-modernidade.

domingo, 25 de novembro de 2012

KIBE ALBINO

Piada albina no site de humor Kibe Loco
Pra ver maior, acesse:
http://kibeloco.com.br/2012/11/23/kibe-loco-2030-parte-39/ 

MELHOR PREVENIR

Prevenção é a melhor medida
Campanha de combate ao câncer de pele pretende atingir mil e quinhentas pessoas na Capital cearense

Nas consultas, é feita uma análise detalhada para detectar o problema precocemente e tratar logo Foto: Viviane Pinheiro

Cerca de 600 pessoas eram esperadas para atendimento no Centro de Referência Nacional em Dermatologia Sanitária Dona Libânia, no Centro de Fortaleza, neste sábado, quando aconteceu a 14ª Campanha Nacional de Combate ao Câncer de Pele. Lá, as consultas foram realizadas de 8 às 14 horas. Além dessa unidade de saúde, o mutirão ainda envolveu o Hospital Geral de Fortaleza e o Hospital Universitário Walter Cantídio. A previsão é atingir 1.500 pessoas no Ceará.

Segundo a diretora técnica do Centro de Referência Nacional em Dermatologia Sanitária Dona Libânia, Araci Pontes, no ano passado, cerca de 12% dos que procuraram o hospital tiveram diagnóstico de câncer de pele.

Tipos de câncer
Segundo Araci Pontes, os tumores com maior incidência na pele são os melanomas e os carcinomas basocelulares (CBC). "Geralmente, os melanomas são os mais perigosos e apresentam sinais que coçam e mudam seu aspecto com o tempo, porque se não forem tratados podem se espalhar para outros órgãos do corpo e levar o paciente a óbito. Enquanto o CBC, que se manifesta na maioria das vezes por verrugas, pode ser tratado com crioterapia ou cirurgia e não oferece o risco de metástase".

Há quatro anos, a dona de casa Ivonete Mendonça Paulo, de 58 anos, foi diagnosticada com o CBC. "Não posso tomar sol e tento usar ao máximo calças compridas e blusas com mangas longas. Mas nem sempre uso protetor solar, porque me esqueço. Já fiz crioterapia, mas vou ter que fazer um tratamento porque minha pele está inflamada", diz.

Araci Pontes também ressalta a importância de se fazer o autoexame. "Os melanomas nem sempre aparecem em locais expostos ao sol. Podem surgir nas costas, na planta do pé, por isso é tão importante que a pessoa faça o autoexame regularmente", explicou a diretora.

Já o aposentado José Ribeiro de Lima, de 63 anos, por ser albino, utiliza protetor solar duas vezes por dia e consulta um dermatologista regularmente. "Tomo cuidado porque peguei muito sol quando eu era mais novo, porque trabalhava na agricultura", conta.

A dermatologista ainda chama a atenção para o cuidado extra que os albinos devem ter com a pele. "Por não produzirem melanina, eles estão mais expostos ao câncer", ressalta.

KELLY GARCIA

REPÓRTER
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1206809

DOCUMENTAL EN ESPAÑOL

Acrescentei a meu canal no You Tube um documentário de 50 minutos sobre o assassinato de albinos na Tanzânia. Em espanhol.
Documental sobre los asesinatos de personas albinas en algunas regiones del continente africano. En español.  

sábado, 24 de novembro de 2012

CELEBRANDO LARRY HAGMAN/JR EWING

Leitores regulares sabem que sou fã de DALLAS.  Amor instantâneo, desde o primeiro episódio, assistido quando a Globo exibiu a série.
Meu personagem favorito foi determinado também no primeiro episódio: JR Ewing. Mais detalhes de minha paixão por DALLAS podem ser lidos aqui.
Certo que Larry Hagman tinha a vantagem de ter sido o Major Nelson, de Jeannie é um Gênio, que me divertia quando criança. Mesmo que não houvesse essa pré-existente empatia, JR seria meu preferido.Sua vilanice de olhos azuis e sorriso enorme, enquanto apunhalava os próprios pais, me eletrizavam. Eu e o planeta - nos anos 80 todo mundo amava odiar JR Ewing. Eu não odiava...
Larry/JR faleceu em Dallas, onde gravava a segunda temporada da reedição bem-sucedida da série. Deve ter partido feliz, no topo de novo, já que DALLAS teve altos índices de audiência e o ator era adulado pela mídia outra vez. Não se brincava com JR Ewing/Larry Hagman!
Nós, fãs, estamos desolados, parece que perdemos alguém que conviveu conosco a vida toda. De certa forma, viveu mesmo. Aquela ilusão da proximidade televisiva.
DALLAS não será a mesma sem Hagman. Li que os produtores matarão JR. Não há como substitui-lo; a personagem era icônica. E a ênfase do DALLAS 2.0 é a nova geração.
Larry/JR viveu intensamente e alegrou/enfureceu milhões.
Os Ewings povoarão meu DVD ou o que for até que eu também parta.
Obrigado, Larry. Tenho uma teoria, que, se não é psicologicamente válida, serve pra mim: JR descontava simbolicamente o bullying que enfrentei na adolescência.
Te amo.
   

ESCOLHI SER ALBINO NA FUNEPE

Dia 22, lancei minha autobiografia Escolhi Ser Albino, na Fundação Educacional de Penápolis. Tenho muito carinho pela instituição, uma vez que me graduei e lecionei lá.
Agradeço pela acolhida com faixa de parabéns e tudo!
  
Noite de reencontro com ex-alunos, como a Danielly Tavares
Obrigado!
A Livraria Sofia comercializou meus livros. 
Eder Granato, Presidente da Fundação, Laerte da Silva, diretor financeiro e Cledivaldo Donzelli, secretário municipal de educação
Roseli Granato
Segurando a agenda 2013, da FUNEPE, que ganhei da Dra. Fabiana Ortiz, coordenadora pedagógica. 
Na fila da frente, minhas queridas Tereza Pastore e D. Mafalda Monteiro. 

CREPÚSCULO ALBINO

Um amigo me contou que o filme mais recente da saga Crepúsculo tem um vampiro albino. O branquelo Noel Fisher foi albinizado e os olhos avermelhados pra representar vez mais o estereótipo das pessoas albinas nas telonas. Já li que a personagem acrescentou "estranheza" ao filme.
Em princípio, nada contra ter albinos vilões e afins, o que cansa é que isso é uma espécie de regra. Quer uma personagem "estranha"? Que tal um albino?! O efeito cumulativo é o problema, porque a falta de personagens albinas em situações corriqueiras de vida mantém concepções falsas a nosso respeito e nos relega quase sempre á condição de gente exótica dotada de características "especiais".
Por que mais diretores não seguem o exemplo de Guilherme Motta e de seu telefilme Andaluz, que apresenta um albino de verdade como protagonista, vivendo situações bastante realistas?
Essa insistência na albinização de atores pigmentados e no uso de nossa imagem principalmente em situações extravagantes tem um cheiro muito forte de exploração.
Albinos "mágicos"? Tudo bem, não queremos isenção, mas contrabalancem com alguma representação mais positiva, né?
Cadê nossos novelistas, que se dizem tão atentos e preocupados com causas sociais?

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

DEFICIENTES E MERCADO DE TRABALHO

Estigma atrapalha deficiente no trabalho, diz secretário

Mostrar às pessoas com deficiência a importância de entrar no mercado de trabalho foi um dos desafios destacados nesta segunda-feira pelo secretário de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), Antonio José do Nascimento Ferreira, no 2º Encontro Nacional do Programa de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social à Qualificação Profissional e ao Mundo do Trabalho (BPC Trabalho).
De acordo com ele, a ideia de que pessoas com deficiência não devem trabalhar, mas receber benefícios, tem de ser superada. "Temos de fazer essas pessoas entenderem que podem entrar no mundo do trabalho, ter autonomia, ser protagonistas e contribuir para o País. Por que a pessoa com deficiência não pode trabalhar, só ficar em casa recebendo benefício? Essa é a visão que grande parte da sociedade tem."
No encontro, foram feitas avaliações sobre os obstáculos à implementação do programa, criado em agosto de 2012, que está em fase de experimentação em alguns municípios como São Paulo, Belém, Campo Grande, Fortaleza, Porto Alegre e Teresina.
O BPC Trabalho é um programa de medidas de capacitação da mão de obra de pessoas com deficiência entre 16 e 45 anos beneficiárias do Beneficio de Prestação Continuada (BPC) com dificuldade de acesso ao mercado de trabalho. Até março de 2012, o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome registrou 3,6 milhões de pessoas beneficiárias do BPC, das quais 1,9 milhão tem deficiência.
Atualmente, recebem o BPC no valor de um salário mínimo (R$ 622) por mês idosos e pessoas com deficiência, de qualquer idade. Para ter acesso ao benefício, a pessoa ainda tem de comprovar não ter meios para garantir o próprio sustento e renda mensal familiar inferior a um quarto do salário mínimo cerca de R$ 155.
A proposta do BPC Trabalho é viabilizar que a pessoa continue recebendo o BPC enquanto estiver se qualificando para entrar no mercado. No caso de contratação para aprendizagem, o benefício deve continuar sendo pago por até dois anos. Se a pessoa perder o emprego em qualquer momento, pode voltar a receber o benefício cessado anteriormente devido a contrato de trabalho, independentemente do motivo do fim do vínculo empregatício.
Segundo a diretora do Departamento de Benefícios Assistenciais da Secretaria Nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social, Maria José de Freitas, não basta proporcionar a entrada das pessoas com deficiência ao mercado de trabalho, mas é preciso ampliar as condições de acesso e de permanência no emprego. "Não podemos vislumbrar somente o emprego, mas possibilitar que essas pessoas façam parte do mundo social, se sentir um ser útil."
De acordo com a diretora, a oferta e a promoção de serviços adequados, a capacitação de profissionais para lidar com deficiências e a acessibilidade dos espaços físicos são iniciativas que podem viabilizar a implementação do BPC Trabalho. Maria José ainda enfatizou que devem ser formatadas propostas normativas que adequem o recebimento do BPC à renda do trabalho ou da aprendizagem possivelmente, aumentando o teto permitido para receber o benefício.
A coordenadora-geral de Desenvolvimento e Monitoramento de Programas Educacionais e Tecnológicos da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Nilva Schroeder, explicou que as ações do BPC Trabalho têm de ser voltadas ao êxito, pois qualificação não é sinônimo de empregabilidade.
"As pessoas das quais estamos falando têm histórico de educação precarizada. Se não criamos as condições, teremos um histórico de frustração, tanto para o sujeito quanto para nós, que não veremos os resultados das nossas ações. Tem de ser feita uma inserção socioprofissional", informou Nilva.

http://invertia.terra.com.br/terra-da-diversidade/noticias/0,,OI6314694-EI17840,00-Estigma+atrapalha+deficiente+no+trabalho+diz+secretario.html 

PAPIRO VIRTUAL 42

Prometeu foi o titã que compensou a fragilidade humana presenteando-nos com o fogo, roubado aos deuses. Ao nos proporcionar o elemento, deu-nos a capacidade de desenvolver tecnologia. Se não tivesse sido condenado por Zeus aos grilhões caucasianos e a ter o fígado devorado por ave de rapina diariamente, poderia ser o deus do atual empreendedorismo.
Através de Hesíodo e Ésquilo, os Românticos elegeram Prometeu como herói, pela sua pró-atividade, obstinação e individualismo que repercute no coletivo. Basta como exemplo o romance Frankenstein, de Mary Shelley, cujo título alternativo é The Modern Prometheus.
Seguindo a fase de leituras gregas, reli Prometeu Acorrentado, cuja autoria esquiliana vem sendo contestada desde o século XIX. Traços estilísticos fazem supor que a tragédia tenha sido escrita depois da morte do ilustre tragediógrafo. Há quem diga que o Ésquilo em questão possa ser seu neto.
Embora quase nada aconteça em cena – uma vez que apenas temos pessoas visitando o acorrentado benfeitor da humanidade – uma grande diferença pode ser notada em comparação com a maioria das obras sobreviventes de Ésquilo: o papel minimizado do coro. O oposto do que vemos n’Os Persas e n’AsSuplicantes.
Ésquilo criou um Prometeu injustiçado por Zeus, a quem ajudara na luta contra os titãs, mas que conhece o segredo de quando o próprio senhor do trovão será destronado por um filho. Paciente, Prometeu sabe que se revelar o segredo perderá seu único trunfo contra o tirano Zeus. Além do mais, nosso herói sabe quem o libertará (Hércules), por isso, resistirá estoicamente à arbitrariedade do chefe dos deuses.
Prometeu Acorrentado adverte sobre a transitoriedade dos governos – ditatoriais ou não. Infelizmente, a peça ainda consegue reverberar o horror da tortura, 25 séculos após sua escrita. Até quando?

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

TELONA QUENTE 64


Roberto Rillo Bíscaro

E não é que o veterano Barry Levinson decidiu modernizar a carreira e levar ao grande público um subgênero dos filmes de terror já consagrado entre os fãs? O oscarizado 70tão dirigiu filmes como Bom Dia, Vietnã e resolveu tentar  a sorte numa daquelas histórias compostas por material supostamente resgatado após evento catastrófico.
O recém-lançado The Bay pode não ser obra-prima, mas cumpre eficientemente seu papel de tensor, além de demonstrar que Levinson sabe manejar a linguagem rápida e organizar a cacofonia de imagens e sons de “cinegrafistas amadores”.
Nos anos 70, esteve em voga uma espécie de onda de ecoterror, onde animais endoideciam devido a algum desarranjo ambiental. Nos anos 50, a energia atômica os agigantava; a partir dos 70, passaram a devorar humanos como consequência de nosso desrespeito pela natureza.
The Bay combina isso com o mundo pós-Wikileaks e nossa ilusão de termos acesso a tudo. Uma baía no estado de Maryland atinge tal grau de poluição, que micro-organismos deixam de ser minúsculos e começam a devorar todo mundo, de dentro pra fora. No 4 de julho de 2009, centenas de habitantes são dizimados. Abafado pelo governo, o caso vaza 3 anos depois graças à internet. Se temos acesso a tudo, por que e como a carnificina foi tão bem encoberta?
The Bay combina diferentes tipos e qualidades de imagem e som: ligações pro 911, câmeras digitais, de celulares, de estabelecimentos comerciais e traz acessos ao Google e ao You Tube. Gritos e pedidos de socorro sem imagem, transcrições de conversas telefônicas do serviço de emergência, câmeras que param de funcionar só na hora que seu proprietário se ferra.
A tensão é sempre crescente, porque nunca sabemos que tipo ou qualidade de imagem e som virá em seguida ou qual cena chocante – ou não- de nojeira (sub)cutânea aparecerá em nossa fuça.
The Bay é do bem e me deu uma baita vontade de voltar a Baltimore (em Maryland) pra comer os deliciosos crabcakes feitos por lá, talvez pescados na baía do filme. 

MESTRE FULA ESCREVE

Quase sem palavras ao ler a resenha de Escolhi Ser Albino, escrita pelo Prof. Dr. José Fulaneti de Nadai, publicada hoje no Diário de Penápolis.
Ler que uma de minhas inspirações intelectuais acha invejável o meu manejo da língua me fez corar.
Só mesmo Mestre Fula pra pôr cor numa cara albina!

“Não somos especiais, somos diferentes”
Comentar um livro não é fácil. Mais difícil ainda é comentar um livro bom. Então, me escondo à sombra da síntese, exigida pelo jornal, para, ilusoriamente, disfarçar minha fraqueza. Na noite de 26 de outubro passado, Roberto Rillo Bíscaro nos brindou com os autógrafos de sua autobiografia Escolhi ser albino, obra que saiu pela Editora da Universidade Federal de São Carlos. Livro autobiográfico, cobra atenção do leitor, uma vez que um terço de suas páginas parece girar em torno da condição do imigrante na nova terra. Parece, porque seu eixo temático trabalha firmemente e sem titubeio a questão da "diferença": Não somos especiais, somos diferentes, p.81, frase-título deste artigo.
Tema moderno por excelência, ou melhor, pós-moderno, como se prefere qualificar hoje, foi tratado com muita perspicácia pelo autor. Traçando a história dos imigrantes em nossa região, dentre os quais seus ascendentes, revela as condições socioeconômicas que enfrentaram, sempre às voltas com as crises e a pobreza. Mas o que ele procura mesmo é rastrear a marcha de um gene recessivo, o gene do albinismo que, silente durante anos, às vezes dá o ar de sua alva graça depois de permanecer invisível no meio dos outros genes, p.20. A "alva graça" desse gene leva o autor a desenvolver uma leitura lúcida, com forte apoio nas técnicas da História Oral, da economia da região, monocultura baseada na ilusória promessa do cafezal, que enlaçava um pequeno núcleo urbano.
Até a crise de 1929, certas famílias fizeram algum progresso; depois as dificuldades começaram. A solidez vai se revelando falsa aparência e a diáspora é inevitável: a capital e o Paraná são as preferências. Em 1 952, a família muda-se para São Paulo: seus pais, seu Izaltino e dona Neia, levam consigo, além de um casal de filhos, o sonho dourado de lavradores e trabalhadores em pequenas cidades interioranas. Mas, o que para alguns foram anos dourados, para eles e a maioria da pobreza foram anos foscos. Novo espaço, problemas novos: Frio, fome, tristeza, carência e exaustão.p.48. Essa frase poderia resumir tudo o que sofrem os pobres, material e psicologicamente, sem disso estarem esclarecidos: Sentir é quase sempre mais poderoso do que compreender... p.41. Mas aquilo que atinge o leitor como uma bofetada, que dói no fundo da alma, é a parte de uma frase que diz: entre o querer bem e o não poder querer,p.67, confissão feita mais tarde pela mãe, aos prantos, ao "estorvo", que nascera no dia 24 de janeiro de 1 967.
Além de revelar, simpaticamente, o espírito de cooperação e solidariedade entre os pobres, o livro põe em evidência o desarranjo que esse gene provoca entre os que não dispõem de recursos materiais. Assim se explica a análise socioeconômica que faz o narrador com tanto brilho.O menino albino inicia a escola primária em 1974; em julho de 1976, a família volta para Penápolis. Na escola, tanto em São Paulo como aqui, o menino comeu o pão que o diabo amassou, como vítima de toda ordem de preconceito, levando-o a desenvolver forte sentimento de inferioridade. O chamado "bullying" funcionou sem misericórdia. Mas com a participação em teatro escolar, começa a se expor com mais confiança e a ser visto de forma diferente.
Jovem de determinação e garra, de 1990 a 2006, faz o curso de Letras na Funepe, onde depois passa a lecionar, conclui o mestrado e o doutorado na USP e goza de grande respeito como professor de inglês no curso de Mr. John. Pelo travo amargo da experiência pessoal, essa é a grande lição que ele passa a todos aqueles que sofrem não só de albinismo, mas também de outras formas de manifestação da diferença. Em 2009, com a fundação do "Blog do Albino Incoerente", o Robert se torna, mais que merecidamente, uma figura pública na grande mídia, em palestras e agora com este belo livro. Hoje, ele tem uma causa e luta por ela de maneira invejável: a causa da diferença. Com isso, talvez fique explicado o título de Escolhi ser albino. Repercorrendo a estrada sofrida na infância e juventude, pôde afirmar esta coisa extraordinária: O aquilatamento do processo mimetiza a dimensão alargada dos objetivos. Se antes o fazia por motivos individuais, agora as razões são coletivas. Mesmo encontrando claramente o sentido social de sua luta, sua importância coletiva, por baixo da escrita ouvimos ainda, sufocado, o murmúrio da amargura vivida pelo autor. Talvez seja ela responsável pela grandeza deste grande livro, que se alicerça num tripé: a visibilidade da riqueza temática, o correto e invejável manejo do idioma, e a força literária nas formas discursivas. 
Os lugares ideais deste grande livro são, basicamente, as bibliotecas das escolas de ensino básico de todo o país. É preciso que o Ministério da Educação o descubra e perceba logo que sua discussão pelos estudantes terá efeito maior que qualquer palestra. Aprenderão, através da arte, a superar os preconceitos herdados e postos em prática.   
http://www.diariodepenapolis.com.br/artigos.php?codigo=1916

terça-feira, 20 de novembro de 2012

DIFERENÇA ANIMAL

Foférrimos a mamãe e o/a filhinho(a), né?
Geralmente é assim, pais albinos/não albinos e filhos não-albinos/albinos.
É o mundo da diferença. 

TELINHA QUENTE 59


Sob pena de repetição, terei de escrever que Modern Family é excelente. A melhor sitcom no ar, desde sua primeira temporada.
Acabo de ver a terceira e tenho resenhado cada uma (leia sobre a primeira aqui e sobre a segunda aqui). Sempre satisfeito com o que vi. Veremos até quando dura (a série e sua alta qualidade).
Sorri mais do que ri nessa terceira convivência com essa família composta por casal gay com filha adotiva, casal intergeracional de norte-americano idoso com colombiana gostosona e casal ianque meio neurótico. Quando o riso vinha, porém, explodia com certas tiradas ou mesmo alguma ação quase pastelônica.
Previ algumas situações. Quando o amigo octogenário do pequeno Luke apareceu em um par de episódios, saquei o que fariam com ele depois. Não deu outra, mas a ênfase do episódio de sua morte foi a aparente não-reação do garoto e uma forma de reagir de sua mãe, a qual ela não curtiu muito saber que inconscientemente esboçava perante a morte de outrem.
Os roteiristas sabem que fomos educados vendo TV e dominamos suas convenções. Modern Family é ótima pra quebrar expectativas e não apresentar personagens que necessariamente aprendam uma lição ou se comportem como exemplos. Por isso, intuímos o resultado da eleição em que Claire concorre a membro do conselho de seu bairro.Mas, o detalhe do banner modificável confeccionado pela família dá novo ângulo à situação.

Irônico, inclusivo e moderno na edição e no modo de contar as histórias, Modern Family só me desagrada pela estridência de Sofia Vergara, que o público parece apreciar. Há episódios em que a beldade lembra uma gralha no cio.
Meu favorito nessa temporada foi Mitch (Jesse Tyler Ferguson), um dos gays. Pena que não levaram adiante a ideia de adotarem um menino. Mas, o episódio em que rola a possibilidade de a irmã e o parceiro serem pais biológicos do filho pretendido é bem moderno. Eles dão uma recuada, mas o tema ser levado à TV aberta, num campeão de audiência já me pareceu avanço.
A quarta temporada está em curso. Não leio críticas ou sigo sites de fãs, então não sei como andam a audiência e a qualidade. Tomara que continuem em alta pra que possamos acompanhar parte do crescimento das crianças/adolescentes das famílias. 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

PENAPOLENSE VIRANDO BICHO

Olívia Zanetti é uma das protagonistas de documentário


Divulgação
Olívia ao centro com os demais vestibulandos que protagonizaram o documentário “Virando Bicho”




A penapolense Olívia Silva Zanetti, 20 anos, é uma das protagonistas do filme documentário "Virando Bicho", que fala sobre o sistema de ingresso dos jovens brasileiros nas Universidades. Com uma visão bem humorada e realista o filme acompanha a vida de seis jovens que estão se preparando para os diversos exames que antecedem o ingresso nas Universidades. Olívia, que há três anos foi morar em São Paulo para fazer um curso pré-vestibular para medicina, foi escolhida para o filme depois de ter sua história conhecida pelos produtores, já que se tratava de uma menina do interior que havia ido para a capital em busca de novas oportunidades. Ela é filha dos penapolenses Djalma Zanetti e Wilma Ribeiro Zanetti e irmã de Rodolfo Zanetti, que também saiu de Penápolis para cursar uma faculdade na capital paulista, permanecendo na cidade devido ao trabalho. Olívia estudou em escolas particulares em Penápolis, tendo passado pelo colégio Oceu e Anglo e revelou que a opção de buscar um curso pré-vestibular fora da cidade foi definida após avaliar que a capital poderia lhe oferecer melhores oportunidades. "Sempre quis fazer medicina em uma universidade pública e o curso sempre foi um dos mais concorridos do Brasil, então decidi que para meu melhor rendimento deveria pra São Paulo, que possui cursinhos mais específicos, além de oferecer uma vasta opção de estudos", explicou. Foi na sala de aula que Olívia conheceu os produtores do documentário, que após longas conversas, se interessaram por sua história e assim como os demais "bichos" – expressão conhecida entre os jovens que ingressam na faculdade – teve sua rotina de estudos contada nas "telonas". As gravações que duraram aproximadamente um ano foram realizadas entre 2010 e 2011. Olívia contou que no início se entusiasmou com a ideia, mas que com o tempo também teve receios. "Fiquei feliz e ao mesmo tempo com medo de que isso se tornasse algo que pudesse mostrar minhas falhas, mas depois de muito pensar notei que seria muito bom pra mim, afinal, além de ser um registro desta fase da minha vida, mostra para as demais pessoas que o vestibular é assim, você pode falhar um dia e vencer no outro", disse.

Gravações
As gravações do filme foram feitas durante o acompanhamento da rotina real da jovem, desde as salas de aula e os livros lidos, até sua vida dentro do pensionato onde vive, dividindo o quarto com uma colega e convivendo com mais 25 meninas. "O filme mostra em 99% como eu sou, como estou fazendo meus vestibulares, apenas alguns detalhes é que eram improvisados, por isso, tanto minha participação quanto dos demais vestibulandos foi bastante natural e fácil de ser gravado, pois agíamos como nós mesmos", explicou. Seus pais também participaram do filme em cenas quando a visitavam. "Meus pais sempre estiveram ao meu lado, me dando todo o apoio necessário. Quando contei sobre o filme eles também gostaram da ideia, me motivando abraçar o projeto, sem deixar de me preocupar com os estudos", ressaltou. Segundo Olívia, todo este processo serviu como amadurecimento pessoal.
"Quando vejo as cenas do filme relembro todo este processo que passei e quanto amadureci. Hoje meus planos são outros e minha dedicação profissional muito maior", revelou.

Carreira
Infelizmente Olívia ainda não conseguiu passar no vestibular, o que também é retratado no filme, mas a jovem diz que busca seu sonho de fazer a faculdade de medicina. Sua agenda de vestibulares está cheia com provas marcadas até próximo ao Natal. Neste fim de semana ela prestaria o vestibular da Unesp (Universidade do Estado de São Paulo). "Quero realizar meu sonho da medicina e poder atuar em Penápolis. Tenho muito orgulho da minha cidade e de tudo o que ela me proporcionou, além de amigos e familiares. A população é generosa, o que me deixa muito feliz e com a vontade de poder ajudar as pessoas da minha cidade", finalizou. O filme "Virando Bicho" está em cartaz em cinemas de São Paulo e outras capitais, não há previsão de quando será exibido em Penápolis. (Rafael Machi)
http://www.diariodepenapolis.com.br/noticias.php?codigo=17155

CAIXA DE MÚSICA 82


Roberto Rillo Bíscaro

Lana del Rey está reempacotada. Born to Die está sendo relançado com 8 faixas novas. A leitura de meu texto de fevereiro sobre o primeiro lançamento do álbum auxiliará no presente. Leia aqui.
A amada/odiada Del Rey não mudou sua personagem de musa de filme B anos 50 temperada com cinismo pós-moderno. Ora rampeira, ora sofredora. Investindo fundo em nossos fetiches mais recônditos; nos acenando com o prazer perigoso do sexo, do tabaco, da velocidade e do álcool. Tudo milimetricamente calculado.
Sonoramente, nada mudou também: climas trip hop embebedados em suntuosas orquestrações remetendo aos idealizados anos dourados.
Pra nós - colonizados a ponto de nos enganarmos de que quase somos um bocadinho norte-americanos – a “edição Paraíso” de Born to Die é uma coleção muito familiar de Americana (em inglês, refere-se a tudo relacionado àquele país).


As referências a sair pelo mundo de carro – meio sem destino – abundam. Aquela ideia ianque de liberdade, que mascara total falta de rumo. Ride abre o álbum nesse tom. Percussão esparsa, orquestração deslumbrante, épico irresistível com a voz superenfumaçada duma Del Rey fingindo cansaço existencial.
A lição em americanice explicita-se em American coma menção ao icônico Bruce “Born-in-the-USA-“Springsteen. Em meio ao dedilhado bluesy de Body Electric, Lana declara-se filha de Elvis, Walt Whithman e Marylin. Na gótica, premeditadamente herege e maravilhosa Gods & Monsters, La Lana revive Jim Morrison. Born To Die – Paradise Edition proselitiza a gente a ser ianque.

Brasileiro que não entende inglês me cansa a beleza quando reclama da “imoralidade” do funk carioca, enquanto consome canções ianques que têm um palavrão por cada linha (cacófato de propósito). Esse “puxadinho” de Born to Die tem sua quota de blasfêmias e palavrões. Gostaria de saber a reação dessas pessoas se entendessem o verso inicial de Cola, “my pussy tastes like Pepsi Cola”.
Mais importante que o faniquito é pensar no significado duma xoxota ter gosto de Pepsi. O refrigerante é derivativo (como a obra de Lana) dum dos símbolos d’americanidade. Se uma parte do corpo tem gosto desse símbolo, poder-se-ia intuir que a nacionalidade virou dado natural? Del Rey é del império norte-americano, crianças.
Atmosfera de trilha sonora de filme cinquentista é segunda natureza nos trabalhos dessa diva du jour. Blue Velvet foi regravada pra ficar com cara do filme oitentista homônimo de David Lynch. Deu saudade de Dennis Hopper e quase deu vontade de me importar com o diretor novamente.
Dentre tantas canções novas, minha favorita foi uma “velha”! Devotos conhecem Yayo – em versão diferente e inferior - desde os tempos do estouro da já clássica Video Game. A voz de Lana vai de grave a fina, de sazonada a angélica, de confiante a titubeante. Em meio à malemolência bluesy esparsa e cinemática, ela nos fustiga a libido com perversão de menininha: “deixa eu fazer um showzinho pra você papaizão/deixa eu fazer um showzinho pra você tigrão.” April Stevens vive.
Lana continua mundana. Que seja fabricada e imperialista; não me importa. Sigo súdito de Lana Del Rey. E de sua “mãe” Marylin.

domingo, 18 de novembro de 2012

INSPIRAÇÃO

Dia 15, estive em São Carlos (SP) participando dum congresso sobre educação especial, onde lancei minha autobiografia Escolhi Ser Albino. Dei minipalestra e depois houve coquetel e sessão de autógrafos.
Gostei especialmente de conhecer a artista plástica Daniela Caburro e sua biógrafa, a jornalista Hebe Rios. O livro Menina de Arte inspirou-me a enviar meu texto pra Edufscar. Quando vi a obra no site da editora percebi que se interessavam por (auto)biografias, histórias de superação, educação especial etc. Não perdi tempo e despachei o material via correio. O resto da história vocês já sabem: agora sou companheiro de editora de Daniela e Hebe! 





A SUPERAÇÃO DE MARCELO


Empresário de Uberlândia, MG, conta como história de superação virou livro

Dentre várias histórias de empreendedores que alcançaram o sucesso, a de Marcelo Prado leva outro importante elemento: a superação. Paulista por nascimento, mas há anos morando em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, o empresário contou como conseguiu crescer e prosperar nos negócios mesmo tendo perdido quase 100% da visão. Hoje, além de ser agrônomo por formação, consultor e palestrante por opção e músico por determinação, ele também se tornou um escritor depois de lançar um livro com a história de vida dele.
Aos 56 anos e cidadão de Ituverava (SP), o consultor contou porque também pode ser considerado um modelo de superação. "Aos oito anos de idade eu tive um problema na visão e perdi 50% da visão. E era um problema progressivo. Quando eu cheguei aos 17 anos eu tinha só 30% da visão e com isso não dava mais para ler a letra do livro, não dava mais para ler um jornal, não dava mais para enxergar o rosto de uma pessoa há mais de cinco metros de distância. Tive que fazer o vestibular com uma pessoa lendo a prova para mim. Inclusive foi muito interessante porque naquela época não tinha essa preocupação com acessibilidade. A moça da inscrição da faculdade não disse que se eu não pudesse ler eu não poderia fazer a prova. Eu insisti e fui falar com o diretor, consegui fazer a prova e fui aprovado. Fiz agronomia com muita dificuldade e meu médico na época dizia que eu não teria condição visual de ser um agrônomo", lembrou o empresário.
Uma cirurgia, aos 35 anos, para reverter a retinose pigmentar que afetava Marcelo não deu certo e reduziu a visão dele a apenas 1%. As dificuldades cresceram e a vontade de enfrentá-las também. Depois de 21 anos em uma empresa do ramo de soja, ele foi demitido, mas a crise não paralisou o empreendedor.
"Eu comecei como engenheiro agrônomo, numa espécie de um gerente de fazenda, começando com o cultivo de soja. Na época nós fomos um dos pioneiros no Triângulo Mineiro e era muito difícil porque não tinha variedades de soja ou de milho adaptadas para a região, não tinha mão de obra treinada. As produtividades eram muito baixas e a gente conseguiu evoluir com muita luta, com muita persistência, buscando tecnologia e só assim a gente fez com que o negócio se tornasse competitivo. Em 1999, terminou meu vínculo com a empresa e eu optei por fundar uma empresa de consultoria. Nós focamos em agronegócio num época que ninguém acreditava no agronegócio. Nós fomos os pioneiros da consultoria voltada para a gestão do agronegócio. A gente hoje trabalha em 25 estados do Brasil. Trabalhamos na Europa e na América Latina e temos uma equipe de 60 consultores trabalhando focada no agronegócio", contou.
Livro que Marcelo Prado escreveu (Foto: Reprodução / TV Integração)Livro que Marcelo Prado escreveu
(Foto: Reprodução / TV Integração)
As histórias de superação foram parar no livro 'Meu jeito de ver', que conta como Marcelo Prado vê mundo. "Nesse livro eu queria mostrar para as pessoas que mesmo com as adversidades, obstáculos e dificuldades a gente pode se realizar, a gente pode ser feliz, a gente pode virar o jogo. E eu acho que eu tinha uma história interessante para compartilhar com as pessoas. E a vida é isso, eu acho que é pensar positivamente, enfrentar os desafios e vencê-los", concluiu Marcelo.
http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2012/11/empresario-de-uberlandia-mg-conta-como-historia-de-superacao-virou-livro.html

sábado, 17 de novembro de 2012

HONRARIA PENAPOLENSE

Câmara entregará título de Cidadão Penapolense para Roberto Bíscaro dia 30
A Câmara Municipal de Penápolis realizará às 20h do dia 30 de novembro solenidade para a entrega do título de Cidadão Penapolense ao professor e escritor Roberto Rillo Bíscaro. A homenagem foi aprovada em 09 de março de 2011 com projeto do vereador Hugo Crepaldi (PDT). Roberto Bíscaro é filho de Izaltino Bíscaro e Donata Palmira  Rillo Bíscaro. Superou diversas dificuldades, tornando-se profissional  respeitado na Educação com aulas de inglês e português. Albino, Roberto tem sido um dos grandes defensores das pessoas nessa condição. Criou em 2009 o Blog do Albino Incoerente, trabalho que ganhou repercussão em todo o país e no exterior. Há poucas semanas, Roberto lançou o livro de sua autobiografia “Escolhi Ser Albino”.
http://www.diariodepenapolis.com.br/noticias.php?codigo=17148

ALBINO GOURMET 77

Procurei umas receitas de creme pra compartilhar com vocês...

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

ZOOFILIA COM GUAXINIM

Esse jovem guaxinim foi clicado por uma moradora da Califórnia, semana passada.
http://www.independent.com/news/2012/nov/12/young-albino-raccoon-caught-camera/

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

PRÓ-ALBINO NA TV GAZETA - O VÍDEO

O Jornal da Gazeta de ontem exibiu reportagem sobre o Pró-Albino, programa especializado pra nós, em funcionamento na Santa Casa de São Paulo.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

PRÓ-ALBINO NA TV GAZETA

A equipe da TV Gazeta gravou entrevista com médicos do programa Pró-Albino, em São Paulo. Além disso, pessoas com albinismo paulistanas como Andreza Cavalli e Luciana Gonçalez foram entrevistadas.
Quem puder conferir o resultado, basta ligar no Jornal da Gazeta hoje, a partir das 19:00.
Quem quiser conhecer um pouco da história de vida da Luciana Gonçalez, clique aqui.
A da Andreza Cavalli está aqui

ALBINO INCOERENTE EM SÃO CARLOS

Seguindo o programa de lançamento de minha autobiografia Escolhi Ser Albino, nesta quinta (15), participarei do V Congresso Brasileiro de Educação Especial.
O evento será na Universidade Federal de São Carlos, onde se localiza a EDUFSCAR, minha editora.
Detalhes, horas e locais podem ser consultados no press release:

EdUFSCar participa do V Congresso Brasileiro de Educação Especial
Autor da biografia Escolhi ser albino, Roberto Bíscaro participa do encontro, com palestra sobre sua trajetória de vida. Outras obras na área também serão lançadas no evento.
Entre os dias 14 e 17 de novembro, a Universidade Federal de São Carlos realiza o V Congresso Brasileiro de Educação Especial, evento promovido pela Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial (ABPEE) e pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Especial da UFSCar. Além de promover o intercâmbio entre pesquisadores e profissionais na área, o evento também tem parte da programação aberta ao público em geral. 
Na quinta, 15 de novembro, às 18h, será realizada a mesa-redonda Literatura e Diversidade, que contará com o depoimento de Roberto Bíscaro, albino que acaba de lançar a obra Escolhi ser albino, e do surdo Celso Badin, autor de A juventude. Ambos apresentam um relato pessoal sobre as dificuldades enfrentadas frente a suas limitações pessoais e as estratégias de superação, bem como suas lutas em defesa de políticas públicas que promovam a inclusão de deficientes na sociedade.

Os dois autografam, na sequência, às 19h30, no Saguão da Reitoria, onde acontecem outras sessões de autógrafo com autores de livros na área. A jornalista Hebe Rios apresenta 
Menina de arte, obra em que relata a história da artista plástica Daniela Caburro, que ficou tetraplégica ainda bebê. Do começo de sua carreia como artesã aos dias de hoje como pintora reconhecida e membro da Associação dos Pintores com a Boca e os Pés, o livro registra as suas muitas vitórias. Ambas – autora e biografada – estarão presentes no evento.

Outra autora presente é a pesquisadora Zilda A.P. Del Prette que organiza, juntamente com Miriam Bratfisch Villa, Adriana Augusto R. de Aguiar, o livro 
Intervenções baseadas em evidências, que apresenta o Método JT (nome derivado das iniciais de seus autores, Jacobson & Truax) para análise de casos clínicos.  O livro trata do uso da intervenção a partir deste método, com análises aprofundadas de sua utilização em campos específicos como paralisia cerebral infantil, desempenho social de crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDHA), habilidades sociais com idosos e dependentes químicos.
No mesmo local, haverá feira de livros voltados a profissionais de Educação Especial, bem como pacientes e familiares. Estão confirmadas as participações das editoras EdUFSCar, Cortez, Memnon, CVR, Grupo Editorial Summus, Mediação e Wak.
Mesa-redonda Literatura e Diversidade
Participação de Roberto Bíscaro e Celso Badin
Quinta-feira, 15/11, às 18h
Anfiteatro Florestan Fernandes 
Sessão de autógrafos com autores da EdUFSCar
Quinta-feira, 15/11, às 19h30
Salão da Reitoria da UFSCar
·  Escolhi ser albino, de Roberto Bíscaro
·  Menina de arte, de Hebe Rios sobre Daniela Caburro
·  Intervenções baseadas em evidências, organizado por Miriam Bratfisch Villa, Adriana Augusto R. de Aguiar e Zilda A.P. Del Prette
Universidade Federal de São Carlos
Rodovia Washington Luis, km 235 - SP-310
Site do evento: 
http://cbee-ufscar.com.br/node/15