sexta-feira, 3 de julho de 2009

HORA CHATA

Roberto Rillo Bíscaro

Pra variar, tenho estado ocupado essa semana. Aulas, traduções, assuntos particulares, divulgação do trabalho com o blog/You Tube. Quarta-feira só fui parar lá pelas 20:00.
Vi um episódio duma série polonesa sobre a qual logo-logo escreverei, e depois comecei a assistir a uma produção espanhola supostamente de terror/suspense/ficção científica, chamada La Hora Fria (2006).
Há algum tempo aprendi algo que gostaria de compartilhar com os mais jovens ou os mais ansiosos: antigamente, quando me dava sono no meio dum filme, eu lutava contra o sono incessantemente. Era questão de honra e necessidade vital e visceral terminar de assistir, afinal era um filme! Eu tinha começado a assistir, tinha que terminar. Ai, quanta tolice...
Com a idade veio uma constatação bastante simples. Se o filme me dá sono então é porque não o acho bom ou simplesmente não é pra mim aquele filme. Afinal, é só um filme... Agora não luto mais contra o sono durante filmes, durmo desbragada e despudoradamente. E depois não tento ver de novo. A pós-modernidade é veloz, a oferta pós-abundante, e a fila anda, então, perdeu a chance, dançou, honey dearie!
Foi o que passou quarta-feira. Eu vinha de uma pequena série de boas produções espanholas do gênero. Depois de [REC] (comentado aqui outro dia), vi um episódio pruma série de TV, dirigido pelo mesmo diretor, que me deixou eletrizado na cama, de ansiedade. Nossa, Para Entrar a Vivir (2006) é muito bom, recomendo pra quem curte “brincadeirinhas” de gato e rato. Se tivesse sido produção pra cine, seria ainda melhor!
Agora, esse La Hora Fria, achei chato demais, bem, pelo menos a parte que me manteve acordado. Um grupo de pessoas desinteressantes vive num subterrâneo após uma guerra química ou nuclear, que devastou o mundo. A hora fria do título (pessimamente traduzido pro português, talvez pra macaquear a podre tradução pro inglês!) é a visita duns mutantes radiativos. Daí eu já tava com sono e dormi gostoso embaixo do cobertor ao som dos maus atores falando espanhol. O que vi me pareceu um BBB subterrâneo com gente chata que merecia ter morrido na tal guerra. Para Entrar a Vivir devia ser filme pra cine e esse La Hora Fria, devidamente condensado, episódio pra TV.
Acordei mais tarde com os rojões corinthianos. Desliguei o dvd e a TV e voltei a nanar.

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