quinta-feira, 12 de março de 2009

PUNKAPARAÓ

TErça-feira de manhã tive que mandar o pc prum check up básico porque o pobrezinho tava com uma droga de anti-virus vencido e devia estar super bichado.

Como tudo o que tinha pra fazer dependia do pc, fiquei livre de tarde (antes que a tempestade de coisas a fazer se abatesse sobre mim!). Daí deu pra ver 2 documentários e aquele slasher do qual falei em post anterior.

O primeiro documentário foi Botinada (2007), que conta a ascensão e queda do movimento punk no Brasil. Fundamental pra quem se interessa por pop, pop brasuca anos 80. Muita gente é entrevistada e através das entrevistas e de imagens ficamos sabendo das controvérsias quanto à origem do punk por aqui, dos locais onde a galera frequentava, das doideiras que faziam pra comprar os discos de bandas estrangeiras, da rixa entre punks de Sampa e do ABC e muito mais. Kid Vinil, Redson, Clemente, algumas meninas das Mercenárias e tantos outros sao entrevistados, uma dilicia! Tenho várias das canções que tocam no documentário. Além disso, falou em anos 80, falou comigo/de mim!

Me deu certa nostalgia quando ouvi eles contarem de como economizavam o salario do mes todo pra descolar os albuns das bandas das quais gostavam. Eu nao era punk e nem gastava o salario do mes todo, mas tambem fazia muito esforço pra ficar antenado com o que tava acontecendo na Inglaterra especialmente. Lia avidamente tudo quanto era revista e jornal atrás da última novidade (tinha que ser da cena independente senão nao prestava!!!). Quando ia pra Sampa só ouvia as FMs que tocavam rock inglês e indie; nada das JOvem Pans da vida. Ai, ai... Bons tempos, bons tempos... Eu era bobo, mas tinha o direito de ser; afinal era apenas um moleque!


Depois vi Caparaó (2006), sobre uma tentativa frustrada de guerrilha na Serra do Caparaó, nos tempos da ditadura. Um grupo de expurgados comunistas das forças armadas decidiu juntar-se ali pra fazer resistência armada. Novamente, a técnica é a das entrevistas: ex-guerilheiros, captores, delatores; todos sao entrevistados.

Toda vez que vejo documentários sobre esse tema me acho o maior ignorante. Eu nem sabia disso, na verdade nem sabia que existia um lugar chamado Caparaó! Outra coisa que me impressiona sempre é a capacidade que os sistemas de intleigência tinham pra descobrir as coisas. Como as pessoas delatavam etc.

UM amigo me dizia que nunca compreendera o que o pai contava a respeito da ditadura do GEtulio até que ele próprio passou pela de 1964. Ele me dizia que antes achava dificil de crer como que num pais tão enrome dava pra descobrir tanta coisas, por exemplo. Mas quando ele próprio começou a ser detido na década de 60,70, compreendeu perfeitamente o papi. Loco, né?

Mesmo pra quem não se interessa pelo tema, mas gosta de ecoturismo, o documentário vale pelas paisagens deslumbrantes. VEjam só:



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