segunda-feira, 30 de março de 2009

DF

Abaixo uma matéria sobre albinismo que saiu no Bom Dia DF, ano passado. Tá vendo só como tem muita gente que acredita que albinismo "pega"? É pessoal, quando digo que há preconceito e que precisamos ser mais divulgados pra sermos mais bem compreendidos, não tô brincando, não!

Por isso que não adianta apenas longos textos científicos. É preciso que histórias de albinos sejam conhecidas. Histórias de vida e representação positiva na mídia trazem um lado humano que tem maior probabilidade de chamar a atenção das pessoas. E através disso, várias informações podem ser passadas.

Bom Dia DF > 19/05/2008 > Reportagem

Albinismo: ainda falta informação
De origem genética, o problema atinge 5% da população brasileira. É uma doença rara, que se manifesta na falta de pigmentação da pele e dos pêlos.


Quando Lorena Morais nasceu, há 11 anos, os pais ficaram surpresos. Eles não conheciam ninguém da família com albinismo. "Minha avó morreu lúcida, aos 90 anos. Ela informou que não conhecia nenhum caso na família. Aconteceu o mesmo na família de Ivani, minha mulher”, conta o comerciário Wagner Morais.

Apesar de ser um problema genético, a doença pode ficar várias gerações sem se manifestar. Na família de Ivani e Wagner Morais, os dois filhos são albinos. Um dos cuidados é renovar o protetor solar com freqüência. Mesmo assim, as crianças não podem ficar expostas ao sol, o que impede algumas atividades. “Não posso tomar banho de piscina, nem ir para o sol. Também não posso praticar esportes, como vôlei e futebol”, diz Lorena.

O albino também costuma ter problemas de vista. A claridade incomoda muito. O filho mais novo do casal, João Pedro Morais, 7 anos, não fica sem os óculos escuros. Além dos cuidados com os olhos e com a pele, a família precisa lidar com uma dificuldade que, para eles, parece maior que as outras: o preconceito provocado pela falta de informação.

“Você passa na rua e uma pessoa olha para o seu filho com a cara feia, ou vê uma pessoa cutucando a outra dizendo que albinismo é doença e que pode pegar”, relata a dona-de-casa Ivani Morais.

“Todo mundo me chama de 'branquelo'. Eu ligo”, confessa João Pedro.

Com o tempo, Lorena aprendeu a conviver com o preconceito. “Eu fico envergonhada, mas falo que sou albina e nasci com essa cor. Não ligo muito para o preconceito”, completa a garota.

Tatiana Rodrigues / Lázaro Aluisio

(Encontrado em http://dftv.globo.com/Jornalismo/DFTV/0,,MUL473774-10041,00-ALBINISMO+AINDA+FALTA+INFORMACAO.html )

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