sábado, 18 de junho de 2016

AJUDA MISSIONÁRIA EM MOÇAMBIQUE

Pedida ajuda a religiosos na proteção de albinos



Os líderes das confissões religiosas que trabalham na província de Tete, em Moçambique, foram convidados esta semana pelo governador local, Paulo Auade, a disseminar a mensagem nas suas comunidades sobre a necessidade de proteção de pessoas com albinismo. A região é uma das mais afetadas pelo sequestro e assassinato de albinos, sobretudo crianças. 

«Digam, durante as orações, que a pessoa albina é tão normal como qualquer um de nós, que simplesmente tem um problema de pigmentação da pele. Digam que o cabelo, o osso, o olho, não têm mercúrio para comercialização, e que, portanto, o albino não é nenhuma riqueza», afirmou o Auade. 

Segundo informações veiculadas pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), além do sequestro e assassinato de pessoas com albinismo, os grupos criminosos têm vandalizado túmulos e exumado os corpos para a extração de ossadas, como aconteceu recentemente no posto administrativo de Zóbuè, em Moatize, e na cidade de Tete. 

Este tipo de crimes está ligado a crenças, segundo as quais as poções preparadas com partes dos corpos de albinos trazem sorte e riqueza. Um relatório recente da organização não governamental «Under The Same Sun» revela que, nos últimos anos, foram registados 457 ataques a albinos, entre os quais 178 homicídios, em 26 países da África. O maior número de casos ocorreu na Tanzânia, seguindo-se a República Democrática do Congo e o Burundi.

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