quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ALBINA FAMINTA


Rara cobra albina de duas cabeças faz sua primeira refeição

Uma cobra falsa coral (Lampropeltis triangulum hondurensis) de duas cabeças que nasceu em outubro, em uma incubadora no Estado americano da Flórida, fez nesta segunda-feira sua primeira refeição: um filhote de rato morto. A ONG Sunshine Serpents informou que, como costuma acontecer com a maior parte dos ofídios, este raro exemplar de cobra albina de duas cabeças só se alimentou após ter trocado de pele pela primeira vez.
"As serpentes de duas cabeças podem viver até 20 anos em cativeiro. Com dois cérebros dando ordens a um só corpo, trata-se de uma existência confusa. Esta cobra não poderia sobreviver em segurança em um ambiente selvagem", afirmou o biólogo americano Daniel Parker.
O pesquisador, da Universidade Central da Flórida (UCF) e um dos líderes da ONG, explicou que a cabeça direita da serpente foi a única que comeu o pequeno rato, enquanto a outra cabeça apenas olhava. O cientista indicou que a maioria das serpentes com duas cabeças apresenta uma coloração típica, "sendo extremamente rara" para esta espécie.
As serpentes albinas perdem toda a pigmentação escura da pele, que no caso das cobras corais é preta e vermelha. No entanto, com esta anomalia, elas acabam ficando brancas e alaranjadas. O cientista, que pôs à venda esta cobra por um valor mínimo de US$ 25 mil, espera que alguma instituição compre o animal para ajudá-lo a financiar suas pesquisas: "Espero que alguma instituição adquira essa cobra, a trate e a mostre ao público".
Sobre a alimentação das cobras, Parker explicou que muitas pessoas acreditam, erroneamente, que os ofídios só se alimentam de outros animais vivos. No entanto, o cheiro é o fator mais importante. "Se tem cheiro de comida, a cobra tentará provavelmente comer, esteja vivo ou não. Neste caso, o alimento congelado pode ser uma boa alternativa", afirmou o cientista.

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