quinta-feira, 8 de junho de 2017

TELONA QUENTE 189

Resultado de imagem para filme vida 2017
Roberto Rillo Bíscaro

Alien, o Oitavo Passageiro (1979) é tão influente que quase 40 anos ainda saem produtos associados à franquia e cópias abundam. O monstro babador de ácido e a Tenente Ripley viraram ícones que podem ser gostados até por intelectuais sérios, depois que a Biblioteca do Congresso norte-americano selecionou o filme de Ridley Scott como preservável, devido a sua relevância histórico-cultural.
Em março, saiu Life (no Brasil, Vida), do diretor sueco-chileno Daniel Espinosa, produção estadunidense que vez mais coloca faminto monstro alienígena numa estação espacial, comendo os tripulantes. Orbitando a Terra, a estação internacional abriga amostras de terra marciana, contentora de células que desabrocham em criaturinha gelatinosa etérea, batizada de Calvin, através de concurso infantil. Tudo muito florzinha até que um cientista estimula Calvin via eletrochoque. Daí a comilança começa e à medida que Calvin come, cresce meio anêmona com cérebro. Life está engatilhado pra virar franquia; tudo dependerá do retorno comercial que tenha agora.
A função de Life é divertir e exceto por alguns momentos onde alguém lê um livro infantil (como essa droga foi parar numa estação espacial adulta, onde espaço pra armazenamento deve ser vital?!), o filme desliza redondo. Trilha-sonora excelente, cinematografia e efeitos aproveitando muito bem o orçamento não tão alto, personagens quase sem individualidade, então, dá pra curtir as divertidas mortes sem sentimento culposo. E é bem legal ver as personagens flutuando o tempo todo, porque a tecnologia hoje permite o realismo da gravidade zero. Uau, só que som ainda se propaga no vácuo...
Só não entendi bem, porque uma criatura de Marte necessita de oxigênio pra sobreviver. Talvez tenha havido alguma explicação “científica”, mas me escapuliu. Vai ver que é porque a célula se desenvolveu no ambiente oxigenado da nave? Vale ver ainda que seja apenas pra explicar isso a este blogueiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário