terça-feira, 9 de dezembro de 2014

TELINHA QUENTE 144



Roberto Rillo Bíscaro

A quarta temporada de Downton Abbey deixou-me apreensivo sobre a qualidade futura da série inglesa. A saída de Mathew, esposo da chiquérrima Lady Mary, resultou em um par de pretendentes à viúva, mas essa sub-trama não agradou. Sequer conseguia distinguir um do outro, quanto mais decorar seus nomes. O restante da história fazia cochilar.
Os roteiristas acordaram do torpor e a quinta temporada voltou com 8 episódios nos quais os tais cavalheiros foram eliminados aos poucos, mas sem estardalhaço pra não perdermos tempo com sua insipidez.
Downton Abbey é novelão, mas não nos moldes frenéticos de DALLAS, Revenge ou Scandal. Tudo é mais pausado e delicado, mas o telespectador quer ação e essa temporada distribuiu tramas pra todas as personagens; até Lady Cora – quase sempre um enfeite de luxo – viveu peripécias.
O encanto do show são as intrigas da Casa Grande e de seus empregados, alimentando-se de nossa fascinação pela classe senhorial e da idealização dum modo de vida que vivia suas horas-extras nos anos 1920. E essa temporada voltou a nos oferecer esses deslumbres de grandeza evanescente, além da decantada mordacidade britânica.
Downton Abbey empaca nas temporadas de números pares; torçamos pra que a sexta quebre essa maldição.

Nenhum comentário:

Postar um comentário