terça-feira, 1 de julho de 2014

TELINHA QUENTE 126

Roberto Rillo Bíscaro

Diferentemente de hoje que sou gateiro, quando criança preferia cães. Tive um chamado Guber, que veio de São Paulo pra Penápolis conosco, em 1976. O pobrezinho morreu atropelado e seu falecimento saiu até no jornal local, onde minha irmã trabalhava. Famoso por um dia, devido à morte.
Guber foi batizado em homenagem ao protagonista de Goober and the Ghost Chasers (1973), exibido no Brasil pela Globo sob o nome Goober e os Caçadores de Fantasmas. 16 episódios foram produzidos, que revi dublados em português com as originais vozes setentistas. Quase 40 anos depois de dublados, a qualidade do som é ruim, mas foi o que consegui no Pirate Bay.
Tentativa de clonar o clássico Scooby Doo, o desenho apresenta 3 jovens e um cão falante resolvendo mistérios sobrenaturais. O diferencial é que em Goober os fantasmas existem, ao contrário de Scooby, que sempre tinha humanos tentando fazer crer que as maldades eram do além. Goober tinha o dom da invisibilidade, a qual não controlava e se manifestava especialmente nos muitos momentos em que tinha medo.
Tutubarão e Josie e as Gatinhas – também variações de Scooby Doo - conseguiram preservar parte do encanto que me causavam na puerícia. Não posso dizer o mesmo do cão que me inspirou a nomear meu vira-lata morto no cruzamento da Avenida Santa Casa com a R. Dr. Ramalho Franco.
Os adolescentes não têm traços marcantes, a animação por vezes é miserável, as histórias sem graça e Goober com aquela touca me decepcionou. Que cachorro feio, mais parecia uma aranha andando. O meu Guber era tão mais bonitinho!
Algumas coisas da infância deveríamos deixar na idealização da memória.

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