terça-feira, 22 de setembro de 2009

O ANJO QUE SAIU DO CAIXÃO

Miguel Naufel, de Mococa (SP), nos enviou outra experiência de infância, dessa vez sobre seu melhor amigo.

O anjo que saiu do caixão
Moravámos em uma casa antiga, as janelas e portas eram enormes e o assoalho de madeira. Cada passo dos adultos era um estrondo assustador. Isto para um garoto de 6 anos com visão subnormal e um ouvido super sensível. Em um descuido de minha mãe, a porta da rua ficou entreaberta. Lá fui eu explorar a região, eu não tinha muita noção de distância. mas no prédio ao lado de casa a porta estava aberta e eu entrei. Dentro do prédio, havia grandes caixões de cor preta e enormes pedestais prateados. Para minha surpresa. saiu de dentro de um destes caixões um menino. Ele tinha a minha idade; era enorme, gordo, gago, falava muito alto e era muito divertido. Deste dia em diante, minha vida mudou. Este menino enorme passou a ser meu companheiro. Íamos pegar pererecas no ribeirão do meio, íamos andar de carrinho de rolimãs, andar de bicicleta. Eu ia sentado no cano, né? Em todos os lugares que eu ia, lá estava o Chicão. Eu sempre apanhava de meu irmão; ele era maior e tinha mais força. Um dia, o Chicão deu uma dura no meu irmão: “Você nunca mais vai bater no Miguel!” Nunca mais apanhei e não tive medo de mais ninguém. O Chicão era filho do dono da funerária. Eu e Chicão somos muito ligados. Não tenho a menor dúvida, Deus me enviou um anjo guardião. Ele se chama Francisco de Assis Pasqualino: o Chicão. Até o nome é de santo.

(Abaixo, vídeo da canção Amigos do Peito, cantada pela Turma do Balão Mágico e Fábio Jr.)

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