sábado, 19 de dezembro de 2015

VILEZA MOÇAMBICANA

Casal assassinado no Niassa, uma das vítimas era albino e teve os membros amputados

Um casal de cidadãos nacionais, identificados pelos nomes de Rosário Juriasse e Anuna Simione, de 70 e 45 anos de idade respectivamente, foram assassinados na sua residência no povoado de Manhungua, no distrito de Mecanhelas, na província do Niassa, na madrugada da passada quarta-feira(02). Os criminosos amputaram um braço e uma perna da vítima do sexo masculino que sofria de albinismo.
O crime hediondo aconteceu enquanto o casal dormia e um dos malfeitores já foi detido segundo o porta-voz da Polícia da República de Moçambique(PRM) na província do Niassa, Alves Mate, citado pelo jornal Diário de Moçambique.
De acordo com a fonte policial o criminosos detido confessou o assassinato e revelou que cometeu o crime na companhia de dois comparsas.
Não foi revelado o destino dado aos membros, superior e inferior, amputados ao cidadão assassinado e que sofria de falta de pigmentação na pele.
Raptado menor albino
Entretanto um cidadão de 77 anos de idade, cuja identidade não foi revelada, foi detido pela PRM no distrito da Macia, na província de Gaza, por alegadamente ter raptado um menor de dez anos de idade que sofre de albinismo.
Segundo o porta-voz da Polícia da República de Moçambique naquela província, Jeremias Langa, citado pelo jornal Diário de Moçambique, o raptor terá aliciado o menor, que é órfão, com bens não especificados e levou-lhe da província de Nampula para o sul do país sem o consentimento da sua tia com que residia.
Desde os finais de 2014 que regista uma onda de “caça” aos cidadãos que sofrem de albinismo em Moçambique para o uso de partes dos seus corpos em rituais de feitiçaria de pessoas que acreditam que isso lhe pode trazer sorte, amor ou riqueza.
Dezenas de cidadãos foram detidos pela PRM acusados pelo rapto e outros pela morte de pessoas com albinismo, em várias província do país, alguns foram julgados e condenados mas as autoridades não encontraram apresentaram ainda nenhum mandante destes crimes.
Recentemente o Governo aprovou um plano de acção de curto, médio e longo prazo, para a protecção de pessoas com albinismo porém, além de apelos, não são conhecidas medidas concretas para travar esta onda de crimes hediondos que atingiram já proporções alarmantes.

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