segunda-feira, 18 de setembro de 2017

POR UM TRIZ, EM MOÇAMBIQUE

Criança albina escapa a tentativa de rapto em Balama

Um menor de nome Édio, 10 anos de idade, portador de albinismo, residente no Posto Administrativo de Mavala, distrito de Balama, província de Cabo Delgado, escapou esta semana de uma tentativa de rapto.

Apercebendo-se da situação, os pais do menor, trataram de denunciar o caso às autoridades policiais, que de imediato detiveram o indivíduo, que recolheu para as celas da Polícia da República de Moçambique, naquele distrito.

Segundo contou o pai do menor, aos microfones da Rádio Comunitária local, quando a criança encontrava-se a brincar fora do quintal, apareceu o individuou em causa dizendo que o menino era uma “bolada”.

“A criança estava a brincar e nós vimos ele chegar à casa a correr. Quando lhe perguntámos o que se passava, ele disse que estava sendo perseguido, por uma pessoa que queria “bolada”. Foi dai que optámos por denunciar o caso à Polícia”, disse o pai.

Por sua vez, o menor em causa, contou que o cidadão chegou e começou a chamá-lo para sair donde estava a brincar. “Estava-me a perseguir e corri para dentro. Me dizia que eu era “bolada”. Depois, ele me chamou e eu neguei”, disse o menor.

O suposto raptor de nome C. Paulo, em entrevista à Rádio Mpharama, negou todas acusações contra si. Paulo disse que passou por ali porque estava atrás de um amigo com quem consome juntos bebidas alcoólicas.

“Eu apenas passei pela zona à procura do meu amigo Cochoco, porque nessa região temos bebido muito álcool. Ás tantas, apareceu o pai do menor, fazendo-me acusações. Por isso deixei aquele lugar. Depois, fui detido, alegando que eu sei da tentativa do rapto dum menor albino”, contou o acusado.

Por sua vez, Sauale Assane, cidadão que testemunhou a tentativa de rapto do menor com albinismo, confirmou serem verdadeiras as palavras dos pais.

O chefe das operações do Comando Distrital da PRM, em Balama, Mamudo Abibo, admitiu que, as averiguações da corporação indicam haver tentativa do rapto. Por isso, foi elaborado um auto criminal que vai ser remetido ao Ministério Público para devidos procedimentos.

Mamudo Abibo apela à população do distrito para manter maior vigilância sobre as crianças nas comunidades e denunciar imediatamente às autoridades locais todos os casos suspeitos, tal como se fez neste caso.

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