terça-feira, 11 de abril de 2017

TELINHA QUENTE 254

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Roberto Rillo Bíscaro

Fjällbacka é um lugarejo na costa ocidental sueca, que mal tem 1.500 habitantes, mas ficou famosa entre fãs de literatura policial, por ser cenário dos romances de Camilla Läckberg, traduzidos em dezenas de idiomas e vendidos aos milhões. Há alguns anos, a TV sueca produziu meia dúzia de adaptações de cerca de 90 minutos cada. Em conjunto essas leituras pra TV foram batizadas de Fjällbackamorden.
As tramas centram-se na bem-sucedida novelista policial Erica Falck, que retorna à pesqueira Fjällbacka com o maridão policial e filhinhos. Resolvendo crimes amadoristicamente, Falck é uma espécie de Jessica Fletcher - a escritora policial de Murder, She Wrote – interpretada por uma atriz à Emily Van Camp. Não sei se vi na ordem errada, mas só percebi que era escritora no terceiro filme; é tudo muito discreto.
E aí está o grande senão de Fjällbackamorden: tudo é tão comedido, que dá sono. A pasmaceira da cidadezinha transporta-se pras tramas. Sem exceção, os filmes intercalam cenas do passado pra explicar o porquê dos crimes na atualidade. Seria legal, mas a duração é excessivamente longa pra pouco enredo. Não dá pra empatizar com Falck e é uma falação dos diabos sem acontecer nada de relevante por minutos a fio. Sendo Escandinávia, lógico que a cinematografia é espetacular, mas se for pra ter esse bônus, a norueguesa Varg Veum concilia boas histórias e imagens de dar água nos olhos.
Se for pra recomendar série sueca policial, criminoso perder tempo com Fjällbackamorden e deixar de ver Irene Huss e a primeira temporada de Arne Dahl.

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