quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

ALBINISMO NO ACRE

Fotógrafo registra crianças indígenas albinas em aldeia no interior do Acre

Registros foram feitos na Aldeia Kaxinawá. 
Funai diz que não há estudo sobre casos de albinismo entre índios.


 Indígenas albinos da etnia Kaninawá foram fotografados em janeiro  (Foto: Tiago Araújo/Arquivo pessoal)
Durante uma viagem pelas comunidades ribeirinhas e indígenas entre as cidades de Manoel Urbano e Santa Rosa do Purus, no Acre, o fotógrafo Tiago Araújo, de 28 anos, registrou, na Aldeia Kaxinawá Nova Aliança, duas crianças indígenas albinas, condição causada pela deficiência na produção de melanina.
O registro foi feito durante um trabalho de evangelização. "Estava acompanhando esse trabalho que evangeliza comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas, levam também doações, roupas, remédios e bíblias", explica Tiago.
A viagem, segundo o fotógrafo, demorou cerca de dez dias, entre 18 a 28 de janeiro. "A gente saiu de Manoel Urbano até Santa Rosa do Purus e a embarcação ia parando em algumas aldeias e comunidades", conta.
Tiago trabalha fotografando eventos sociais, mas diz que seu foco é registrar a vida de ribeirinhos e índios da Amazônia. Há cinco anos na profissão, ele diz que esta foi a primeira vez  que se deparou com índios albinos.
"Nunca tinha visto e todos que viram as fotos disseram que é raro". Questionado sobre o que os outros índios diziam das crianças, Tiago relata que não falaram sobre assunto, mas percebeu algo diferente em relação aos dois.
"Falar, não falaram. Mas, assim que chegamos foram imediatamente vesti-los , como se orgulhassem deles. Os colocaram na frente de todos", relembra.
De acordo com ele, no dia tinham apenas duas crianças, mas o pai lhe contou que são três, dois meninos e uma menina que possuem características albinas. O terceiro estava em Manoel Urbano com a mãe.
G1 entrou em contato com a Funai que informou à reportagem que não existe nenhum estudo em relação à existência de albinismo entre índios. A reportagem também entrou em contato com o Ministério da Saúde, por dois dias, para saber se a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) teria alguma informação sobre outro casos de albinismo em aldeias, porém, até a publicação dessa matéria nenhuma informação foi repassada. 
Fotógrafo diz que ao todo na aldeia, existem três crianças albinas (Foto: Tiago Araújo/Arquivo pessoal)

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