segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

CAIXA DE MÚSICA 56

Garotas Brasucas Oitentistas

Roberto Rillo Bíscaro

Diante do sucesso das postagens sobre canções internacionais dos anos 80 com nomes femininos nos títulos, resolvi dedicar uma às nossas meninas nacionais.

Ah, os primeiros anos do Kid Abelha & os Abóboras Selvagens... Do LP de estréia (1984), Alice (Não me Escreva Aquela Carta de Amor) tinha Paula Toller cantando sob perspectiva masculina, visto que o letrista principal era Leoni. Na década de 80, dançávamos e nos emocionávamos com canções sobre o holocausto nuclear. Em 83, o Rádio Táxi estourou com Eva, versão do italiano Umberto Tozzi, sobre um casal que foge da Terra devastada numa astronave. (Quem lembra que sacaneávamos a letra, cantando “minha pequena égua”?) Sílvia (1984), homenagem á filha de Chico Buarque de Holanda, já aparecera na lista de canções saxofonadas. Em 86, os baianos do Camisa de Vênus lançaram Viva, registro de dum show em Santos (SP). O álbum também continha uma canção chamada Sílvia, mas, dessa feita o tom era bem diferente do da canção de Vinícius Cantuária! Claro que a canção não foi feita pra filha de Chico. Em 85, o Ultraje a Rigor vendeu que nem pão quente e tocou à exaustão. Uma das faixas de Nós Vamos Invadir Sua Praia é Zoraide, sobre um cara que não quer namorar, pois quer variedade. Nosso pop/rock oitentista era machista, eita! Que eu saiba a banda Grafite só teve um sucesso, versão da dupla italiana Ricchi e Poveri. Mama Maria (83) é sobre uma mãe que não deixa a filha sair sozinha com o namorado. Outra pros filhos de hoje jogarem na cara dos pais quando reclamarem que “hoje só tem porcaria”. Mas, que é divertido, ah isso é! Ouço sempre. Ainda em sua fase New Wave, os Titãs colocaram Dona Nenê em seu álbum Televisão (1985). É sobre uma senhora que desaparece num peg-pag (houve uma época em que supermercado era chamado assim, jovens! Mas nos anos 80 já falávamos supermercado) Em 86, o Capital Inicial esteou com um LP homônimo, que traz Fátima, letra do finado Renato Russo sobre os segredos da Nossa Senhora de Fátima. Em 1985, Léo Jaime lançou Solange, versão de So Lonely, do Police. A mulher do título era a chefona da Censura Federal, responsável por trucidar trabalhos artísticos. Em 89, os Inimigos do Rei fizeram sucesso com a gracinha sem graça Adelaide. Anos 80 no fim e no fundo do poço. Novas gerações: esta é da época em que Cláudia Ria era símbolo sexual. Fausto Fawcett é fascinado por loiras, daí seu sobrenome artístico, em homenagem á ex-pantera Farrah Fawcett. Em 87, sua Kátia Flávia, Godiva do Irajá que rouba carros de polícia, entrou pra trilha de novela global e tocou no país todo. Funk, rap, pop e a palavra “calcinha” contribuíram pro sucesso. Gente, alguém lembra das loiras 80s, tipo Marinara e Regininha Poltergeist?? Em 1981, a Gang 90 & as Absurdetes chacinaram Christine, da Siouxsie and The Banshees. Pra que fazer isso? Também de 81 e bem melhor é a História de Lili Braun, letra de Chico Buarque sobre uma cantora de cabaré que se casa e tem que abandonar a vida na ribalta. Em 1984, anos antes de virar sinônimo de canção natalina torturante, Simone duetou com Chico Buarque, em Iolanda (Iólandaaa). Teve muita gente que gostou, pois a canção tocou bastante. Em 87, os gaúchos do Nenhum de Nós estouraram nacionalmente com Camila, Camila, sobre uma adolescente agredida (pelo menos é o que acho...) Em 84, Débora Bloch ganhou alguns prêmios como melhor atriz pelo filme Bete Balanço, sobre uma mineira que vai pro Rio tentar ser pop star. A canção-título era do Barão Vermelho. Uma tia Josefina, louca, mas muito legal era a homenageada duma canção do Balão Mágico (1984), grupo-armação que se entupiu de sucesso por uns 3 anos, graças ao carisma de Simony e Cia. Todo mundo gravou com eles, do Dominó a Djavan, o que quer dizer muito, em vários sentidos! Em 1983, quando alguém ficava nervosinho não era incomum ouvir um “calma, Betty, calma!”, graças ao sucesso Betty Frígida, da Blitz, banda que imperou nas rádios e TVs na primeira metade da década. Nem Sansão Nem Dalila foi título dum filme de Oscarito na década de 50 e em 86 deu nome a um rockão meio carnavalesco do Hanoi Hanoi (Duran Duran, Talk Talk...), em seu álbum de estréia. O vídeo que achei contem antes, O Tempo Não Pára, gravada originalmente pela banda, mas tornada famosa por Cazuza.

2 comentários:

  1. Muito bom reviver bons momentos. Se para vivermos o presente e construir o futuro, temos que de vez enquando espiar o passado, vamos espiar os bons momentos.kkkkkkkkkk

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  2. Roberto que maravilha .Eu tinha um programa na antiga Radio Clube FM de Mococa .ia ao ar todas as noites das 23h as 2h da amdrugadaera bem este estilo de programação ..você cairia como uma luva para montar o roteiro do programa ...que pena que o tempo passou ...muitas saudades ...parabens meu querido ...Miguel

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