terça-feira, 18 de janeiro de 2011

ACESSIBILIDADE VISUAL NO RIO DE JANEIRO II

Semana passada, publiquei trecho de email duma leitora se queixando sobre as novas cores dos ônibus cariocas e também sobre as placas das ruas da cidade. Reenviei a mensagem para a Rede Saci, que entrou em contato com os órgãos responsáveis. Eis as respostas, publicadas no site da Rede:

Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Janeiro afirma, através de seu Coordenador de Comunicação Social, Affonso Nunes, que "a padronização visual da frota foi definida para ordenar o sistema de transporte por ônibus, dando fim à desordem visual provocada pelo excesso de empresas prestadoras de serviço. Com a divisão do sistema em quatro redes de transporte regionais, foi definido um padrão visual cuja diferenciação se dá pelas cores das respectivas redes".
As novas empresas Internorte, Intersul, Transcarioca e Santa Cruz têm um prazo de um ano para se adaptar às regras. A Secretaria também afirma que "os veículos novos que são incorporados à frota chegam com letreiros luminosos (tecnologia LED), de melhor visbilidade para os usuários", mas não se pronuncia sobre alterações em letreiros de ônibus já em circulação.
Já as placas com nomes de logradouros são de responsabilidade da Secretaria de Urbanismo, com a qual a equipe de jornalismo da Rede SACI não conseguiu entrar em contato.

Observação do Albino Incoerente: Affonso Nunes não tocou no assunto de a padronização das cores ter sido prejudicial para quem tem visão baixa. Só falou dos letreiros.

2 comentários:

  1. Trabalho na cidade do Rio de Janeiro e essa padronização de cores tem me prejudicado, e muito! Antes, como cada empresa tinha uma cor diferente, designer em seus veículos, quando eu não conseguia enxergar o letreiro, "percebia", pela cor do mesmo, quando ele vinha. Agora sabe o que faço? "Largo a mão" para todos. Isso mesmo, estendo minha mão, quando "suspeito" que aquele é o que tenho que pegar. Quando chega mais perto, se não for o que quero, faço sinal pra ele prosseguir. Não quero depender de transeuntes, para verem por mim, não abro mão da minha independência, de jeito nenhum!

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  2. A questão não é a padronização em si. Os ônibus podem até ser cinzas e ter faixas de diferenciação por zona de atuação do consórcio. Acontece que dois fatores nesta padronização desconsideram os portadores de problemas visuais:
    1 - São apenas 4 cores de diferenciação para uma cidade imensa. O ideal seria haver mais cores de diferenciação de rotas, para facilitar a identificação.
    2 - As faixas de cores são finas e pequenas, principalmente na frente do ônibus, onde deveriam ser mais evidentes.

    Cabe notar ainda que na frota nova os letreiros LED continuam do mesmo tamanho.

    Como dificilmente serão realizadas alterações em um sistema recém-implantado (ainda que o estatuto da pessoa com deficiência devesse ser mais respeitado), o mínimo que a Prefeitura do Rio deveria fazer, a partir de agora, é instalar letreiros eletrônicos em pontos de ônibus, que mostram a distância em minutos dos carros de ônibus (controle realizado por GPS, que os ônibus já possuem). Estes painéis já existem em diversas grandes cidades do mundo. Mas sempre lembrando: a fonte utilizada não deve ser pequena.

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