domingo, 25 de abril de 2010

NÃO SE MISTURE COM ESSA GENTALHA!








Execrável a postura desse jornal da faculdade de Farmácia, da USP, que exorta a homofobia. Se os autores pensam que a facul é tão gloriosa assim, deveriam homenageá-la aprendendo a escrever (lançe???) e se conscientizando de que estão numa instituição PÚBLICA, sustentada também pelos impostos pagos por homossexuais. Gentalha assim é realmente parasita e tem que ser punida!


Jornal de alunos de farmácia da USP pede para jogar fezes em gays
Em troca, periódico dá convite para festa brega em SP. Defensoria acusa veículo de homofobia; autores não foram localizados.
Juliana Cardilli e Kleber Tomaz


Um jornal dos alunos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP causou repúdio no meio estudantil e acadêmico ao realizar uma promoção polêmica. "O Parasita" oferece um convite a uma "festa brega" aos estudantes do curso que, em troca, jogarem fezes em um gay.
A Defensoria Pública do Estado de São Paulo teve conhecimento do texto (leia-o na íntegra abaixo) e informou nesta sexta-feira (23) à noite que irá denunciar o periódico semestral por homofobia à Comissão Processante Especial da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo.
Além disso, a Coordenadoria de Políticas Públicas para a Diversidade Sexual afirmou que irá registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil contra o jornal por crime de injúria e incitação à violência.
O texto abaixo foi extraído de "O Parasita" de março e abril deste ano. O periódico de seis páginas exibe na sua página 2 um discurso contra dois gays que se beijaram numa festa da Faculdade de Medicina no ano passado.
"Lançe-merdas e Brega será na Faixa - Ultimamente nossa gloriosa faculdade vem sendo palco de cenas totalmente inadmissíveis. Ano passado, tivemos o famoso episódio em que 2 viadinhos trocaram beijos em uma festa no porão de med. Como se já não bastasse, um deles trajava uma camiseta da Atlética. Porra, manchar o nome de uma instituição da nossa faculdade em teritório dos medicus não pode ser tolerado. Na última festa dos bixos, os mesmos viadinhos citados acima, aprontaram uma pior ainda. Os seres se trancaram em uma cabine do banheiro, enquanto se ouviam dizeres do tipo "Aí, tira a mão daí." Se as coisas continuarem assim, nossa faculdade vai virar uma ECA. Para retornar a ordem na nossa querida Farmácia, O Parasita lança um desafio, jogue merda em um viado, que você receberá, totalmente grátis, um convite de luxo para a Festa Brega 2010. Contamos com a colaboração de todos. Joãozinho Zé-Ruela", escreve "O Parasita".


Outro lado
O autor do texto acima, "Joãozinho Zé-Ruela", aparece como editor de eventos. O G1 não conseguiu localizar os responsáveis pelo jornal para comentar o assunto. Nove nomes aparecem no expediente de "O Parasita". A reportagem também ligou para um dos colaboradores, deixou recado, mas até a publicação da matéria não havia recebido retorno.
Estudantes da faculdade ouvidos pelo G1 confirmaram que a publicação é feita por alunos da Farmácia. Entretanto, segundo eles, o jornal não é ligado a nenhuma entidade estudantil oficial. O texto chegou ao conhecimento de alunos de outras faculdades da USP nesta sexta pela internet. Muitos criticavam o conteúdo e a incitação homofóbica. Segundo um dos alunos de ciências farmacêuticas, "Muitas [pessoas reagem] com raiva, outras com descaso e algumas acham um jornal 'legal'."


Homofobia
De acordo com a defensora Maíra Diniz, coordenadora do núcleo de combate à discriminação, racismo e preconceito, "O Parasita" infringiu a Lei Estadual 10.948 que trata do combate à homofobia.
"É uma coisa horrível. Eu fui surpreendida de ver que estudantes de farmácia, que têm obrigação de esclarecer o público, pensam dessa maneira. Não é só uma mera opinião, isso configura homofobia", afirmou a defensora Maíra na tarde desta sexta. "Vamos apurar quem é o responsável pelo jornal, inclusive oficiando a faculdade. Vamos oferecer denúncia na comissão processante com base na lei estadual de homofobia."
O G1 também tentou entrar em contato com o centro acadêmico de Farmácia da USP, mas não localizou ninguém. Na noite desta sexta, por volta de 20h, em uma nota, o centro acadêmico se manifestou sobre o caso, afirmando que não apóiam "atitudes homofóbicas, machistas, racistas ou que expressem qualquer outro tipo de preconceito". O texto disse ainda que as diferenças são respeitadas, pois pensamentos distintos representam "crescimento pessoal" e "aperfeiçoamento da sociedade".
Segundo Maíra, os responsáveis pelo jornal serão julgados por uma comissão, que irá apurar se eles cometeram homofobia. "Homofobia não é crime, por isso é apurado por essa comissão. É um processo administrativo que pode render uma advertência ou uma multa mínima, no valor de R$ 15 mil, se os acusados forem considerados culpados", disse a defensora. O valor é destinado para fundos de políticas para diversidade sexual.


Caso de polícia
O advogado Dimitri Sales, coordenador para Políticas de Diversidade Sexual do Estado de São Paulo, afirmou nesta sexta que irá levar o caso até à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), onde pretende registrar queixa contra o jornal.
"A homofobia é a aversão e ódio às pessoas que têm orientação sexual diversa da heterossexual, mas no caso deste jornal, se enquadra também na injúria. É lamentável que alunos de uma instituição, como esta da USP, colocam isso. Essa postura desse jornal é repudiada de forma veemente. Tem de ser praticada uma pena dura. Eles desconsideram duas coisas. A primeira é que reafirmam a postura da discriminação contra o casal que se beijou na festa. A segunda é mandar estudantes agredir gays. Essas coisas agora vão virar crimes de injúria e incitação à violência", afirmou o coordenador Dimitri Sales.
Ainda, segundo Dimitri, se a citada "festa brega" realmente tiver uma data para ocorrer, a coordenadoria fará o possível para que ela seja cancelada. "Ainda não sei se essa festa é uma piada ou se realmente ocorrerá. Mas se ocorrer, vamos tomar alguma medida jurídica para impedir a realização dessa festa porque ela estaria se baseando num conceito homofóbico", disse.

Reprimir
O G1 procurou a Universidade de São Paulo para comentar o assunto. A assessoria da USP informou que somente a diretoria de farmácia poderia comentar o assunto.
Procurada, a faculdade informou: "A Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP) não tem conhecimento nem apóia essa publicação, inclusive desconhece os seus autores. A Faculdade tomará as medidas jurídicas cabíveis para reprimir este tipo de publicação", em nota enviada por e-mail por sua assessoria de imprensa.

(Encontrado em http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2010/04/jornal-de-alunos-de-farmacia-da-usp-pede-para-jogar-fezes-em-gays.html?utm_source=g1&utm_medium=email&utm_campaign=sharethis)

3 comentários:

  1. Que absurdo! Ainda ontem assisti ao filme "Filadélfia" e estava pensando o quanto o filme é datado. Não é não. Infelizmente a homofobia ainda hoje se faz presente até entre nossa "elite intelectual".

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  2. O texto nesse jornal é muito muito triste... é triste pensar q ainda existem pessoas q pensam e agem assim...

    a passagem:
    "O Parasita lança um desafio, jogue merda em um viado, que você receberá, totalmente grátis, um convite de luxo para a Festa Brega 2010. Contamos com a colaboração de todos."

    é a que mais me choca..
    como pode haver pessoas sem respeito nenhum pela vida dos outros..
    todos somos seres humanos,
    como pode alguem ferir o seu irmão dessa maneira, sem sentimentos nenhuns..

    q preconceito é esse??

    postagem muito interessante q tdo mundo devia ler.. pois é uma amostra de como o nosso mundo se encontra hoje.. e como devemos nos esforçar para mudá-lo...

    beijnho da Larissa a sua amiga de Angola ..
    e parabens pelo blog.. :)

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  3. Esse 'texto', assim como seu autor, é totalmente imbecil, além de covarde. Sinceramente, tenho pena do que a vida reserva para essa criatura, já que recebemos somente aquilo que plantamos. Vou replicar este post em meu blog, mas tudo isso é tão asqueroso que preferia que não tivesse acontecido. A sociedade tem que repudiar tal comportamento relegando ao mais profundo desprezo 'gente' desse nível. Já a justiça, tem de fazer o seu papel, investigando, julgando e punindo severamente atitudes como essas. É o mínimo que nós, contribuintes e cidadãos, esperamos do servço público que sustentamos. Esse 'cara' está devendo a toda a sociedade uma pena exemplar. Que seja para sempre lembrado como ícone da total imbecilidade.

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