sexta-feira, 10 de maio de 2013

PAPIRO VIRTUAL 54

Intercalar textos “adultos” às Crônicas de Nárnia foi a solução pr’eu dar conta dos 7 volumes infantis de C. S. Lewis. Esta semana li a quarta obra: Prince Caspian (1951).
Voltam Peter, Susan, Edmund e Lucy, de The Lion, The Witch and the Wardrobe. Um ano depois de regressarem de Narnia, as crianças são chamadas ao reino, novamente em graves apuros. O ano inglês equivaleu a centenas em Narnia. Nesse ínterim, o território caíra nas déspotas mãos dos telmarinos, descendentes de piratas terráqueos. Eles destruíram os animais falantes e mesmo a História narniana, suprimida para evitar que os bons tempos fossem tidos como verdadeiros.
Esse apagamento das tradições e a invenção de novas foi o que mais me interessou. Também a constatação de que não é tarefa simples tentar tal empreita. Meio nos moldes da Resistência durante a Segunda Guerra, fresquíssima na cabeça de Lewis, remanescentes de animais falantes, centauros, gigantes e anões – muitos miscigenados com humanos – espalhavam-se pelos cafundós de Narnia, apenas aguardando um líder,
Tal condutor seria o príncipe Caspian, telmarino que tivera o direito ao trono usurpado pelo tio Miraz. A crença de Lewis na função divinamente outorgada ao homem como dominador absoluto da Natureza – ainda que a respeitando – determina o jeitinho final, de explicar os telmarinos como descendentes da prole de Adão.
 Com a ajuda dos reis e rainhas ingleses – e a aparição do leão/Cristo/Aslan – imagino que dê pra adivinhar quem vence.

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