quarta-feira, 11 de setembro de 2019

A LONTRA BRANQUINHA

Lontra albina é registrada às margens do rio Aquidauana


Às margens do Rio Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, é fácil observar diversas espécies da fauna pantaneira. Desde aves, como biguás e garças, até serpentes, como as sucuris, os flagrantes surpreendem turistas que visitam a região.

Entre tantas expedições no Pantanal, porém, um grupo de turistas tirou a sorte grande: o flagrante foi de uma lontra albina.

De corpo inteiro branco e focinho cor de rosa – muito diferente das lontras e ariranhas que desfilam couro em tons de cinza - o indivíduo foi observado apenas duas vezes pelos guias de uma pousada, no mês de agosto.

“Durante um passeio de barco o guia avistou a lontra, mas só quando chegou mais perto viu que era diferente. Quando foi fotografada estava sozinha, se alimentando de um peixe”, conta Joana Tatoni, administradora da pousada.

O pouco tempo em que a lontra se exibiu, porém, foi suficiente para marcar o momento, uma vez que lontras albinas são raríssimas na natureza.

“São casos raros, frutos de genes recessivos. Existem casos relatados na Escócia, com outra espécie de lontra. Aqui no Brasil, temos conhecimento de apenas uma, no Parque Zoobotânico de João Pessoa”, explica o oceanógrafo Oldemar Carvalho.

De acordo com o especialista, a raridade dessas mutações prejudica os estudos sobre o fenômeno. No entanto, acredita-se que a lontra albina tenha desvantagens no ambiente. “Por conta da camuflagem, que é prejudicada, e do incômodo com os raios solares nos olhos, que dificultam a visão em dias claros”, diz.

Além disso, o animal pode ter dificuldades para acasalar e o filhote albino pode ser rejeitado pela mãe.

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