quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

MATANÇA ALBINA

Tanzânia: Criminosos estão arrancando membros de albinos acreditando que ficarão ricos
Desde que as pessoas começaram a coletar registros dos crimes, houve 74 assassinatos e 59 sobreviventes de ataques.
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Albinos da Tanzânia estão sendo caçados como animais. O comércio está sendo protegido pelas pessoas mais poderosas do país.
A cultura popular acredita que se você conseguir partes do corpo de um albino, conseguirá sorte e riqueza pessoal. As pessoas estão dispostas a pagar de R$ 7.000 a R$ 10.000 por um membro completo, ou mais de R$ 190.000 por uma pessoa inteira!
As pessoas com albinismo são regularmente atacadas por bandidos que cortam seus membros, deixando-os severamente mutilados. Por falta de atendimento médico adequado, muitos morrem de hemorragia e infecções.
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O albinismo, uma condição genética hereditária que causa uma total ausência de pigmentação na pele, cabelo e olhos, afeta 1 tanzaniano a cada 1.400. Muitas vezes, o fato se dá devido a endogamia em comunidades remotas e rurais, dizem os especialistas. Em comparação, no Ocidente, nasce 1 albino a cada 20.000 pessoas.
Desde que as pessoas começaram a coletar registros dos crimes, houve 74 assassinatos e 59 sobreviventes de ataques. Mesmo os mortos não são poupados: 16 sepulturas já foram violadas para roubar os corpos. E estes são apenas os casos registrados.
Pendo Emmanuelle Nundi, um garoto (albino) de apenas 4 anos de idade, foi raptado em dezembro de 2014. A polícia prometeu uma rápida ação para encontrá-lo, mas ele está desaparecido desde então.
Outro caso ocorreu com Mwigulu Matonange quando tinha apenas 10 anos. Ele foi severamente atacado por homens enquanto saía da escola com um amigo. Os criminosos cortaram seu braço esquerdo e desapareceram na mata carregando o membro como se fosse um “prêmio”.
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No caso da Mwigulu, os dois homens eram estranhos: ele nunca tinha os visto antes. Mas, várias denúncias dizem que em algumas famílias, os próprios pais são os responsáveis por entregar os filhos aos bandidos, em troca de dinheiro.
Um caso intrigante chocou a comunidade internacional quando uma albina de 38 anos foi atacada por seu marido com facão. Outros quatro homens participaram da barbárie. Ela estava dormindo no momento do crime. Segundo a ONU, sua filha de 8 anos de idade viu quando o pai saiu carregando o braço da mãe.
Os albinos na Tanzânia vivem em constante medo, já que por pouco mais de R$ 250 é possível que sejam atacados. Esse valor é três vezes maior que o salário mínimo, o que os colocam em perigo de mutilação ou morte.
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Em um país como a Tanzânia, que está entre os 25 mais pobres do planeta, apenas pessoas muito ricas ou políticos possuem dinheiro para comprar as partes dos corpos dos albinos, o que deixa claro que os crimes estão sendo alimentados por pessoas poderosas. Curandeiros também são cogitados como fomentadores dos crimes, por prometerem curar diversas doenças.
Outro caso ocorreu com Pendo Sengerema, de 15 anos. Ele estava jantando com a família quando foi atacado. Seu braço direito foi decepado, logo abaixo do cotovelo. De acordo com os jornais locais, um feiticeiro recebeu uma ordem de um cliente rico, e recebeu R$ 1.500 pelo membro.
Ao que tudo indica, os ataques aos albinos não se limitam apenas a Tanzânia. Segundo o Under The Sun, já foram registradas mais de 136 mortes e 211 ataques em 25 países da África. E isso começou a ser contado e registrado após inúmeros casos anteriores.
Países como República do Congo, Costa do Marfim, Nigéria, Gana, Namíbia, Moçambique, dentro outros, já registraram casos semelhantes.
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