terça-feira, 21 de setembro de 2021

O SALSICHA ALBINO

Cachorro albino faz sucesso depois de ter sido rejeitado

Por: Amaury Almeida Costa em 11 de setembro de 2021




Um dachshund albino, rejeitado pela ausência de cores, faz sucesso e está vivendo uma boa vida.

Duke é um adorável dachshund – o popular cachorro salsicha – que lutou muito tempo para encontrar um lar. Tudo porque Duke é albino, uma condição genética rara na qual o organismo não produz melanina (ou produz pouco). Em função da pele e dos pelos totalmente brancos, Duke foi rejeitado, mas agora ele tem uma boa vida e faz muito sucesso.

A página de Duke no Instagram é seguida por milhares de pessoas e coleciona dezenas de postagens. Nas páginas das redes sociais, Duke se apresenta como “apenas um salsicha albino espalhando amor por toda a parte. Amo minha família, amigos, brinquedos, arranhar coisas e comer cenouras”.
Duke, o albino

O albinismo é uma condição rara e hereditária, que pode ocorrer em diversas espécies animais, de insetos a mamíferos. Ela é provocada por uma mutação genética que afeta a produção de melanina e compromete a pigmentação (e também a proteção contra a radiação solar).


Independente da raça, os cães albinos se caracterizam pela pele branca ou levemente rosada, focinho, pálpebras e lábios despigmentados, olhos muito claros e pelagem branca. Os animais podem ser total ou apenas parcialmente despigmentados.

Duke pode ser descrito assim. O seu pelo é totalmente branco e as cores aparecem apenas nas unhas e no focinho rosados e nos olhos azul-claros. Ele é parcialmente surdo e cego e extremamente sensível à luz do Sol – ele precisa usar bloqueador solar mesmo em ambientes fechados.

Este dachshund albino tem oito anos e foi abandonado ao nascer. Cães albinos não devem ser empregados em acasalamentos e, em caso de comercialização, o preço cai bastante, em função das necessidades especiais. Nada que justifique o abandono e a negligência, mas o tutor original não pensava assim.

Depois de um começo ruim, logo nos primeiros meses de vida, Duke foi adotado por Mercedes Andrade, uma contadora americana que mora em San Antonio, Texas. A tutora afirmou ao The Dodo, site especializado em histórias sobre animais de estimação, que “foi um caso de amor à primeira vista”.


A contadora disse que, ao visitar o canil em que Duke foi abrigado, ela não pretendia adotar um cachorro. Ela pretendia apenas passar um dia com “animais fofinhos”. Mas o dachshund mexeu nos sentimentos de Mercedes. Quando ela foi informada de que pouca gente se interessava por Duke, por causa das limitações, ela tomou a decisão de levá-lo para casa imediatamente.

Mercedes sempre foi admiradora da raça, mas confessou à reportagem nunca ter visto um dachshund albino. Ela já conhecia cães negros, black and tan, bronze, azuis, de pelo longo e curto, liso e de arame, mas um animal totalmente branco a impressionou.

A tutora conta que, por causa da aparência, Duke é parado por muitas pessoas quando sai para passear em praças e parques. A parafernália necessária para as caminhadas – Mercedes, ao sair de casa, precisa carregar protetor solar, viseira, capa e botas – também atrai a atenção.

Duke impressiona também pela sua capacidade de adaptação. O cachorro não ouve nem enxerga bem e, por isso, desenvolveu o olfato em grau elevado. Todos os cães são excelentes farejadores, mas o dachshund consegue identificar cheiros a longas distâncias. Nos passeios, ele encontra rastros de pessoas e animais com muita facilidade – é a brincadeira predileta.

O peludo é totalmente cego do olho direito: com o esquerdo, consegue identificar apenas contornos, de acordo com avaliações médicas. Com relação à audição, ele não capta sons graves, mas identifica os agudos, como um assobio. Tudo isso dificultou o aprendizado, mas tornou o adestramento ainda mais fascinante.

Duke também sofre de cardiomiopatia dilatada, uma doença cardíaca crônica que ocorre quando o músculo do coração se enfraquece, prejudicando o processo de contração. A enfermidade causa fraqueza, pouca resistência física e fôlego curto. Curiosamente, a cardiomiopatia dilatada é mais frequente em cães de grande porte, como dobermans e boxers.


O cachorro é muito amoroso, gosta de brincar de esconde-esconde e de se fantasiar – pelo menos, é o que garante a tutora (talvez ele apenas tenha se acostumado a usar acessórios para enfrentar a luz solar). Duke é muito apegado à irmã mais velha, Dior, uma dachshund black and tan. Ele segue a cachorrinha por toda a parte.

Mercedes finaliza: “Você não pode deixar de notar que Duke é deslumbrante. Além disso, ele nos escolheu para ser a sua família – e não o contrário. Ele sabia que estaria em um lar seguro e feliz aqui”.

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