quinta-feira, 12 de agosto de 2021

TRISTE ESTATÍSTICA

por Jade Coelho


A Bahia, junto com o Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, são os estados que nos últimos 10 anos apresentaram o maior número de óbitos registrados com menção ao albinismo. A condição genética é caracterizada pelo déficit na síntese e distribuição de melanina na pele, pelos e olhos, proteína que tem como função principal a proteção contra radiação solar.

Os indivíduos com albinismo podem apresentar problemas visuais, alterações de pigmentação, maior vulnerabilidade a queimaduras solares, além de lesões e câncer pele. Esse último, segundo o Ministério da Saúde, é uma das principais causas de morte entre indivíduos afetados pela condição.

O Ministério da Saúde publicou um boletim epidemiológico com dados sobre a mortalidade de pessoas com albinismo de 2010 a 2020 no Brasil. De acordo com o documento, o país contabilizou 85 óbitos atribuídos à condição, sendo 24 (28,2%) em que o albinismo foi registrado como causa básica e 61 (71,8%) em que foi apontado como causa associada ao óbito.

O boletim ressalta que as mortes estão distribuídas de maneira heterogênea no Brasil no período. A grande maioria dos casos (cerca de 94%) foi notificada nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul, enquanto as regiões Centro-Oeste e Norte apresentaram apenas três e dois casos, respectivamente.


Gráfico: Ministério da Saúde

Ao observar os registros nos estados brasileiros, Rio de Janeiro soma o maior número de casos (13), e é seguido pela Bahia (10) e Rio Grande do Sul (10). Enquanto Acre, Amazonas, Amapá, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Maranhão e Roraima não apresentaram registro de óbito com menção ao albinismo.

A distribuição dos óbitos por sexo mostra 45 casos (52,9%) no sexo masculino e 40 (47,1%) indivíduos do sexo feminino.

O documento também traz a informação em relação à faixa etária. Os dados mostram que a maioria dos indivíduos tinha menos de cinco (36%) ou entre 15-49 anos (32%) no momento do óbito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário