terça-feira, 31 de janeiro de 2017

PERIGO NA ZÂMBIA

Albinos da Zâmbia Exigem Fim da Brutalidade

A boy living with albinism plays with other children who don't have the condition.

(Tradução: Roberto Rillo bíscaro)

Pelo menos dez pessoas com albinismo (PCAs) são mortas em rituais anualmente, na Zâmbia. Alguns creem que partes de corpos de PCAs trazem riqueza ou boa sorte. Os que nasceram com essa condição genética estão exigindo o fim dessa maluquice.
Há mais de 25 mil PCAs na Zâmbia e casos de matança de albinos são mais raros do que em outras nações africanas, como a vizinha Tanzânia. De acordo com a Cruz Vermelha, curandeiros tanzanianos pagam até 70 mil euros por um conjunto completo de partes de corpo de PCAs.
Entretanto, em um ataque recente, uma albina de 37 anos foi brutalmente assassinada por supostos matadores ritualísticos, em uma remota aldeia no leste da Zâmbia. Eles deceparam sua mão direita e arrancaram seus dentes. Oito mortes similares foram relatadas em 2016, em várias partes do país.  
Muitos albinos perderam membros devido a práticas ritualísticas e enfrentam constante bullying. Baidon Chandipo, 23, um zambiano com albinismo, desabafa: “A maioria das pessoas em nossa comunidade discrimina os albinos e isso nos afeta demais”.
A Comissão de Direitos Humanos da Zâmbia admite que mais precisa ser feito em relação à violência contra as PCAs. Mwelwa Muleya, porta-voz da Comissão, relata que estão fazendo o possível para melhorar as vidas das PCAs. “Nos preocupamos a respeito das queixas de que há apoio inadequado para a aquisição de protetor solar. A Comissão tem pressionado o governo para fornecer saúde e proteção adequadas aos albinos."
Campanha Para Cessar as Mortes de Albinos
A Fundação dos Albinos da Zâmbia tem batalhado pelo tratamento igualitário às PCAs e pelo fim das concepções errôneas sobre os poderes mágicos de seus corpos. John Chiti, Diretor-
Executivo da organização, disse que os albinos zambianos temem por sua segurança. “Há pessoas que caçam albinos, porque acreditam que partes de seus corpos podem curar doenças e trazer dinheiro.” Complementou que as PCAs vivem com medo e não usufruem o total de seus direitos humanos. “Eles têm que se preocupar com quem está a seu lado e muitos já perderam a vida."

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